Viajando como Heródoto: Londres

Joatan Berbel
Reberbel
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4 min readMar 21, 2014
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Cinco dias de sol em Londres foi um prêmio, depois de uma sequência de visitas a Paris, Berlim e Edimburgo com a chuva sempre presente. A capital da Inglaterra é muito conhecida, já foi cantada e homenageada por poetas, pintores, fotógrafos, cineastas, escritores, músicos e sempre está em destaque na mídia. Assim, não vou gastar o tempo do leitor descrevendo as múltiplas atrações da cidade.

Todavia quero falar das impressões que guardei desta visita a uma Londres ensolarada contrariando toda a fama de cidade chuvosa, fog, frio etc.

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Hospedado a três quadras da Estação de Metro de Paddington e a seis quadras do Hyde Park, uma região com muitos hotéis e restaurantes indianos, árabes, gregos, italianos e franceses o que já mostra o caráter cosmopolita da localidade, logo conheci a eficácia do sistema de transporte — Underground (o Metrô de lá) — a tranquilidade do famoso parque e a boa sensação de segurança. Não foi difícil entender a carta do Underground, as diversas linhas passando pela mesma plataforma — o “tube” — que dá a impressão de que, quando entramos no vagão, estamos entrando num tubo. Tudo isto fluiu como uma aventura de aprendizado de um estrangeiro.

Uma das primeira coisas que aprendi, desde a minha estada em Edimburgo, foi que a moeda — no sentido concreto — tem um grande valor na Inglaterra. Mas é preciso saber distinguir o valor de cada moeda — pound e pence a fração — pelo formato, dá mais agilidade na hora de usar. A maior vale 50 pence ou seja a metade de um pound. Na maioria das estações do Underground a compra dos bilhetes é feita através de máquinas que aceitam moeda, cédulas e cartão de crédito. No entanto, para se usar o banheiro das estações de metrô é necessário ter em mãos uma combinação de duas moedas: uma de 50 e uma de 10 pences. Não há alternativa e é sempre bom seguir o conselho do Príncipe Charles: vá ao banheiro sempre que tiver uma oportunidade, pois você não sabe qual será a próxima.

Contemplar o sereno Tâmisa e suas pontes numa tarde de sol foi uma das boas lembranças que guardo, a visão da Bridge Tower me deixou emocionado. Londres sempre foi famosa por suas torres, a começar pela bela Westminster e o Big Ben. No entanto a região ganhou tantas torres, de tantos arquitetos famosos, nos últimos anos que a paisagem esta toda recortada por esta mistura de especulação imobiliária com arquitetura que tem assolado as grandes cidades.

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As torres me chamaram a atenção para o intenso tráfego aéreo na região central da cidade. Em menos de cinco minutos vi vários aviões em manobra de descida para o Aeroporto de Heathrow, a impressão é de que eles vão colidir com uma daquelas torres. Até a tão divulgada Roda Gigante — London Eye — pode ser considerada uma torre. Registrei mais duas torres em construção, as duas desafiando a altura das demais e competindo com o espaço dos aviões.

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Todo turista que vai a Londres quer conhecer o Palácio de Buckingham e tirar as clássicas fotos com os guardas devidamente paramentados. Pouca gente se interessa pelo St Jame’s Park que fica logo ao lado do palácio. É um lugar impressionante, com um lago, cisnes e muitos esquilos. Ao lado do Hyde Park, foram a lembranças que mais me tocaram desta curta visita.

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Ah! Visitei o British Museum, a National Gallery, Piccadilly Circus, Oxford Circus, Soho, lojas, restaurantes… enfim, andei um bocado por lá.

Vejam o vídeo.

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Joatan Berbel
Reberbel

Pesquisador e produtor de conteúdos em multilinguagem