[Parte 3] Saiba os desafios do Recruta Arpex e confira dicas dos participantes

Trazemos a história da Renata, participante da edição 2015.2, que, apesar de reprovada, hoje trabalha com a gente e é uma das avaliadoras do Recruta.

Recruta Stone
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5 min readApr 28, 2017

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Seguindo a nossa série de entrevistas com os participantes do programa, hoje vamos falar da Renata Andrade, 26 anos, que participou do Recruta Arpex 2015.2. Formada em Psicologia na UNB, ela atua hoje na área de Pessoas da Stone, no Rio de Janeiro, e, inclusive, é uma das avaliadoras do Recruta. Veja como foi o papo com ela e descubra um pouco mais sobre o processo, o que esperar de mais legal e mais difícil, além das dicas que ela dá para você também ir bem.

Por que você participou do processo?

Então, assim que eu formei, eu tinha tido experiências mais para a parte clínica/hospitalar. Eu fui pensando sobre mim e vi que eu queria uma experiência dentro de empresa. Daí eu comecei a prestar para vários trainees. Estava no site da Fundação [Estudar], se não me engano, ou My Trainee, procurando nos sites, e caí no Recruta Arpex. Não fazia a mínima ideia do que era, mas eu estava muito no momento ‘Cara, vou tentar tudo que eu posso.’ Então, eu estava nesse momento de saber que eu queria trabalhar no mundo privado, estava tentando trainees e processos seletivos e foi dessa forma que eu caí no Recruta. Mas até então eu não entendia o que fazia, aonde eu poderia cair, o que eu poderia fazer. Eu me inscrevi porque eu achei muito legal a linguagem, eu achei totalmente diferente dos outros trainees que eu encontrava, a forma de inscrição, as perguntas, o próprio layout do site… a parte de sair da zona de conforto, a parte de ler o livro. Foram coisas que me atraíram muito, o fato de o processo ser muito diferente de tudo o que eu estava vendo e eu estava vendo muita coisa porque eu estava focada nisso.

O que você achou mais legal no processo?

Eu acho que o processo me ganhou na parte presencial. Eu lembro muito bem quando eu estava lá na sala do hotel, o negócio ia começar e começou a entrar todo mundo em fila, de blusa branca, gritando e batendo palma. Então, quando eu vi a galera lá, tinha mais de 100 pessoas, todo mundo em um sábado, vibrando, trabalhando duro e muito feliz e muito engajado fazendo aquilo, foi o que me fez pensar ‘Cara, que p**** é essa? Que negócio é esse aqui? Não entendi ainda o que eles fazem, não faço a mínima ideia do que é esse negócio em que eu estou caindo, mas eu quero participar por essas pessoas que estão nisso.’

O que você achou mais difícil e desafiador?

Então, eu cheguei, fiz a dinâmica, fui aprovada na dinâmica e fiz a entrevista no mesmo dia. Acho que para mim o mais desafiador foi a parte da entrevista. A dinâmica não deixou de ser uma dinâmica como acontece: tem dinâmica e depois apresentação. O que muda é a parte da sabatina. Ali já começou, mas acho que o mais profundo foi no momento da entrevista. Eu acho que as pessoas estavam ali verdadeiramente interessadas em saber sobre mim e não o que estava no meu currículo. [Queriam saber] sobre o que eu pensava, não o que eu tinha feito, mas, sei lá, porque eu fiz o que eu tinha feito, o que tinha por trás, aonde eu queria chegar. Então, eu acho que esse negócio de te puxar e te esticar para você olhar dentro de você e se conhecer foi o que foi mais desafiador, porque geralmente a gente não faz e é um processo que te puxa a fazer isso desde o início… com perguntas que geralmente você não para para pensar sobre você.

O que você descobriu sobre você?

(…) Uma coisa principal que o processo mostrou sobre mim foi que, tipo, quando eu quero eu vou atrás até o fim, até eu conseguir. Eu realmente não toco o sino, sabe? (Referência ao discurso do comandante McRaven, da marinha americana, cujo vídeo está no site do Recruta). Então, eu fiquei inconformada com a resposta que eles tinham me dado e corri atrás. E o supreendente foi eles terem me escutado. Isso eu realmente achei muito fora da curva. Eu mandei uma mensagem no Facebook e no mesmo dia eu fui respondida. Era um pleno domingo, assim, e eu estava conversando com a Lívia (uma das organizadoras do processo) pelo Facebook. Então, eu achei legal o espaço que eles deram, a chance que eles deram para me escutar e… permitir. Foi uma coisa zero protocolo: ‘Você não passou, então você não passou’. Foi ‘Cara, você não passou, mas pode ter espaço para você aqui dentro.’

O que o processo mudou em você?

Eu acho que parar para pensar sobre mim mesmo, sobre gaps, sobre o que eu faço bem e sobre o que não faço bem. Eu acho que o processo me forçou a isso, assim. Até mesmo depois eu ter ido atrás de um feedback, mesmo eu tendo refletido depois sobre um feedback mais direcionado que eu recebi, o processo como um todo me fez parar e pensar ‘Tá, mas por que que foi isso?’ Então, eu acho que foi isso de parar para pensar sobre mim.

Que dica você dá para quem está pensando em prestar esta edição?

Sejam vocês mesmos eu acho que é a primeira coisa, assim. Cara, se você não for você mesmo, você não vai conseguir manter isso por muito tempo… e não vai te levar a nada. Ser você mesmo e estar totalmente aberto ao processo, tudo que o processo te propõe. Cara, se você quer mesmo, vai fundo, vai com tudo, dá o seu melhor. E nunca toque o sino. Eu acho que é isso.

Que mensagem final você deixa?

Seja você mesmo. Vai fundo, vai com tudo, dê o seu melhor. E não desista. Mesmo tendo tido um não, não desista. Se faz sentido para você, você vai conseguir.

Semana que vem traremos a história de outro participante do Recruta Arpex. Até lá!

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Mais do que um processo seletivo, um processo de autoconhecimento.

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