[Parte 4] Saiba os desafios do Recruta Arpex e confira dicas dos participantes
Conheça o Guga, aprovado na edição 2014.2, e o que ele nos conta sobre o processo.
Esta semana, trazemos mais uma história de um aprovado no processo Recruta Arpex. O protagonista da vez é o Gustavo Botelho, de 22 anos, que foi aprovado na edição de 2014.2. Ele é aluno de Administração na PUC-RIO e hoje lidera o time Comercial da Stone, no Rio de Janeiro.
Leia à seguir a entrevista que fizemos com ele, conheça sua trajetória no processo e entenda o que foi mais interessante e mais desafiador ao longo de todas as etapas na sua opinião. E como não podia faltar, veja as dicas e a mensagem final que ele deixa para quem quer também escrever uma história de sucesso no processo.
Por que você participou do processo?
Eu sempre fui uma pessoa que questionava muito a realidade das outras companhias. Tenho como característica uma coisa não tão legal que é de ser indisciplinado (risos). Então, tinha um desejo imenso de empreender. Mas o que eu queria tirar com empreender era muito mais fazer as coisas do meu jeito, conforme eu acho certo e acho correto. Eu não tinha bagagem nenhuma para empreender, também não achava que era o momento certo, e vi no Recruta uma oportunidade em que eu conseguia conciliar não só esse grande aprendizado, em uma companhia com uma turma já mais experiente, mas também uma oportunidade de “trabalho” em que eu tinha essa possibilidade de empreender dentro da empresa. Então, o que chamou muito a atenção foi a forma informal da comunicação, me senti bem atraído por isso, e bater muito forte na questão de valores. Como eu era uma pessoa que pregava muito isso, eu pensei: ‘P***, tem tudo a ver comigo’. (…) Quando eu penso em empreender não é só acelerar a formação do patrimônio, é muito menos isso. É principalmente eu tocar uma coisa da forma como eu acredito ser certa, com a minha visão, com a minha cabeça e sem negócio de corporativismo e politicagem. E eu vi na comunicação do Recruta essa possibilidade: maior escola de empreendedorismo, de dar oportunidade para gente jovem e inexperiente de tentar, fazer na marra e aprender com os erros.
O que você achou mais legal no processo?
Eu fui me apaixonando conforme as etapas. A primeira etapa eu achei legal, um questionário de vida [nas outras edições, o questionário era feito logo no início do processo]. Achei diferente a turma perguntar sobre isso. Mas a partir da dinâmica eu fui ficando mais e mais empolgado. Conforme eu ia passando, eu ia vendo que a turma me valorizava de uma forma como eu nunca tinha sido valorizado em outro lugar. Por mais que eu me visse autoconfiante demais, que eu visse que eu tinha um potencial de fazer as coisas, eu nunca segui o estereótipo que a sociedade vê em alguém que vai ter super sucesso. Nunca mandei bem em colégio… também não passei em faculdades com bolsa. Não gostava de seguir esse caminho padrão. E eu vi que, no Recruta, a turma não necessariamente valorizava o padrão por ser o padrão, valorizava porque achava o correto. Foi um processo que me deu uma super confiança para a minha vida. Não só consegui ir lá fundo na minha vida, em um processo de autocritica e de autoconhecimento, mas principalmente me deu aquele negócio de esperança de que eu sou capaz, eu consigo.
O que você achou mais difícil e desafiador?
Eu acho que foi mais essa parte realmente de autoconhecimento. Eu sempre tive na cabeça que eu me conhecia totalmente, mas quando essa questão foi posta à prática, no processo do Recruta, eu vi que realmente… foi um choque de realidade que eu pouco me conhecia, pouco entendia o que me motivava, pouco sabia onde eu queria chegar e o que era preciso para chegar lá. Eu acho que foi realmente muito difícil conseguir esclarecer tudo o que eu queria, tudo o que gostava, tudo o que me motivava. Não consegui 100%, mas isso foi bem desafiador e da mesma forma foi bem gratificante.
O que você descobriu sobre você?
Eu acho que esse negócio de empreender ficou bem claro. Sempre tive essa ideia de abrir uma empresa, mas nunca tinha ido lá à fundo [entender] qual que era o motivo raiz disso. Eu vi que era realmente fazer as coisas da minha forma, do que eu acho correto. Enfim, tocar um negócio muito menos pelo dinheiro, e mais pelo o que eu acredito que seja certo. Eu acho que, antes de fazer esse processo de autoconhecimento, eu via muito esse negócio de empreender como ter a minha empresa, ganhar a minha grana e acabou. E vi que não era realmente esse o propósito que eu estava querendo empreender.
O que o processo mudou em você?
Foi muito legal porque eu lembro que, quando eu passei, eu escrevi um p*** texto para os meus pais. Quando eu olho de novo a turma que passou ali junto comigo, você tem a Lívia, que é um crânio; tem um outro menino ali… que montou um sistema dentro da TAM e eu nunca tive nada, nenhum “superpoder”, nada de mais, assim, que me diferenciava. Eu vi que o que me fez entrar foi realmente os meus valores éticos, os meus valores morais. E todos esses valores foram construídos principalmente através da minha família. Eu lembro exatamente do dia em que eu cheguei em casa e escrevi esse p*** texto. Foi eu agrandecendo muito meus pais, minha mãe… porque eu comecei a valorizar muito realmente essa parte da educação que eles me deram. E sem essa educação, sem essa base tão forte de valores, eu não teria, cara, nem passado da primeira etapa. Eu não sou um cara inteligente, eu não teria passado se não fosse realmente essa personalidade. Eu acredito muito que parte do que me ajudou no processo foi todo meu caráter e meus valores. E isso quem realmente deu foram os meus pais e foi algo que eu comecei a valorizar muito mais. Eu comecei a dar muito mais valor à essência da pessoa do que a detalhes supérfluos. Aqui dentro, em um processo seletivo… o negócio da pessoa vem sempre em primeiro lugar. Eu nunca abri mão do caráter, dos valores, de quem é a pessoa. Acho que valorizar isso foi um ensinamento que o Recruta me deu e principalmente eu consegui ser grato a minha família. No Recruta, sem essa base, eu não teria chegado a nenhum lugar.
Que dica você dá para quem está pensando em prestar esta edição?
Não tem um caminho das pedras. Quando eu fui para a dinâmica, eu tinha zero experiência, e isso foi muito bom para mim. Como eu tinha zero experiência, eu não sabia qual era o padrão que eu tinha que me comportar. Eu realmente, com o passar das fases, sempre fui eu mesmo. Não tem caminho das pedras, mas esse é o grande segredo. Não tentar ser alguém que você não é, não tentar falar só coisas comerciais que o seu interlocutor quer escutar. Ser sempre você mesmo. Com a rigidez do processo, com a inúmera quantidade de etapas, se você não for você mesmo, você não vai manter uma linha de raciocínio clara e consistente. Então, cara, alguma hora você vai acabar se dando mal, você vai se f****. Então, tem que ser sempre você mesmo. Então seja você mesmo que o negócio anda.
Que mensagem final você deixa?
Não importa o que você fez até aqui, não importa o que as pessoas falem de você, todo mundo, principalmente a turma jovem, que tem esse energia incomparável, é realmente capaz de chegar onde quiser. Só precisa de esforço, determinação, muita mão na massa e sempre lutar com teu propósito bem claro. Acho que todo mundo tem potencial para chegar onde quiser. É a turma realmente não ter medo de tentar. Vamos tentar, entender? Tentar e principalmente acreditar. Cara, se você não acreditar em você mesmo, f****, ninguém mais vai acreditar. Então, acredita em você mesmo que tú consegue chegar lá.
Até semana que vem com a história de mais outro participante do Recruta Arpex!