The Men Who Built America: conheça as 5 lições de negócio da série

As histórias desses empreendedores vão te ajudar na missão de ser dono do seu próprio negócio ou carreira.

Recruta Stone
Recruta Stone
6 min readMay 1, 2017

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Quem não gosta de uma boa história? E quando, além de boa, ela te traz importantes ensinamentos? Cada vez mais, nos últimos anos, têm sido produzidos filmes, documentários e séries ao redor de histórias reais no mundo dos negócios e empreendedorismo. Mas não foram só CEO´s de empresas de tecnologia que mereceram a atenção de produções importantes, muito pelo contrário.

Nossa dica de hoje, justamente no Dia do Trabalhador, é uma série documental do The History Channel que trata das histórias dos talvez maiores nomes da América quando se fala em trabalho e indústria: Vanderbilt (um dos primeiros a acreditar que trens podiam impulsionar o transporte, tornando-se dono da maior companhia ferroviária do país), Rockefeller (criador do método de refinar petróleo, padrão em todo o mundo), Carnegie (criador da potente indústria de aço que possibilitou levantar tantos prédios em tempo recorde), Morgan (banqueiro a dar o primeiro passo para o sistema financeiro moderno e o primeiro investimento na invenção de Thomas Edison: a luz elétrica) e Ford (cujas fábricas produziram os primeiros automóveis acessíveis às massas).

Estes homens são apenas alguns dos que perseguiram o sonho americano e ajudaram a construir a América, com inovação e audácia. Não por acaso, o nome da série que traz seus feitos se chama originalmente The Men Who Built America, cuja tradução no Brasil é Gigantes da Indústria.

Gigantes da Indústria apresenta a história do impressionante crescimento da economia e sociedade americanas e destes cinco homens. Estes foram homens visionários, que construíram impérios, impulsionaram avanços incríveis em tecnologia e foram importantes não só para os Estados Unidos, mas como para todo o mundo.

Além das dramatizações, o programa traz imagens de arquivo, entrevistas com historiadores e entrevistas exclusivas com outros gigantes empresariais da atualidade, como Steve Case (AOL), Richard Parsons (Time Warner), Jack Welch (GE) e Steve Wozniak (Apple), dentre outros, que também se miram na história desses homens audaciosos.

Mas como sempre, ninguém é perfeito. Claro que suas histórias estão recheadas de ambição cega, atos ilegais, vinganças, arranjos políticos e, por vezes, crimes que fizeram deles empresários inescrupulosos na busca por dinheiro, nome e sucesso. Para um espectador não crítico, a série pode passar a ideia de que os fins justificam os meios. Mas você não é este tipo de espectador, não é? Nós também não. Somos absolutamente a favor do capitalismo e de que vença o melhor. Respeitamos muito os grandões, mas não admiramos algumas práticas e não gostaríamos de ser parte disso. Esperamos que você também não. Por isso, analise a série com um olhar crítico, aprenda os ensinamentos que ela traz, mas não se esqueça: a integridade nos negócios é essencial e deve ser inegociável.

Com isso em mente, inspirados neste artigo da Forbes, selecionamos aqui as principais lições de negócio da série:

1. Quanto maior o risco, maior a recompensa.

A maioria desses magnatas falharam várias vezes antes do sucesso. E mesmo depois de ricos, seguiram arriscando e indo ao limite para dar o próximo grande passo. No entanto, quanto maior o passo dado e o risco assumido, também maiores serão as recompensas. Logo no primeiro episódio, que trata da história do magnata ferroviário Vanderbilt, temos uma prova disso. Devido a sua ambição insaciável de querer todas as linhas férreas americanas, o empresário construiu um verdadeiro império e a maior companhia ferroviária do país. Outro exemplo: J.P. Morgan investiu tudo o que tinha na luz elétrica, apesar de ser uma tecnologia ainda não testada e da descrença de seu pai. Como sabemos, o resultado disso foi enorme: a invenção de Edison iluminou casas e avenidas e seu modelo de distribuição de energia virou o padrão adotado em todo o país — e, mais tarde, o mundo.

2. Não existem regras. Mude a forma como as coisas são feitas

Quando os titãs da indústria jogaram pelas regras, eles ficaram entalados. Mas quando eles fizeram suas próprias regras, eles se moveram para frente rapidamente, como foi o caso do Rockefeller. A ineficiência do processo de extração de petróleo lhe incomodava; então, ele buscou uma forma de fazer melhor, recorrendo inclusive a cientistas. Dessa forma, ele foi o primeiro a criar técnicas especializadas de refinamento de petróleo. Carnegie também foi outro a buscar com especialistas e químicos um melhor método de produção para a indústria na qual queria investir: o aço. Questione e reescreva os padrões. Seja o visionário e descubra um jeito novo e melhor de fazer.

3. Coloque as pessoas certas à bordo. Cuidado com os desonestos

Este é um pedaço do conselho de Jack Welch, que traz seus comentários na série. Welch quer dizer que você precisa encontrar as pessoas certas para trabalhar com você. Um exemplo disso na série é a parceria entre Andrew Carnegie e Henry Frick (na época, o maior fornecedor de carvão). Carnegie sabia o tipo de cara que Frick era, sua reputação o descrevia como um homem de negócios impiedoso, que conseguia o que quer por qualquer que fosse o meio necessário. Ainda assim, Carnegie se une a ele para obter uma vantagem e este foi o nascimento da quase queda do seu negócio.

4. Dinheiro é um bom jeito de ganhar pontos, mas não traz felicidade verdadeira

Tornar-se o homem mais rico da sua idade não significa que você é feliz. Rockefeller tinha sido enganado e abandonado por seu próprio pai e sempre sentiu que não tinha o suficiente, sempre quis mais. J.P. Morgan estava sempre tentando viver de acordo com seu pai, que desafiava e questionava sua capacidade. Já Carnegie estava tentando obter respeito e, ironicamente, ele veio apenas quando deu quase todo o seu dinheiro. Quando Carnegie se tornou finalmente o homem mais rico dos Estados Unidos, na verdade, se tornou mais triste.

5. Faça algo que todo o mundo precisa. Tenha uma visão e acredite

Parece difícil, mas as oportunidades sempre existem, é só uma questão de encontrá-las. Tenha uma visão para o que você faz, acredite na possibilidade de vitória e não desista. Muitos podem ter a ideia, mas, se não acreditarem nela, irão desistir no primeiro fracasso. Vanderbilt mudou do mercado de transporte de carga para as ferrovias. Rockfeller deu uma tacada certeira ao investir no querosene e no petróleo, altamente necessários na época para o abastecimento de energia e meios de transporte. Carnegie confiou e apostou tudo o que tinha no que acreditava ser o futuro: a indústria do aço. E J.P. Morgan investiu na inovação de Edison: a luz elétrica, que substituiu o lampião à gás e querosene.

Se uma boa estratégia no mundo do empreendedorismo é aprender com os acertos e erros de gente de sucesso, ninguém melhor do que os mais influentes construtores e sonhadores que transformaram os Estados Unidos de um país decadente depois da Guerra Civil à maior potência econômica e tecnológica que o mundo tem hoje. The Men Who Built America é a história de pessoas que catapultaram suas indústrias (de estradas de ferro, combustível, aço, finanças e automóveis) à prosperidade, estabeleceram políticas econômicas, se envolveram em eleições presidenciais e influenciaram alguns dos acontecimentos mais importantes dos séculos passados. Por isso, elas merecem a atenção daqueles ávidos por conhecimento e com o sonho de empreender, seja no mercado, na carreira ou na vida. Como mensagem final, deixamos a fala de Carly Fiorina, ex-diretora executiva da HP, no último episódio da série:

“A América foi transformada pela visão, muito trabalho duro, determinação e a vontade de assumir riscos que esses homens demonstraram. (…) Tudo o que importa é o tamanho do seu sonho e o quanto você quer trabalhar.”

Referências:

http://9ideias.com/numero-9/gigantes-da-industria-history-channel-completo/

https://www.forbes.com/sites/dorothypomerantz/2013/08/10/five-business-lessons-from-the-men-who-built-america/#3619078358e8

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