Carne de gado: faz mal para o meio ambiente e para a saúde
Segundo o think thank inglês Chatham House, a produção mundial de carne de gado gera mais gases de efeito estufa do que todos carros, caminhões, barcos, aviões e trens circulando no planeta. Gado ocupa um quarto de todo o solo usado globalmente para agricultura. Mas quando se adiciona pasto, este percentual sobe para 3/4 e gera 14.5% das emissões globais de carbono.
Mas além destas emissões, as vacas, devido ao seu sistema de digestão, produzem metano, um gás extremamente poluente que durante 20 anos depois de emitido, tem o poder de absorver o calor do sol causando efeito estufa. O metano fica ativo na atmosfera décadas depois de uma vaca ter ido para o abatedouro.
O planeta tem de cortar suas emissões gases estufa para manter o aquecimento da terra abaixo de 2 graus. Estudos indicam que se a temperatura passar de mais de 2 graus, os impactos serão irreversíveis. Estes impactos já se tornam mais frequentes: furacões, tempestades, excesso ou falta de chuvas.
A produção de gado para corte tem um papel significativo no que tange impacto climático. Uma das soluções seria reduzir o consumo e produção de carne. Um grupo de pesquisadores franceses da Escola de Economia de Toulouse fez um estudo sobre como criar um imposto de carbono para carne. Preço pode determinar mudança de consumo. O excesso de produção de carne bovina reduziu os preços e aumentou o consumo.
Carne, diferente de combustível fóssil, pode ser substituída por outros produtos vegetais ou animais. Porcos e frangos emitem muito pouco carbono quando comparados com gado de corte.
Vale ressaltar que um rebanho menor também teria um efeito positivo na redução de desmatamento de florestas e consumo de água. Grande parte do corte de florestas virgens, como na Amazônia é devido a agropecuária.
Mas os pesquisadores não acreditam que governos venham a impor uma taxa de carbono na carne. Uma pena porque reduzir o rebanho mundial traz benefícios para o planeta e melhoras significativas para a saúde das pessoas. Em 2012, um estudo da escola de Saúde Pública de Harvard provou que uma porção de carne vermelha por dia aumenta o risco de morte em 13%.
