Economia Circular: O futuro da Economia está no Lixo?

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3 min readMar 26, 2018

O produto do futuro será composto de materiais já existentes no mundo, pensado para facilitar sua reciclagem e utilizado de forma compartilhada.

Matéria de FERNANDA FRANCO CANNALONGA — Colunista de moda sustentável, beleza natural e estilo de vida consciente., Fundadora da Canna e criadora da Jornada Beleza do Bem. Publicada recentemente no site http://pontoeletronico.me.

O produto do futuro será composto de materiais já existentes no mundo, pensado para facilitar sua reciclagem e utilizado de forma compartilhada.

Um processo industrial ou artesanal de produção começa, quase sempre, com uma matéria prima virgem, de origem natural. Ela é transformada até tornar-se um produto acabado, como uma peça de roupa, um equipamento de cozinha ou até uma embalagem alimentícia. Quando este produto não é mais útil ou desejado, ele é descartado. Uma pequena parte dos bens descartados chegam até a reciclagem, enquanto a maioria acaba nos lixões e aterros sanitários. Com o peso do extrativismo, muitos recursos passam por um processo de esgotamento, denunciando um futuro com escassez de matérias de origem mineral, vegetal e animal.

Esta forma de produção tem duas grandes falhas ambientais: demanda mais do que a terra pode oferecer e gera desperdício no final da cadeia. A sociedade contemporânea já reproduz esse ciclo há tempo suficiente para ter gerado uma fonte alternativa de recursos tão abundante que parece inesgotável: o seu próprio descarte.

Se interrompêssemos a extração e a produção de matérias primas imediatamente, por quanto tempo poderíamos usar nosso lixo para produzir aquilo que consumimos?

A lógica vigente baseada nesta via de mão única (extração, produção, consumo e descarte) já é mal vista por uma geração de pessoas que combatem o desperdício recuperando matérias-primas para as suas criações. É o caso da Miniwiz, cujo negócio é inteiramente dedicado ao upcycling e reciclagem de rejeitos da indústria e do consumo humano. Enquanto o senso comum enxerga o desperdício apenas como resultado da vida contemporânea, eles acreditam que o lixo representa a possibilidade de uma economia circular, sustentável e limpa.

Com um time de arquitetos, projetistas, engenheiros, designers e produtores, a Miniwiz já inventou mais de mil novas possibilidades sustentáveis para materiais recuperados do lixo. Para isso, criaram o The Trash Lab, um laboratório dedicado exclusivamente a destravar o potencial deste problema ambiental.

Um dos projetos mais recentes do laboratório é a Pentatonic, marca de objetos de consumo que começa sua história pelo fim, pelas matérias-primas do final da cadeia de produção.

Muitas outras iniciativas são compartilhadas nessa matéria do ponto eletronico.me. Como Fernanda mesmo salienta, espera-se que no futuro, todo produto seja desenhado para aproveitar integralmente sua matéria-prima, e que possa sempre ser transformado novamente, voltando para o topo da cadeia de produção.

Como dados históricos, a notícia ainda traz a informação de que no Brasil, mesmo os produtos e embalagens 100% recicláveis tem como destino provável o lixo, e de que não adianta ser reciclável ou reutilizável, é preciso garantir que, quando possível, os materiais terão o destino certo, que é a volta para o ciclo produtivo.

Finalizando de maneira bem pontual, ainda temos um estudo de tendência: “O produto do futuro será composto de materiais já existentes no mundo, será pensado para facilitar sua reciclagem e utilizado de forma compartilhada. A comunidade desperdício zero europeia já afirma: se um produto não pode ser reutilizado, reparado, transformado, renovado, reciclado ou compostado, então ele deveria ser restrito, redesenhado ou removido da produção”.

Leia a matéria completa no PontoEletrônico.me

Veja essa e outras matérias no Clipping do Canal Matriztica

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