Notícias ruins se espalham mais rápido
Mídias sociais são fonte de desinformações, todos sabemos. Mas por que que as notícias ruins prevalecem e o quê leva as pessoas a gostarem e se dedicarem a disseminar mentiras de cunho negativo?
Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology fizeram um estudo que analisou 126 mil twitters enviados entre 2006 e 2017 e compartilhados por mais de 3 milhões de pessoas mais de 4.5 milhões de vezes. O estudo foi publicado
O estudo deliberadamente evitou o termo “fake news” pois esta expressão se tornou politicamente comprometida. Cada twitter foi analisado por fontes independentes para ver se eram verdadeiros ou falsos.
A forma como notícias mentirosas se espalham como um virus é um assunto antigo. Existem diversos estudos a respeito, mas este se volta para como isso ocorre na era digital.
Aqui os elementos que o estudo apontou como fatores que contribuem para tornarem notícias falsas atraentes: trazem novidade. Mentira se inventa e notícias falsas trazem este aspecto de novo porque foram inventadas. As pessoas escolhem promover, compartilhar o falso, a mentira, o sensacionalismo falso.
Um exemplo aconteceu quando Zara, empresa que vende roupas lançou um pijama para crianças com listras horizontais e uma estrela dourada. Zara anunciou o novo produto dizendo que o design do pijama se inspirou em um sheriff cowboy. Usuários de twitter postaram que o pijama parecia uniformes de campo de concentração nazista. Em 7.3o horas, este twitter for compartilhado 200 vezes. Outro exemplo foi os twitters que infestaram as redes sociais depois do incidente no hotel de Las Vegas quando um atirador matou 58 e feriu 851 pessoas. As redes começaram a dar todo o tipo de motivo, conspirações e desinformação que se propagaram muito mais que os fatos.
O ser humano gosta de desgraça: para para ver o corpo de quem foi atropelado; publica fotos, saboreia o sangue.
Cientistas de mídia buscam entender os motivos para este comportamento humano para tentar ver se existem maneira de engajar as pessoas a propagarem e promoverem a verdade e não a desinformação.
Mas para se conseguir fazer algo a respeito, é importante que as grandes plataformas como Facebook, Google, Youtube e Twitter trabalhem para erradicar este fenômeno, que se verifiquem os fatos. Mas infelizmente, mentiras, conspirações geram polarização e isso “dá IBOPE”, viraliza, ajuda as plataformas a venderem anúncios e ganhar com o tráfego. Polarização, notícias falsas se tornaram um modelo de negócios.
