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3 min readApr 11, 2018

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O quê cada pessoa desconhece sobre Facebook

A informação que Facebook armazena de cada usuário vai muito além do nome, sexo, idade, língua falada e cidade de residência. Facebook acompanha cada movimento que os usuários fazem na internet: que websites visitaram, as buscas, o que gostam, aprovam ou desaprovam. Cada like dado compõe o perfil do usuário para Facebook vender este perfil para empresas que tenham interesse comercial ou político de acessar um grupo específico.

Ninguém entende o que são as condições para usar o Facebook. O quê se acaba permitindo quando se clica no botão “aceito” as condições. Ninguém lê do que se trata e mesmo para aqueles que o fazem, é difícil entender a dimensão de acesso dado num simples clique “aceito”.

Agora, depois de uma série de escândalos que envolveram Facebook e as eleições nos EUA, aos poucos está vindo à tona como que Facebook usa os nossos dados. Um dos pontos mais incríveis é que não importa se a pessoa se encontra logada ou não na plataforma do Facebook, a empresa segue e registra todos seus movimentos na internet: cada busca feita, cada compra, os sites de notícias acessados, blogs e muito mais.

Se, por exemplo, uma pessoa faz buscas sobre “sintomas de cancer de mama” Facebook registra que a pessoa “pode” ter esta doença. Facebook, por exemplo compilou dados de 110.000 pessoas que tinham um problema em comum: HIV ou AIDS e vendeu para agências de marketing o acesso a este grupo para campanhas publicitárias de produtos e serviços voltados para este grupo específico. Um outro grupo com 460.000 pessoa tinha um elemento em comum: disfunção alimentar. Assunto perfeito para a indústria de alimentos e dietas. Cada like dado faz com que a empresa saiba o quê o usuário gosta, aprova e deseja.

Imagine que uma pessoa que tem um problema de saúde e busca no Facebook pessoas com problema semelhante porque deseja ter amigos que entendam sua condição e acabam sendo exploradas pela rede que vende a doença ou problemas destas pessoas para empresas de marketing.

Existem inúmeras campanhas contra Facebook no momento. De um lado, ninguém deseja abandonar as redes sociais, mas por outro, as pessoas querem ter o direito de poder concordar ou não de ter seus dados vendidos.

Na verdade, o quê Facebook e outras redes sociais deveriam fazer é inverter o processo atual: os dados das pessoas serem privados a não ser que estas pessoas preencham um campo ou formulário autorizando que se tornem público. No momento, caso um usuário queira fazer seus privados, tem de revirar várias páginas no facebook antes de conseguir cancelar a opção automática de ter seus dados públicos.

Mas Facebook e Google são verdadeiras caixas pretas e nenhum cidadão comum entende o que estas empresas fazem com nossos dados para ganhar dinheiro. Infelizmente, aqueles que acreditam que por não estarem em Facebook, asseguram privacidade, isso é um mito. Do momento em que se entra na Internet, cada passo é registrado.

As consequências da falta de privacidade são inúmeras: desde das mais simples como colocar anúncios ao longo dos sites visitados com produtos que se ligam a buscas feitas anteriormente, a situações mais nefastas, como discriminar uma pessoa porque se pode saber da condição física ou psicológica dela.

A Internet veio para ficar. Cabe a governos legislar e proteger a privacidade das pessoas e evitar o abuso. Infelizmente políticos pouco entendem de tecnologia e isso faz com que nunca estejam na frente do desenvolvimento tecnológico para proteger os usuários. As empresas de tecnologia sabem disso e exploram estes privilégios.

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