A História do Direito

RPG e História

Rafão Araujo
Reduto do Bucaneiro
5 min readFeb 18, 2019

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A história do direito é a história da nossa raça, e a personificação de sua experiência. É o monumento mais certeiro da sabedoria e de sua carência frequente de ordem. O melhor pensamento de um povo pode ser encontrado em sua legislação, a sua vida diária é melhor espelho dos seus costumes, que constituem a lei de suas operações normais.

Nunca existiu, e é totalmente seguro dizer que nunca existirá, neste planeta qualquer organização da sociedade humana, qualquer tribo ou nação, mesmo que rude, qualquer agregação de homens, que não tenha sido mais ou menos controlada por alguma forma reconhecida de direito.

O reconhecimento da existência da lei é inerente à natureza do homem, e é uma necessidade do seu ser. E isto é tão certo quanto dizer que a própria existência da sociedade humana é dependente de lei imposta por um poder superior.

Nos Reinos de Ferro, em aproximadamente 8200 A.R o Debate Anão, composto das Cem Casas em Ghord, é formado e assim nascem as primeiras leis entre os não humanos. Isso sem falar da união das tribos élficas em Lyoss em 10.000 A.R.

O mundo dos homens é guiado por leis desde que em aproximadamente 6500 AR, Cânone da Verdadeira Lei é descoberto nas ruínas de Icthier e assim nasce o culto à uma divindade, o que embuti automaticamente parâmetros normativos.

Usando perícia Direito.

Basicamente, O personagem é versado nas leis que regem os Reinos de Ferro assim como leis específicas de um determinado local. Ele entende os aspectos da criminalidade e como ela funciona. Isso não quer dizer que ele tenha um cargo como advogado ou acadêmico.

Para criar um pequeno padrão digamos que um personagem com Direito 1 seria um iniciante, conhece os princípios, sabe como fazer o básico. Alguém com Direito 2 seria um detetive, alguém que sabe de todas as coisas, mas lhe falta a decoreba. Com Direito 3 o personagem seria como um grande advogado, trabalhando para a nação ou grande comerciantes, basicamente não existe qualquer caráter legal que ele não saiba. Já com Direito 4 você seria aqueles que formam as cortes reais ou grandes fórum e casas judiciais.

A mais antiga escola de Direito da História foi formada em 1883. Cheia de dogmas e fraternidades, este é um local perfeito para um jogo de intrigas e interpretação!

O Direito ao longo dos Reinos

Em Cygnar, Khador e Ord

O direito que vige é o dos costumes. Os juízes são cidadãos de respeito nomeados pela autoridade de governo para resolver as lides, principalmente civis, como problemas com terras, contratos não respeitados, danos materiais.

Os crimes propriamente ditos são de responsabilidade marcial, do exército, e aqui o que existe é um coronel, ou tenente-coronel, que comanda uma certa jurisdição. Os casos são levados até ele, ou subordinados (ele, por exemplo, pode dividir em bairros a própria jurisdição em sub-tribunais, dando o poder de decisão a tenentes que aplicam as penas em nome dele). Os advogados pouco fazem nessa época, sendo mais chamados nas causas cíveis ou em causas de grande repercussão, com alguém famoso sendo acusado, por exemplo. As penas, geralmente, são aplicadas localmente mesmo, com exceção dos “condenados famosos”, que geralmente são conduzidos perante a autoridade máxima.

Em Llael

Em Llael ficaria legal algo parecido com a França pós revolução. Os tribunais são instituições estatais com juízes pagos pelo Estado e profissionalizados, que resolvem causas cíveis e criminais, parecido com nosso sistema. O advogado também aqui é raro, presente somente nos casos dos ricos que podem pagar, ou bandidos de renome, onde se verão advogados que querem fazer o próprio nome no processo. Advogados bem conceituados podem conseguir até apelar das sentenças em alguns casos, o que vai para apreciação do primeiro-ministro em pessoa, portanto, somente acontece com casos importantes.

A aplicação das penas, os presídios e a manutenção da ordem continuam sendo atribuídas ao exercito, mesmo que já haja um movimento na alta burguesia para que o exército seja substituído nessas incumbências por uma polícia especializada em tratar com o povo.

No Protetorado de Menoth

O protetorado possui o clássico sistema medieval de processo/pena. Tudo provém da divindade, portanto todos os assuntos são para os Tribunais Eclesiásticos, órgãos formados por 3 a 7 sacerdotes que irão acusar, julgar e aplicar a pena no caso específico, sem possibilidade de apelo. O exército só fica com a incumbência prática das penas (surras, torturas, fuzilamento), mas tudo é feito por “intervenção divina”

Até mesmo o direito civil é julgado pelos sacerdotes, mas nesse caso a decisão é monocrática, ou seja, cada bairro provavelmente possui um padre encarregado de decidir sobre as questões civis, mas o desrespeito a estas decisões se transforma em ofensa grave e é punido severamente.

Nota ao Mestre

Usar o direito no jogo pode ser muito útil: Analisar um documento e procurar provas que possam jogar um inimigo na cadeia. Conseguir entrar em local proibido. Atravessar com um Gigante em fronteiras hostis. Saber seus direitos. Atrasar julgamentos. Safar aliados de crimes menores. Burlar sistemas monetários para desviar fundos do governo ou capital privado. Fazer caixa dois para aumentar seus lucros. As ideias são infinitas, é possível rolar um jogo inteiro apenas envolvendo Direito e suas artimanhas do inferno.

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