Astros e Planetas em Reinos de Ferro

Reduto do Bucaneiro
Reduto do Bucaneiro
15 min readFeb 17, 2019

Na tentativa de educar a população, e elucidar as próprias leis da natureza criadas por Cyriss, meus colegas requisitaram que eu tente relatar, em termos leigos, nosso conhecimento atual do universo em que vivemos. Quando se começa a empreender qualquer tipo de estudo científico deve-se sempre começar pelo que é mais familiar, e complementara partir daí. Para este fim, iniciemos por Caen e nosso lugar no universo…

— Gameo Ortmin, astrometrólogo e seguidor de Cyriss

Escritura Sideral: Um Tratado sobre os Céus

Um Universo Heliocêntrico

Por incontáveis milênios, o povo de Immoren ocidental acreditou que Caen era o centro do universo. Certamente os primitivos adoradores de Dhunia acreditam nisso até hoje.

Para a maior parte dos humanos, ainda não está claro se ela deu à luz o mundo e todas as criaturas nele, ou se ela é o mundo e toda a vida surgiu dela. Mesmo assim, esta é uma crença que corrobora a colocação de Caen no centro do universo.

Mesmo sem razões religiosas para que Caen seja o ponto central de toda a criação, é fácil entender porque as pessoas acreditam nisso. Afinal, elas precisam apenas olhar para o céu para que sintam que estão no próprio nexo do universo, e que tudo mais revolve ao seu redor. Contudo, o Tratado Sideral do renomado cyrissista Gameo Ortmin atesta que esta não é a verdade, e nem de longe é a ordem real das coisas.

Ao invés disso, Ortmin afirma que o planeta Caen, e todos os outros planetas conhecidos, giram em torno do sol.

O tratado assegura que a atual visão geocêntrica (centrada em Caen) do universo é uma falsidade facilmente refutada pelos princípios da natureza colocados por Cyriss. Ao invés disso, uma visão heliocêntrica (centrada no sol) do universo mostra um entendimento correto da astrometria e da mecânica celestial.

Luas & Marés

As três luas de Caen são, seguramente, os elementos mais proeminentes e brilhantes no céu noturno. Calder é a maior, brilhando com uma luz branca-azulada, e geralmente é tratada como sendo do gênero masculino. Calder orbita ao redor de Caen a cada 28 dias — ou uma vez por mês — e, sendo iluminado pelo sol, passa por um processo contínuo, ou ciclo, onde há oito estágios distintos e tradicionalmente reconhecidos, chamados fases (leia mais sobre essas abaixo, em “Calendários”). Da mesma forma, Laris, a lua de tamanho médio e cor marrom-avermelhada, com suas manchas negras e marrons — tratada como sendo do gênero feminino — segue uma órbita mais longa e elíptica, e circula apenas quatro vezes por ano. A desolada e esquiva Artis — também do gênero feminino, e a menor e mais lenta das três — move-se em uma órbita polar, e circula aproximadamente três vezes por ano. Luas cheias duplas — Grande Calder e Grande Laris– ocorrem duas vezes por ano, quando os ciclos de Calder e Laris se sobrepõem, e todas as três luas ficam cheias apenas uma vez por ano.

A órbita de Calder ocorre no mesmo plano que a órbita de Caen ao redor do sol, esse alinhamento explica a frequência de eclipses solares e lunares envolvendo Calder que, como a maior e mais próxima das luas, tem o maior impacto sobre as marés. Embora sua influência não seja tão grande, Laris e Artis também contribuem nas marés, tornando-as bastante imprevisíveis em Caen. As mais fortes ocorrem durante os períodos em que as três luas estão na fase nova ou cheia, mas marés erráticas ocorrem quando Laris ou Artis estão cheias ao mesmo tempo que Calder. As marés erráticas mais violentas ocorrem quando Laris está em seu primeiro, terceiro ou quarto quadrantes, pois Laris está em perigeu — o que significa que seu caminho trouxe-a para mais próximo de Caen e que em tais épocas as marés experimentam mudanças inexplicáveis, e tempestades violentas assolam os mares.

Calder tem sido uma grande fonte de inspiração para os românticos. Ele é a “Lua Galante”, o “Lorde Lua”, a “Pérola da Noite”, o “Perseguidor”, o “Fescenino” e até mesmo o “Lobo”, entre outros nomes. Ele já apareceu em lendas e antigas canções como uma fera voraz, como um príncipe-mago do céu noturno, como um nobre cavaleiro, mas a despeito de seu papel, Calder é quase sempre um galanteador das duas luas mulheres. Devido a suas fortes influências arcanas, ele é objeto de muita devoção por parte dos seguidores da Serpente Devoradora, e alguns dos devotos desse deus realizam cerimônias escondidas, fazendo oferendas a Calder que, supostamente, permitem que eles acessem as energias que irradiam dessa lua durante fases específicas.

A órbita elíptica de Laris resulta em intervalos irregulares entre suas fases. Seu mês lunar tem 91 dias de duração, e sua órbita a traz mais para perto de Caen da minguante para a crescente e enquanto nova — um período de 13 dias — a medida em que ela passa entre Caen e o sol. Enquanto essas fases compõem a metade do ciclo lunar de Calder, Laris passa os 78 dias restantes do seu ciclo progredindo lentamente através de suas outras fases. É interessante notar que Laris passa apenas um único dia em sua fase de lua nova, mas passa treze dias cheia ou quase cheia, uma fase chamada Laris Toda. Devido a este comportamento aparentemente estranho e ao seu efeito notável nas marés, Laris sempre foi vista com desconfiança. Essa reputação agourenta rendeu-lhe títulos como a “Tentadora”, a “Senhora da Fúria” a “Lua Funesta”, e qualquer tipo de clima severo é normalmente culpa da “Louca Laris”, a despeito de sua fase atual. De fato, o termo “Laris Toda” às vezes é trocado para “Laris Tola”, e os períodos em que ela está cheia ou nova são especialmente temidos como épocas em que as bruxas espreitam, aqueles que fazem o mal associam-se com aliados infernais, e assassinos, bandidos e criaturas malignas caçam à noite, e apenas tolos perambulam sem tomar cuidado durante esse período.

Artis é certamente a mais enigmática das luas. Seu mês lunar tem pouco mais de 121 dias, pouco mais de quatro meses. Devido a sua órbita polar, ela é frequentemente visível de dia, mas desaparece completamente do céu durante quase metade de seu ciclo. Nas fases minguante e crescente, ela brilha com um verde pálido com faixas brancas, mas quando ela se ilumina para se tornar cheia, fica branca como um lírio. Por isso é às vezes chamada de “Lua Virgem”, a “Donzela Tímida” ou a “Musa”, mas, por sua órbita estranha, também é chamada de “Lua Corredora” e “Desbravadora”; esta última alcunha devido a sua utilidade na navegação, já que sua posição é o verdadeiro norte quando cheia, uma fase que dura por cerca de onze dias, enquanto ela ascende no céu do Norte e desce mais uma vez. Então, Artis vira para o oeste, ficando visível da meia-noite ao meio-dia, enquanto, pouco a pouco, entra em quarto minguante. Ela não fica visível no hemisfério norte por aproximadamente 60 dias, à medida que descende no horizonte, e se esconde no sul longínquo onde não aparece como nada mais do que um fiapo prateado de luz. Finalmente, Artis reaparece no Leste e se torna visível a partir do meio-dia, até a meia-noite. Muitas vezes considerada tímida e dada a segredos, Artis tem sido uma inspiração para aqueles que tentam resolver mistérios; a Grande Artis é considerada uma época de boa sorte para aqueles envolvidos em atividades clandestinas.

Várias lendas e superstições envolvem as conjunções das luas, e com bons motivos. As noites perigosas há muito são associadas à Serpente Devoradora, embora ela não seja o único poder a se beneficiar destes alinhamentos lunares. Até mesmo aqueles que não creem na Devoradora conhecem histórias de criaturas aterrorizantes e acontecimentos bizarros, e contam-nas para lembrar as crianças do perigo, pois as noites em que as três luas estão cheias são realmente noites selvagens e perigosas. O poder arcano se derrama repentinamente dos céus enquanto as três luas entram em conjunção, uma acima da outra, e as fronteiras entre Caen e o reino dos temidos infernais ficam tênues. Noites em que nenhuma das luas pode ser vista também são consideradas mau agouro, uma vez que se diz que a Ascensão Negra de Thamar ocorreu em uma dessas noites, e que a mão da irmã sombria de Morrow pode ser vista nos eventos de tais noites.

Todas as três luas são muito mais inspiradoras para aqueles que cultuam Cyriss, pois medições e cálculos astronômicos envolvendo as luas e outros corpos celestiais foram cruciais para a descoberta dessa esquiva deusa. Contudo, entre aqueles que cultuam Morrow ou Menoth, as luas há muito são objeto de desconfiança e admiração cuidadosa — entidades que muitas vezes trazem augúrios de perigo e maldade.

Outros Planetas do Universo

Muito tempo atrás, os astrônomos de Immoren descobriram que a maior parte das estrelas segue rumos fixos ao longo do firmamento; contudo, notaram também que algumas aparentemente vagavam pelo céu em caminhos que não seguiam nenhum tipo de padrão. Estas estrelas errantes foram, desde então, reveladas como outros planetas e, uma vez que o observador aceite o modelo heliocêntrico do universo como verdade, esses caminhos tortuosos são facilmente explicados como as órbitas dos planetas mais afastados do sol do que Caen. Incluindo o mundo que abriga Immoren, parece existir pelo menos quatro outros planetas circundando o sol.

Lucant

O povo de Immoren ocidental há muito notou duas estrelas que parecem seguir o solde perto. O Arauto da Alvorada é uma estrela vista apenas no início da manhã, prenunciando achegada do sol, enquanto que a Precursora do Escuro aparece no pôr do sol, seguindo-o rumo à escuridão da noite. Estas duas estrelas foram inicialmente associadas a Menoth e à Devoradora, respectivamente, e eram vistas como representantes da luta eternamente as forças da ordem e da destruição. Contudo, essa associação foi em geral esquecida devido à popularidade de sua ligação atual com Morrow e Thamar. Estas duas estrelas ficaram conhecidas comumente como Katrena e Ekris, nomeadas pela Ascendida de Morrow e pela Prole de Thamar. A observação astronômica moderna revelou que estas duas “estrelas” são, na verdade, um único planeta — Lucant, batizado em homenagem ao clérigo de Cyriss que primeiro descobriu a verdade sobre este planeta. Lucant é o planeta mais próximo do sol, e o único entre o sol e Caen.

O Olho da Serpente

Com exceção das luas, o corpo mais brilhante a ser visto em um céu noturno claro é “o Olho”, chamado, às vezes, de “Olho da Serpente”. Este corpo celeste foi revelado por seu brilho, mesmo quando a luminosidade das luas faz com que as outras estrelas se apaguem do céu. Este também é um dos planetas há muito notados por seu comportamento incomum enquanto atravessa o campo celestial. Já há algum tempo os astrônomos sabem que este é outro planeta como Caen, distante e, de alguma forma, ligado ao sol. Sabe-se que o Olho é o próximo planeta mais afastado do sol depois de Caen, mas pouca coisa mais é conhecida sobre ele, já que não existe nenhum telescópio potente o suficiente para inspecioná-lo em detalhes. Quando foi provado pela primeira vez que este corpo não era uma estrela como as outras, houve alguma especulação de que ele poderia ser Urcaen, o mundo dos mortos. Os teólogos refutaram essa hipótese, dizendo que não seria possível avistar Urcaen sem primeiro morrer, e esta ideia acabou por ser refutada. Acredita-se que é em conjunções do Olho da Serpente e Calder que os seguidores da devoradora criam seres vis como o lobo aberrante.

Dizem os Boatos…

Por duas noites a cada três anos no último de Tempen e no primeiro de Cinten, Calder está cheio e se alinha com o Olho da Serpente para criar um orbe funesto. Nessas noites, Laris é apenas uma fina fatia em fase crescente, e a pálida Artis desaparece no leste depois da meia-noite. O folclore diz que essas horas escuras são chamadas alternativamente de “Noite Aberrante” e “Olhar da Serpente” e nessas horas, forças malignas ficam à solta, caminhando sobre a face de Caen, impregnadas de poder negro. A natureza de tais forças varia de história para história; algumas afirmam que são os mortos-vivos, os Infernais ou, até mesmo, a volta de Orgoth!

Ainda assim, existe pouca dúvida de que algo insalubre emerge durante a Noite Aberrante. O acadêmico khadorano Bladro Ushka (Khard Explorador) acredita que é nessa noite portentosa que os mortos se erguem, e que o Culto da Devoradora realiza rituais que transformam homens em lobos aberrantes. Ele busca por aventureiros que se juntem a ele para provar essa teoria. Ushka descobriu a localização de um círculo de cultistas, e deseja observá-los à distância nessa noite lúgubre. Como não é um combatente muito habilidoso, ele precisa de proteção caso sua expedição encontre problemas. Ushka oferece um valor considerável a qualquer um que se juntar a ele, assim como uma chance de desvendar o mistério do lobo aberrante.

Cyriss, a Andarilha Negra

Quando os astrônomos de Cyriss declararam que, através do estudo cuidadoso de suas leis e princípios, eles haviam localizado a fonte da deusa entre as estrelas, muitos refutaram a descoberta ou presumiram que os estudiosos tinham ficado loucos. Mesmo hoje em dia, os importantes astrônomos anões e humanos que aceitam a presença da Andarilha Negra além da órbita do Olho são considerados encrenqueiros controversos; quando, na verdade, são os acadêmicos mais avançados no campo da astronomia fora da fé de Cyriss. Os que creem em Cyriss reconhecem isto como um traço do lar da deusa entre as estrelas de onde ela exerce sua influência sobre os outros planetas e luas, causando estranhas maravilhas astronômicas — as próprias maravilhas que levaram à sua descoberta. Este é o poço de onde o seu poder sobre as forças naturais flui e acredita-se que ele seja a fonte da magia de seus seguidores, assim como a fundação de todos os enigmas e charadas significativas. Isto é objeto de debate, já que alguns seguidores insistem que a magia de Cyriss vem de Urcaen, um reino de existência completamente separado — enquanto outros conjeturam que Urcaen, assim como Cyriss, existe entre as estrelas.

Qualquer que seja a verdade, a Andarilha Negra está lá fora, além da órbita do Olho. Ela é a casa de Cyriss e uma grande máquina viva, escondida de todos os telescópios, exceto os mais avançados. Mesmo assim, devido à sua coloração escura, a menos que se saiba onde olhar, como fruto do estudo cuidadoso de sua influência sobre os outros planetas, é quase impossível localizar Cyriss, assim como deveria ser. A busca por Cyriss deve ser qualquer coisa, menos simples.

Dizem os Boatos…

Jovens radicais refutaram o trabalho recentemente publicado de Gameo Ortmin e a “velha guarda” dos astrometrólogos que apoiam este modelo heliocêntrico do universo. Eles afirmam que cálculos astrométricos recentes provam que o planeta Cyriss é, na verdade, o centro do universo. O assim-chamado “Modelo Cyricêntrico” do universo supostamente explica muitos dos fenômenos astronômicos ainda não explicados. Esses boatos deram origem a debates acalorados dentro da fé e em universidades por todos os cantos de Immoren ocidental.

Constelações & Corpos Celestes

Além da órbita de Cyriss está a esfera celestial, onde todas as estrelas e constelações estão dispostas. Os alinhamentos dessas estrelas e constelações com os planetas e luas são, muitas vezes, tão perigosos quanto qualquer alinhamento de luas e planetas. Forças sinistras além da compreensão se escondem nos cantos negros da noite, esperando pelo momento em que sua influência possa ser exercida sobre as vidas dos homens. A maioria das constelações é visível por cerca de metade do ano. As principais constelações da primavera incluem o Cisne, o Dracodilo e o Vidente. Durante os meses de verão, o Trono, a Serpente e a Estepe são visíveis. O outono traz Menofx, a Águia e Gorgandur à vista, e, no inverno, o Caçador luta contra a Besta pelo céu da noite. Uma das mais proeminentes constelações, a Roda Eterna, está presente o ano todo, parecendo simplesmente girar sobre Caen enquanto viaja ao redor do sol.

A Roda Eterna

Astrônomos anões consideram o grande e complexo arranjo de estrelas chamado de Roda Eterna a constelação mais importante no céu noturno, e sua observação através das estações foi crucial no desenvolvimento do calendário rhúlico, que, mais tarde, foi adotado pelos humanos. De acordo com os astrônomos e magos anões, as análises dos caminhos das três luas em conjunção com os movimentos da Roda Eterna fornecem as predições divinatórias mais acuradas a longo prazo.

A Estepe

Os humanos não são os únicos que acreditam que seus deuses repousam entre as estrelas. Os elfos há muito falam de uma constelação chamada A Estepe, um ajuntamento denso de estrelas e uma figura proeminente no céu da noite. Para os elfos, a estepe era o lar dos deuses antes que eles viessem a Caen, e dentro dela estava o palácio de Lyoss, seu trono de poder. A Estepe é, principalmente, uma constelação de verão, embora seja visível bem baixa no horizonte na primavera e no outono. Entre os humanos, esta constelação é, muitas vezes, chamada de Máscara de Menoth, e, outrora, antigas cerimônias focadas nesta constelação foram realizadas pelos humanos, que acreditavam que ela representava a face do velho deus.

Gobbers, trollóides e ogrun que cultuam Dhunia têm um termo menos sofisticado para esta constelação, e chamam-na de Leite de Dhunia, um termo que não lhes valeu a simpatia dos elfos de Ios ou dos seguidores da Velha Religião.

O Caçador e a Besta

Ascendendo primariamente nos meses do inverno está o Caçador, considerado um aspecto de Menoth. Os astrônomos da antiguidade eram fascinados com a observação do Olho quando passava pelo Caçador, acreditando que isto marcava uma época de conflito entre dois grandes poderes. Ao lado, e não muito longe do Caçador, está outra constelação, a Besta.

Como um aspecto da Devoradora, a Besta está eternamente em guerra com o Caçador.

Os khadoranos conhecem o Caçador por outro nome, chamando-o de Rei Padre. Diz-se que, quando o lendário Rei Khardovic descobriu sobre o selvagem Geremor, o primeiro lobo aberrante criado pelos servos da Devoradora, ficou enfurecido. Geremor aterrorizava o povo de Khardovic, então o rei marchou para os ermos afim de destruir a criatura. Ele recusou qualquer ajuda, pois não desejava pôr mais ninguém em perigo ao longo de sua caçada e, quando encontrou a imensa forma lupina em meio a uma carnificina terrível, o Rei Khardovic atacou a besta. A batalha durou dias. Geremor fugiu diversas vezes, apenas para ser perseguido e encurrala do de novo pelo bravo servo de Menoth. Por fim, conta-se que ambos estavam agarrados e lutando, tentando estrangular um ao outro e enquanto Khardovic agonizava, dando sua própria vida para destruir o grande mal, Menoth tirou-o de Caen no momento em que os dois combatentes morriam. Ele colocou Khardovic entre as estrelas, para atormentar a Serpente, mas a Devoradora contra-atacou, apanhando Geremor e também colocando-o nos céus. Agora, os dois inimigos estão presos em uma batalha sem fim entre as estrelas.

Dizem os Boatos…

O Hierarca do Protetorado, Garrick Voyle, recentemente examinou uma cópia do tratado de Ortmin sobre a natureza de Caen e, como resultado, sua fúria rompeu todos os limites. De acordo com o Hierarca, o que Ortmin propõe é heresia, e uma ofensa aos olhos de Menoth. Ele decretou pena de morte para o acadêmico (e colocou sua cabeça a prêmio), incumbindo seus próprios Exemplares de trazer Gameo Ortmin à justiça. O culto de Cyriss está relutante em perder o devotado Ortmin, a quem vêem como um componente analítico útil em sua máquina social; sendo assim, os boatos dizem que eles podem estar procurando por ajuda externa para garantir a segurança do estudioso. Talvez um bando de bravos — ou de ambiciosos — possa ser persuadido a guardar Ortmin, embora qualquer envolvimento com certeza traria tais pessoas para o âmago de uma rivalidade religiosa entre os cyrissistas e os sul-menitas do Protetorado.

Skorak

Esta estranha bola de fogo não surge há muitos séculos e embora os astrônomos estejam ansiosos por uma chance para desvendar alguns dos seus mistérios, o seu retorno é antecipado com uma igual quantidade de terror. Skorak foi descrita como uma bola flamejante, muitas vezes mais brilhante até mesmo que o Olho da Serpente, deixando um rastro de chamas luminosas enquanto cruza o céu da noite.

Até onde se pode determinar por registros históricos, esta intrusa incandescente aparece a cada seiscentos anos, e suas aparições sempre coincidiram com eventos que mudaram o mundo. A última vez em que apareceu foi durante a eclosão da rebelião contra os invasores de Orgoth. Enquanto isso, por si só, pareceria ser um bom augúrio, diz-se também que ela apareceu poucas semanas antes da chegada de Orgoth nas praias de Immoren. E, antes disso, diz-se que Skorak rugiu pelos céus enquanto algumas das mais sangrentas batalhas da Era dos Senhores da Guerra e da Era das Mil Cidades devastaram o continente. Já que a Rebelião começou há cerca de 600 anos, o retorno de Skorak não deve estar longe.

Fonte: Guia do Personagem para Reinos de Ferro d20

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