Educação

Universidades e Acadêmias

Rafão Araujo
Reduto do Bucaneiro
14 min readMar 17, 2021

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Embora o estado da educação em geral varie de nação para nação e cidade para cidade, os Reinos de Ferro abrigam vários estabelecimentos de ensino superior de prestígio. Instituições como a centenária Universidade de Corvis e o Instituto Khadorano de Engenharia são bastiões da respeitabilidade intelectual. As melhores universidades são geralmente reconhecidas por um decreto real e oferecem prestígio e uma quantidade moderada de riqueza para os professores altamente qualificados que compõem suas equipes. O suporte e a manutenção de tais instituições é sempre uma questão de orgulho nacional, uma vez que elas existem para melhorar a sociedade e produzem algumas das melhores mentes dos Reinos de Ferro.

Os graduados das instituições acadêmicas podem encontrar emprego como professores, mas muitos partem para explorar aplicações mais práticas de seus estudos ou para realizar pesquisas no campo. Aqueles cuja experiência se presta à engenharia mekânica, alquímica ou física podem muito bem estabelecer

oficinas independentes fora da universidade, apresentando trabalhos sobre suas invenções e descobertas por causa de um senso de dever para o avanço do estado do conhecimento ou pela mera vaidade do reconhecimento pelos seus pares. Se seus experimentos forem úteis na guerra, eles podem ser cortejados pelas academias militares de suas nações. Os estudiosos que se especializam nas ciências naturais ou buscas históricas podem passar um tempo significativo em campo.

As expedições de campo podem incluir vários professores de áreas diferentes que se unem para usar seus fundos com maior eficiência. Viajando para bem longe em busca do conhecimento, eles podem procurar uma ruína antiga, onde um deles pode estudar as inscrições no idioma de Morrdh, enquanto um colega investiga os hábitos dos morcegos-lâmina que agora vivem nos túneis antigos. Essas expedições são frequentemente cheias de perigo e, invariavelmente, existe um orçamento para a proteção com mercenários. Os próprios estudiosos normalmente possuem uma aptidão para a autodefesa, bem como artefatos surpreendentemente letais de suas antigas expedições.

Qualquer cidadão pode assistir às palestras em universidades, mas apenas os alunos matriculados têm acesso a muitas instalações da universidade, tais como alojamento, bibliotecas, oficinas e laboratórios. A maioria das universidades cobra anuidades, embora isso raramente cubra mais do que uma parte das despesas operacionais. Embora essas taxas não sejam onerosas para os ricos, eles são demais para os pobres bancarem facilmente. Mentes jovens particularmente promissoras podem ser forçadas a encontrar patronos entre o clero ou a nobreza, muitas vezes com comprometimentos. As taxas de anuidade devem ser pagas antes que o futuro graduado possa estar diante de um painel

de professores para ter sua perícia testada no campo escolhido. Estas oportunidades surgem uma vez por ano. Aqueles que falham devem se matricular para mais um ano ou abandonar suas aspirações. Se passar nessa avaliação final, o estudioso aspirante recebe um certificado selado e assinado atestando a sua qualificação. Comprovantes de graduação são valorizados por aqueles interessados em tornar-se professores ou fazer sua reputação na pesquisa ou na academia.

As grandes academias militares dos Reinos de Ferro são outro bastião de aprendizagem. Em geral, estas academias apoiadas pelo Estado são dedicadas à preparação de oficiais militares. Em Cygnar, a Academia Estratégica educa todos os oficiais comissionados, enquanto a academia naval Tridente treina os

estudantes mais promissores da Ord nas artes da guerra. A Druzhina é a escola de formação de oficiais de elite de Khador. É nesses lugares que aqueles que comandam os homens em batalha aprendem o seu ofício nas mãos de instrutores que, quase invariavelmente, se formaram nas mesmas instituições em décadas passadas. A maioria dessas academias passa pelo menos um ano instruindo os alunos sobre táticas práticas de combate, distribuição de gigantes-de-guerra, logística, história militar, teorias de comando, bem como a aplicação de exercícios.

Conjuradores de guerra geralmente começam seu treinamento formal nessas academias. Sua instrução inclui os estudos mundanos de seus pares, mas é complementado pelo intenso treinamento arcano sob a tutela de conjuradores de guerra seniores. Os conjuradores de guerra são contados entre os recursos mais valiosos das forças armadas de suas nações e sua formação é exaustiva e demorada. Eles são instruídos na aplicação direta de suas habilidades arcanas e no controle de gigantes-de-guerra. Esta formação acadêmica normalmente tem a duração de mais de um ano antes do conjurador de guerra começar o treinamento de campo como um profissional qualificado.

As academias militares também abrigam escolas mais esotéricas. Em Cygnar, a Academia Estratégica controla várias agências especializadas, incluindo a Ordem Militante da Tormenta Arcana, dedicada à formação de magos-pistoleiros cygnaranos. Em Khador, a Druzhina também fornece formação acadêmica e ocultista para arcanistas recém-empossados na Irmandade dos Lordes Cinzentos.

Universidades

Todas as nações possuem algum tipo de instituto de ensino superior, mas nem todos esses são universidades. Existem várias diferenças importantes. Em primeiro lugar, universidades possuem vários campos de especialidade, enquanto institutos tendem a se concentrar exclusivamente em uma área. Além disso, universidades costumam conferir diplomas sob licença real. Por último, e talvez mais importante, as universidades acreditam ter um dever cívico — existem para a melhora da sociedade (mesmo que a maneira como melhorem a sociedade possa ser bastante vaga).

Qualquer que seja seu status, essas instituições operam de forma semelhante. Seu corpo docente é composto por estudiosos que batalharam durante muitos anos para esta-belecer suas reputações, muitas vezes por seu próprio sa-crifício. Esses estudiosos são indicados para posições aca-dêmicas assalariadas, recebem uma sala, e devem começar o trabalho. São liderados por colegas seniores, em geral eleitos por todo o corpo docente ou indicados pelos fun-dadores da instituição. Outros funcionários incluem alguns faxineiros e trabalhadores manuais que mantém o campus em ordem, além de um ou dois secretários empregados por indivíduos ricos.

Espera-se que todos os estudiosos realizem suas pró-prias pesquisas, supervisionem pesquisadores iniciantes e ensinem — geralmente, na forma de aulas expositivas e pa-lestras. As palestras são eventos públicos; os participantes não precisam ser alunos matriculados. Às vezes, é cobrada uma taxa de entrada, mas freqüentemente há uma galeria aberta “para a iluminação dos pobres”. As palestras tratam de assuntos escolhidos pelo estudioso. Come-çam como apresenta-ções formais e, às vezes, terminam com debates furiosos entre o pales-trante e um colega (ou um chato inoportuno) na platéia.

“Realizar pesquisa” cobre uma vasta gama de atividades. Para al-guns, é uma simples questão de fi losofar e debater. Outros pas-sam horas debruçados sobre textos ancestrais, decifrando, interpretando ou sintetizando a sabedoria do passado. Alguns rea-lizam trabalho de campo, procurando raros espécimes ou artefatos. Outros ainda constroem e testam todo tipo de dispositivos. No intuito de pagar pelos custos de todas essas tarefas, os estudiosos podem solicitar os limitados fundos disponíveis dentro da instituição, mas a maioria depende de investimentos da indústria, da igreja ou de benfeitores ricos. Obviamente, os acadêmicos capazes de trazer dinhei-ro à instituição costumam ser recebidos de braços abertos, e encontram muito mais oportunidades de pesquisa do que seus colegas empobrecidos.

Ventos de Guerra
Matrículas no ensino superior diminuiram com o começo da guerra. Muitos alunos, sentindo uma obrigação com seu rei e sua pátria, abandonaram seus estudos para se alistar no exército. Esses novos oficiais aspirantes, verdes como a gra-ma, são treinados o mais rápido possível, antes de receberem seu próprio comando. Com as forças dispersas entre o reino, todo homem e mulher capaz é necessário para preencher as fileiras e liderar os bravos soldados em batalha.

Academia de Merywyn

Esta antiga instituição, fundada em 314 D.R., construiu reputação por sua tradição, e ainda organiza-se pela divisão clássica em faculdades de direito, fi losofi a e teologia. Goza de bastante prestígio — os formandos muitas vezes ingres-sam em carreiras bem-sucedidas no governo ou na Igreja — , mas seus prédios ancestrais abrigam estudiosos igualmente ancestrais, com pouco interesse no mundo real.

Escola de Ciências Avançadas de Merin

Embora isso seja uma surpresa para muitos, esta escola é uma universidade, em todos os aspectos exceto em seu nome, contando até mesmo com uma licença da monarquia de Ord. A escola tem aparência pobre e despojada, lembrando um imenso armazém, mas é funcional e espaçosa. Ao contrá-rio de muitas instituições, resistiu à tentação de dividir seus estudiosos em departamentos. Assim, famosos historiadores como Lorant Neci (tordorano Ari5/Eav6) trabalham ao lado de engenheiros, matemáticos e outros especialistas. Os visi-tantes costumam achar isso confuso, mas a prática levou a colaborações instigantes e inovadoras. A escola é famosa por sua pesquisa aplicada, concentrada em tópicos com propó-sitos práticos específi cos. Muitas melhorias na tecnologia do barco a vapor e de ferrovia foram resultado do pioneirismo da escola, e vários membros do corpo docente têm posições em empreendimentos comerciais fundados para capitalizar esses desenvolvimentos.

Instituto Khadorano de Engenharia

Tradicionalmente, a educação em Khador é informal. Os mais velhos em uma comunidade ensinam os pobres, e tutores ou sacerdotes ensinam os ricos. A situação mudou radicalmente quando fi cou evidente que o desenvolvimento de novos aparatos mekânicos era vital para manter a com-petitividade econômica e militar de Khador. Os khadoranos estão particularmente cientes de que perdem para Cygnar em desenvolvimento militar. A Irmandade dos Lordes Cin-zentos, fundada em 243 D.R., representa um avanço nesta área. Alguns anos depois, em 295 D.R., o trono de Khador estabeleceu um instituto com o objetivo expresso de igualar ou superar a tecnologia cygnarana.

Quando foi fundado, o Insituto Khadorano de Enge-nharia consistia em um conjunto de ofi cinas e um imenso salão de pedra. Hoje em dia, este salão é um museu das gló-rias passadas da engenharia khadorana, e o prédio original repousa cercado por fábricas e grandes depósitos. As ofi ci-nas são de uso privativo dos estudiosos mais antigos, com extensões muito maiores que o prédio original para novos membros do corpo docente e seus projetos. A segurança é rígida. A despeito de sua localização, no coração de Korsk, o Instituto é protegido por uma divisão inteira da Guarda do Inverno. Contudo, existem boatos que dizem que esta é apenas a primeira linha de defesa, que as verdadeiras ame-aças a quaisquer intrusos são os construtos desenvolvidos especialmente que vagam pelos prédios e patrulham os ar-mazéns e fábricas.

O Instituto serve a dois propósitos, e sua posição no cen-tro dessas fábricas não é um acaso. Engenheiros mais jovens são enviados à instituição para estudar com tutores expe-rientes. Aprendem sobre engrenagens, mecanismos, vapor e hidráulica, trabalhando em equipes sob a supervisão de um mestre. Montam gigantes-a-vapor simples, forjam ca-nhões e constroem unidades industriais automatizadas. Alunos com aptidão arcana sufi ciente são, às vezes, selecio-nados pelos Lordes Cinzentos, e podem se tornar aprendi-zes na Irmandade. Esses escolhidos saem de suas ofi cinas, indo parar em laboratórios, onde constroem córtices, ins-trumentos ópticos e aparatos do gênero.

Há quem questione os métodos que utilizo, mas persevero. A arte de ensinar é simplesmente a arte de despertar a curiosidade natural em mentes jovens. A experiência é um corpo docente superior a todos os outros.
— Professor Viktor Pendrake (povo-do-meio Rgr5/Eav9), Departamento de Zoologia Extraordinária, Universidade de Corvis.

Como a escola preparatória para a Assembléia dos Mekâni-cos Khadoranos, o Instituto recebe centenas de alunos a cada ano, que servem nas fábricas antes de serem aceitos na Assem-bléia — se forem considerados competentes. Alguns alunos, talvez um ou dois a cada cem, são convidados a permanecer no Instituto. Tornam-se assistentes dos técnicos seniores (en-genheiros ou Lordes Cinzentos, dependendo se sua especialização) e contribuem para seus projetos, através de trabalho em laboratório e testes de campo. Os melhores dentre estes acabam se tornando eles mesmos líderes de projetos, indica-dos como membros permanentes do corpo docente do Insti-tuto. Isso pode ser uma abordagem mais dura e menos pesso-al que os tipos de ensino utilizados em Cygnar, mas é muito efi ciente. O Instituto Khadorano é reconhecido em todos os reinos por sua pesquisa e desenvolvimento inovadores.

Liceu da Verdadeira Lei

A educação secular no Protetorado é vigiada de perto. Muitos textos importados de outros reinos sofrem cortes drásticos antes que sejam aprovados para uso educacional. Contudo, o Protetorado possui uma impressionante institui-ção de ensino superior: o Liceu da Verdadeira Lei, também conhecido como Santa Universidade de Menoth. O regime do Liceu é rígido: qualquer um que deseje estudar lá deve primeiro provar sua devoção com três meses de serviço do-méstico no campus, limpando o templo adjacente e traba-lhando na cozinha. Uma vez aceito, o aluno recebe casa e comida da própria instituição. Todos os alunos devem parti-cipar de práticas religiosas regulares, além de seu curso, com serviços todas as manhãs, tardes e noites.

O Liceu foi fundado com o objetivo de treinar os sa-cerdotes de Menoth, mas cresceu para englobar muitos campos de estudo. Fundos consideráveis foram destinados à engenharia e ao desenvolvimento alquímico da “Fúria de Menoth”. Os Cavaleiros Exemplares também estudam no Liceu, assim como os paladinos sancionados pelo governo. Os monges da Ordem do Punho devem passar por três me-ses de estudo intensivo no Liceu para garantir que sejam doutrinados nos textos sagrados.

Ventos de Guerra
Quando o Hierarca Voyle declarou que iria liderar uma grande cruzada em nome de Menoth, os instrutores do Liceu instituíram imediatamente novos programas de trei-namento. Há muito planejados, estes programas deveriam treinar novos soldados com rapidez para o exército do Juiz. Os recrutas dos Exemplares e da Ordem do Punho eram dou-trinados rapidamente, e mandados para engrossar as filei-ras do Hierarca, recebendo apenas uma fração do treina-mento normal — com a garantia de que mais instrução não era necessária, já que eles estariam vivendo a vontade de Menoth no campo de batalha. Enquanto isso, o Liceu au-mentou o recrutamento de alquimistas em potencial, pois a reitoria sabe que doses de fúria de Menoth deverão fluir abundantes na guerra que se aproxima.

Real Academia Caspiana

Embora se orgulhe de ser uma instituição melhor do que a Real Universidade de Cygnar, a Academia é vista como uma escola superior para diletantes ricos. Muitos nobres que pagam para que seus fi lhos freqüentem a Academia desejam simplesmente vê-los longe de casa. Em conseqüên-cia disso, a área ao redor do campus é bastante “animada”. Contudo, a Academia possui muitos estudiosos notáveis. Seu ponto forte são as artes, e seu departamento de músi-ca conta com o famoso cantor Godwin Bannister (caspia-no Esp7), conhecido como o maior estudioso do brado de matança trollóide, e a multinstrumentista Kaelin Sorleagh (thuriana Esp9). Ao lado de seu impressionante auditório há uma galeria de arte que viu o início das car-reiras de muitos gran-des artistas.

Real Universidade Cygnarana

A Real Universidade Cygnarana, originalmente batizada (e ainda chamada assim por alguns) de Universidade Terra-Curta, foi fundada pelo Governador Bolden Terra-Curta, em 259 D.R., às margens do Rio Negro. Como a primeira universidade em Caspia construída na Era da Restauração, consistia originalmente em quatro faculdades: teologia, direito, medicina e fi losofi a. Em 412 D.R., a monarquia obrigou a universidade a expandir seus cursos, e adicionar línguas modernas, história, matemática, engenharia, alquimia, metalurgia e teoria arcana ao currículo. Além disso, impôs que a universidade permitisse a matrícula de estudantes mulheres. A Coroa contrabalançou suas exigências com patrocínios que esta-beleceram a prestigiada Academia Estratégica Brilhasol, agora conhecida simplesmente como Academia Estratégi-ca. As duas fundações trabalham em conjunto no desen-volvimento de projetos militares.

Infelizmente, muitos dos primeiros prédios foram des-truídos durante a Guerra Civil Cygnarana, e a universida-de esteve fechada durante o fi nal dos anos 400 D.R. Foi reconstruída, mais gloriosa do que nunca, e reaberta em 500 D.R. Desde a reinauguração, a universidade erigiu di-versas estátuas pela cidade, construiu uma imensa biblio-teca, criou o Museu & Galeria de Caspia, estabeleceu o principal manicômio de Immoren ocidental e equipou a Fortaleza Naval de Cabo Sentinela. A reitora atual é Han-na Yarrington (thuriana Esp7/Fet7), uma mulher entu-siasmada de idade avançada mas saúde perfeita, conhe-cida por ser especialista em história e direito. Ela afi rma que a universidade conta com o maior corpo discente da história de Immoren ocidental, com matrículas anuais de dez a doze mil alunos — incluindo a Academia Estratégi-ca. É uma afi rmação razoável.

Universidade de Ceryl

A Universidade de Ceryl possui uma reputação sinistra entre os centros de aprendizado de Cygnar. Seus estudiosos e professores são especialmente implacáveis com os alunos, e a taxa de reprovação é extremamente alta. Os parvos, pre-guiçosos ou mesmo marginalmente competentes logo são esmagados sob a pressão intelectual, e convidados a procu-rar outras vocações.

A universidade ocupa um conjunto espremido de pré-dios no norte de Ceryl, entre uma fedorenta peixaria e uma barulhenta ofi cina de motores a vapor. A despeito da lo-calização pouco privilegiada, a universidade sobrevive do patrocínio das famílias mais ricas da cidade. Sua prática de dispensar alunos inadequados torna esse patrocínio essen-cial, pois a instituição não consegue pagar seus professores apenas com as mensalidades.

A Universidade de Ceryl não oferece quaisquer cursos de estudos arcanos, exceto aqueles relacionados a história, alquimia e teologia. O Reitor Lionel Wellingford (caspia-no Esp4/Ari2) e seus professores seniores são contrários à Ordem Fraternal (ou a quaisquer outras ordens de ma-gos), e deixam os assuntos arcanos às “sórdidas cabalas”.

A universidade possui excepcionais cursos de matemática, engenharia, botânica, zoologia, história e alquimia. Cartas de Aprovação da Universidade de Ceryl são universalmen-te respeitadas.

Universidade de Corvis

Talvez a mais conhecida universidade dos Reinos de Ferro, a Universidade de Corvis é uma estranha mescla de charme e decrepitude. Possui acadêmicos famosos e respeitados, como o notório Professor Viktor Pendrake (MN1, página 218), ou seu prestigioso vice-reitor, Davyd Derroman (caspiano Mag7/Mco6). Contudo, o campus localiza-se em uma imensa e mal-cuidada propriedade no sul de Corvis. A propriedade foi presenteada à Universidade quatrocentos anos atrás, por uma nobre excêntrica que morreu solteira. O campus passou por poucas reformas desde então.

O prédio consiste em quatro alas que formam uma parede ao redor de um quadrângulo central. O salão de entrada, que outrora possuía duas escadarias recurvadas, foi convertido em uma sala de palestras públicas, grande o bastante para acomodar cem pessoas sentadas, e outras dezenas de pé nas sacadas. Da mesma forma, alguns quar-tos no andar térreo foram convertidos em salas de aula, e a ala sul inteira foi dedicada à biblioteca. A coleção de textos proscritos da universidade está trancada em segurança no Porão Sul, e a única chave fi ca permanentemente com o bibliotecário, que também é o Capelão de Morrow. Os es-tudiosos têm seus escritórios no segundo, terceiro e quarto andares ao longo das alas oeste e leste. A maior parte do quinto andar e do sótão foi abandonada, devido a vazamen-tos no telhado. Mas alguns estudiosos em busca de espaço tomaram para si partes dessa área.

A universidade também possui terras fora das muralhas, incluindo uma casamata fortifi cada e alguns terrenos no su-deste de Corvis. Lá fi cam os laboratórios dos Departamentos de Estudos Militares e Ciências Naturais. O local é bem guar-dado, e visitantes não são bem-vindos. O que a maioria das pessoas não sabe é que existem túneis secretos que levam da mansão até esta casamata. Quando Vinter Raelthorne IV vol-tou a Corvis (veja ASDE), seus Inquisidores caçaram “subver-sivos” na universidade. Muitos morreram, e inúmeros trata-dos acadêmicos foram queimados. Vários dos sobreviventes devem suas vidas a essa rota oculta para fora da cidade.

A Universidade de Corvis está atualmente tentando pre-encher posições pertencentes a estudiosos falecidos com novos acadêmicos. Além disso, procura doações para rea-bastecer sua biblioteca (e para consertar o telhado!).

Universidade de Mercir

Esta instituição é, em muitos aspectos, a “prima pobre” da Real Academia Caspiana e da Universidade de Corvis. Contudo, sua reputação baseia-se em dois pontos fortes exclusivos. Em primeiro lugar, a universidade abriga a escola naval mais respeitada dos reinos, e mantém uma pequena frota particular que serve como as melhores instalações de treinamento conhecidas. Os melhores alunos são mandados regularmente à Fortaleza Naval de Cabo Sentinela sob recomendação do reitor. Em segundo lugar, a universidade investiu no Grande Observatório Cygnarano, fornecendo a seus acadêmicos acesso às mais avançadas ferramentas para o estudo dos céus.
A combinação dessas duas áreas de especialização levou a rápidos avanços em navegação, e ao desenvolvimento de novos dispositivos astronômicos que ajudam os marinheiros a determinar com exatidão sua posição no mar.

Dica ao Mestre: Personagens conectados à universidades e que estudem com ajuda de professores, mestres e livros, conceda bônus maiores ou economia de tempo quando estudarem no seu tempo entre aventuras.

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