Forja Tempestuosa, sua história e formação

As Tecnologias Galvânicas de Cygnar

RASGANDO OS CÉUS

A ESTIRPE DA FORJA TEMPESTUOSA

INTRODUÇÃO

A Forja Tempestuosa emerge das tradições honradas dos Forjadores Tempestuosos de Cygnar, uma irmandade de hábeis arcanistas e mestres nos intricados campos da meteorologia, design galvânico, mekânica e metalurgia. Esses artesãos não são meros fabricantes de armas e equipamentos sofisticados, mas também guerreiros que compartilham o campo de batalha com as forças militares de Cygnar. Sua missão vai além da forja, estendendo-se para os campos de batalha onde sua perícia não apenas mantém e conserta complexas armas e engrenagens, mas também invoca a fúria imparável dos céus para apoiar as tropas avançadas do reino. São especialistas em artes galvânicas e guardiões do conhecimento ancestral, enfrentando os desafios dos campos de guerra para garantir que a tempestade esteja sempre do lado de Cygnar.

Como seus antecessores, os membros da Forja Tempestuosa abraçam com entusiasmo os avançados princípios da tecnologia galvânica e mekânica, de uma maneira que, por vezes, até os soldados que servem ao seu lado confundem com uma espécie de loucura alegre. Para esses técnicos de guerra, que manipulam o clima e aproveitam os poderes destrutivos da natureza em primeira mão, o céu não é apenas uma vastidão acima, mas uma arena de armas e escudos. Embora possam ser considerados pouco convencionais pelos padrões de muitos soldados experientes, a presença da Forja Tempestuosa é recebida de braços abertos nos diversos exércitos de Cygnar. Para aqueles que já enfrentaram esses especialistas em batalha e conseguiram escapar de sua ira retumbante, a simples visão de uma nuvem no horizonte é o suficiente para fazer os pelos do pescoço se eriçarem.

Fundida entre guilda e ramo militar, a Forja Tempestuosa emergiu nos escombros da era de reconstrução que se seguiu à Guerra Infernal. Sua influência foi vital tanto na Renascença Galvânica da última década quanto nos avanços tecnológicos que possibilitaram a criação da Legião Tempestuosa. Estes especialistas em ciência galvânica operam muito além da compreensão da maioria dos mekânicos arcanos. Eles não apenas concebem, fabricam e mantêm armamentos avançados para o exército de Cygnar, mas também marcham ao lado dos soldados da nação. Adentrar o campo de batalha não só permite que os agentes da Forja Tempestuosa apoiem diretamente as forças militares de Cygnar, mas também lhes proporciona a oportunidade de testar novas inovações em armas galvânicas e testemunhar seu trabalho em ação. Muitas de suas armas e equipamentos avançados são tão intrincados e potencialmente perigosos em operação que não são confiados a soldados comuns. Tal responsabilidade é reservada aos Forjadores Tempestuosos, que vivem pela emoção de invocar fogo elétrico dos céus para aniquilar qualquer obstáculo em seu caminho.

Há indubitavelmente um toque de loucura nos arcanistas da Forja Tempestuosa, membros que apoiam diretamente as forças de Cygnar no campo de batalha. Eles formam um grupo coeso, unidos por sua devoção excêntrica e fascinação pelo poder da tempestade. A proximidade íntima com o fogo galvânico e o domínio que exercem sobre as forças da tempestade e do céu desbloqueiam algo profundo e perturbador naqueles que são atraídos pelos mistérios das ciências galvânicas. A utilidade desses especialistas em batalha, no entanto, sem dúvida, confere uma vantagem até mesmo às forças de combate menos avançadas tecnologicamente do reino, como os Coveiros.

Desde os tempos dos Forjadores Tempestuosos (Stormsmiths) sob Vinter Raelthorne, conjuradores de guerra treinados nas artes galvânicas têm lutado ao lado dos Portadores da Tormenta (Stormcallers). Com o surgimento dos gigantes-de-guerra puramente galvânicos, alimentados inteiramente por câmaras tempestuosas e capacitores avançados, essa cooperação só se intensificou. A Forja Tempestuosa mantém uma conexão íntima com um pequeno grupo de conjuradores de guerra, como o Adepto Mekânico Sigmund Sparkhammer, que não apenas testam os sistemas avançados de gigantes-de-guerra, mas também lideram seus especialistas no campo de batalha. Esses líderes, imbuídos do poder das tempestades, desempenham um papel vital, guiando seus aliados e desencadeando a fúria galvânica contra os inimigos do reino.

A HISTÓRIA DA FORJA TEMPESTUOSA

É impossível dissociar a história da Forja Tempestuosa da mente do gênio singular que lançou suas bases. Os Forjadores Tempestuosos originais eram apoiadores e associados próximos de Sebastian Nemo durante seu tempo como professor na Academia Estratégica. Um inventor lendário, engenheiro mekânico, general e conjurador de guerra, Nemo foi um pioneiro precoce no campo das ciências galvânicas na década de 570. Testando e refinando suas ideias teóricas por meio de aplicações diretas, Nemo quase que sozinho inaugurou essa área de pesquisa. Até 573 DR, ele havia desenvolvido o primeiro protótipo funcional da câmara tempestuosa, o primeiro gerador de energia totalmente galvânico.

O interesse de Nemo nas artes mekânicas beirava a obsessão à medida que reunia um pequeno grupo de pensadores afins a ele, muitos inicialmente provenientes dos alunos e professores da Academia Estratégica. Mais tarde, ele viria a corresponder com pesquisadores nos campos da meteorologia, metalurgia e engenharia mekânica por todos os Reinos de Ferro e além. Trocava cartas com Cyrissistas, inventores rhuleses e membros secretos da Ordem Fraternal, acumulando um vasto tesouro de conhecimento que alimentaria não apenas seu próprio trabalho, mas também o de seus apoiadores.

Ao final dos anos 570, seu trabalho havia chamado a atenção do exército cygnarano. Quando as Invasões Scharde — quando os Cryx fizeram sua primeira investida para invadir a pátria Cygnarana — eclodiram em 582 DR, Nemo já havia se encontrado várias vezes com o Mestre de Guerra General Leto Raelthorne para discutir a aplicação de sua pesquisa na criação de um novo ramo do serviço militar. Embora a guerra tenha desviado essa conversa por um tempo, a armadura de Nemo, impulsionada galvanicamente, atraiu uma atenção renovada para o potencial dessas novas tecnologias mekânicas.

Após a guerra, Nemo se encontrou extensivamente com Leto Raelthorne e outros membros do Conselho de Guerra, culminando no Arsenal Cygnarano colocando suas ideias diretamente em produção. Com a fabricação das primeiras gládios tempestuosos em 586 DR, os Cavaleiros Tempestuosos entraram em serviço militar no mesmo ano. Os Cavaleiros Tempestuosos, principalmente os Lâminas Tempestuosas, ganhariam destaque ao apoiar Leto durante o Golpe do Leão em 594 DR, quando o príncipe benevolente tomou o poder de seu irmão tirano e cheio de ódio, o Rei Vinter Raelthorne.

Um verdadeiro fiel da promessa das ciências galvânicas, o novo rei Leto Raelthorne abriu os cofres para expandir drasticamente o número e as capacidades dos Cavaleiros Tempestuosos, marcando a confiança de Cygnar na aplicação militar dessas tecnologias para todo o sempre. Em reconhecimento ao papel desempenhado pelos Cavaleiros Tempestuosos no Golpe do Leão, Leto ordenou a criação do Tempestuoso (Stormclad) em 597 DR, que marcou a primeira incursão do Arsenal Cygnarano na adaptação dessas tecnologias para o armamento dos gigantes-de-guerra.

Em 604 DR, os Forjadores Tempestuosos já marchavam ao lado dos Cavaleiros Tempestuosos, cuidando de suas complexas armas mekânicas e lançando seu fogo galvânico sobre o campo de batalha. Era o nascimento dos Portadores das Tormenta, e a próxima geração de artilharia móvel galvânica logo se seguiu.

Nessa época, os Forjadores Tempestuosos já eram diretamente empregados pelo Arsenal Cygnarano, continuando seu desenvolvimento de sistemas galvânicos avançados. Com seu legado habilmente mantido em suas mãos, Nemo direcionou seu interesse para o desenvolvimento dos primeiros gigantes-de-guerra totalmente galvânicos. A Convergência de Cyriss já dominava essas tecnologias, e Nemo voltou-se para a engenharia reversa de suas realizações, saqueando seus recursos e conhecimentos onde quer que pudesse encontrá-los. Tornando-se o flagelo de seus antigos associados, Nemo buscou e saqueou as bases secretas dos Cyrissistas, reunindo os segredos de que necessitava. O resultado de seus trabalhos e, alguns diriam, obsessão, foi o Trovejante (Thunderhead), o protótipo dos gigantes-de-guerra alimentados por galvanismo que estavam por vir. O Trovejante saiu da linha de produção do Arsenal Cygnarano e entrou no campo de batalha em 606 DR, onde logo se tornou o terror de qualquer inimigo com a infelicidade de enfrentá-lo.

Com a guerra engolfando os Reinos de Ferro, Nemo voltou suas energias para o desenvolvimento do primeiro colossal moderno de Cygnar. No mesmo ano, ao abordar o Conselho de Guerra de Leto, ele convenceu o rei e seus ministros a apoiarem sua visão arrojada para o futuro da guerra. Embora movido a carvão e não seja um gigante-de-guerra totalmente galvânico como o Trovejante, a Muralha Tempestuosa incorporava o maior e mais poderoso sistema de armas voltaicas até então. Quando saiu pela primeira vez das fábricas do Arsenal Cygnarano em 608 DR, poucos podiam duvidar que Sebastian Nemo havia redefinido a guerra para todo o sempre. Embora Nemo tenha sido perdido para Cygnar na Cidade Monolítica durante o auge da Guerra Infernal, seu legado perdura.

Independente dos projetos liderados e iniciados por Nemo, os Forjadores Tempestuosos do Arsenal Cygnarano estavam empenhados em ambiciosos projetos próprios, sendo o mais bem-sucedido o Andarilho Tempestuoso (Storm Strider), que deu seus primeiros passos fora da linha de produção em 607 DR. Com uma tripulação de dois, essas enormes máquinas podiam desencadear uma formidável morte galvânica sobre o inimigo. No entanto, o grande custo de materiais e mão de obra necessários para fabricar essas poderosas máquinas de guerra significava que elas nunca poderiam ser produzidas em grande quantidade. Embora os Andarilhos Tempestuosos e o Muralha Tempestuosa tenham impulsionado as capacidades técnicas do Arsenal Cygnarano a novos patamares, ambos seriam colocados em espera nos anos seguintes, à medida que Cygnar buscava produzir sua próxima geração de máquinas de guerra.

A Forja Tempestuosa foi estabelecida como uma ramificação da Arsenal Cygnarano em 614 DR para dar continuidade ao trabalho de Nemo. Totalmente dedicada ao desenvolvimento e produção da próxima geração de armas e tecnologias galvânicas, a Forja Tempestuosa foi fundamental no desenvolvimento da Legião Tempestuosa. Seus avanços no campo não apenas continuaram a definir os limites da guerra moderna, mas também foram fundamentais para estabelecer o Renascimento Galvânico, que revolucionou as capacidades tecnológicas e industriais de Cygnar nos anos seguintes.

Quando o gigante-de-guerra Stryker entrou em produção em 616 DR, a Forja Tempestuosa havia conseguido concretizar o sonho de Nemo. O Stryker foi o primeiro gigante-de-guerra totalmente galvânico produzido em escala industrial. Quando ele chegou aos campos de batalha de Immoren ocidental, imediatamente tornou obsoletos todos os gigantes-de-guerra anteriores fabricados pelos Reinos de Ferro. Pela primeira vez, os exércitos de Cygnar estavam livres das amarras de suas linhas de suprimento, não precisando mais de carvão para alimentar suas máquinas no campo de batalha.

A Forja Tempestuosa e o Arsenal Cygnarano então intensificaram a produção das armas galvânicas do reino antes do estabelecimento e treinamento da Legião Tempestuosa em 617 DR. Os Portadores da Tormenta treinavam ao lado dos recrutas frescos da Legião Tempestuosa, solidificando uma parceria que viria a definir os destinos de ambas as organizações. Apesar da dependência da Legião dos engenheiros arcanos da Forja Tempestuosa para manter suas armas mekânicas complexas, os especialistas da guilda também treinavam ao lado de outras divisões de serviço do reino, incluindo os Coveiros e a Marinha Cygnarana. Sua capacidade de manipulação do clima provou ser uma grande vantagem para a Marinha, que, com o tempo, passou a apreciar as capacidades ofensivas dos Portadores da Tormenta a bordo dos navios, onde podiam invocar fogo destrutivo dos céus sem depender de munição pesada ou pólvora explosiva.

O ano seguinte viu a primeira produção do Galgo (Courser), o gigante-de-guerra leve especializado da Legião Tempestuosa. Outra máquina totalmente galvânica, o Galgo era uma plataforma ágil e menos cara, idealmente adequada para aplicações de combate à distância.

Com a dissolução da Convergência de Cyriss, diversos ex-adeptos se apresentaram e se juntaram à Forja Tempestuosa nos últimos anos. Os Cyrissistas trazem consigo um conhecimento avançado de sistemas galvânicos e metalurgia que é inigualável, mesmo pelas percepções que Sebastian Nemo possuía. Eles têm se mostrado uma grande vantagem para a Forja Tempestuosa enquanto ela expande sua produção e operações.

ORGANIZAÇÃO

A Forja Tempestuosa tem uma estrutura semelhante à de uma guilda comercial dentro do Arsenal Cygnarano, completa com sua própria hierarquia, desviando-se das usadas pelo exército e pelo próprio Arsenal. Seus membros altamente qualificados e bem treinados têm um orgulho intenso de suas realizações e guardam de perto os segredos das artes galvânicas. Quebrando a tradição, a nova geração de gigantes-de-guerra alimentados galvanicamente, nos quais eles foram instrumentais em projetar e fabricar, agora é totalmente produzida internamente pela equipe do Arsenal sem parceiros externos, como a Motores do Leste ou a Ordem Fraternal de Magia. E seus sistemas mais sensíveis e complexos são elaborados exclusivamente pelos mestres mekânicos da Forja Tempestuosa.

Mesmo dentro da Forja Tempestuosa, existem divisões entre seus especialistas, agentes de campo e conjuradores de guerra que operam nos campos de batalha de Immoren ocidental ao lado das forças militares de Cygnar e os dedicados engenheiros arcanos que continuam a forçar os limites dessas novas tecnologias galvânicas. Os ousados Portadores da Tormenta da guilda vivem pela emoção e empolgação da luta e pela chance de testemunhar em primeira mão a aplicação devastadora dessas armas potentes no campo de batalha. Ao mesmo tempo, os membros mais experientes fora do campo de batalha têm um orgulho tremendo nas proezas arcano-tecnológicas que realizam em uma base quase diária. A Renascença Galvânica deu grandes passos em iluminar as cidades de Cygnar e inaugurou uma nova era de maravilhas que revolucionou a vida diária em todo o reino. Claro, isso foi antes da chegada dos Orgoth, e agora, mais uma vez, a ala marcial da guilda está em ascensão, enquanto os exércitos de Cygnar enfrentam mais uma guerra que definirá o mundo.

Essa divisão apenas cresceu à medida que as fileiras da Forja Tempestuosa foram preenchidas por Cyrissistas de mentalidade empirista em busca da vida neo-monástica de pesquisa teórica e experimental, em vez da exaltação do combate. Mesmo esses tecnólogos de mente elevada, no entanto, acabam sucumbindo à mania contagiante que permeia toda a guilda e é dita ser causada pela estreita associação com o fogo galvânico. Diz-se que até o pesquisador mais estoico da Forja Tempestuosa tem uma mente acesa em chamas voltaicas e olhos que crepitam com fúria elétrica sob um céu uivante de tempestade.

Com sua longa tradição de associação com os Forjadores Tempestuosos, a Forja Tempestuosa continua a depender da Academia Estratégica para identificar jovens promissores com a inteligência, disposição e aptidão técnica necessárias para servir em suas fileiras. Recrutas em potencial geralmente são identificados por professores leais à guilda e são escolhidos entre os jovens arcanistas que frequentam a Academia. Após se reunirem com agentes formados da Forja Tempestuosa, aqueles que demonstram o impulso e a inteligência necessários são patrocinados para a adesão.

Aqueles recrutados pela Forja Tempestuosa ingressam na organização como Mekânicos Aprendizes. Os Aprendizes passam por um processo de treinamento extenso que geralmente dura de dois a cinco anos, durante o qual aprendem os fundamentos da ciência galvânica, engenharia mekânica, meteorologia e metalurgia. Com o tempo, os aprendizes se familiarizam com os meandros da Câmara Tempestuosa, dos Portadores da Tormenta e de outras tecnologias avançadas desenvolvidas pela Forja Tempestuosa.

A qualquer momento durante o treinamento de um candidato, os professores podem recomendar que eles façam o teste para ingressar nas fileiras dos Mekânicos Graduados. Este teste rigoroso exige que o candidato demonstre um conhecimento prático de sistemas e tecnologia galvânicos. Eles também devem mostrar uma familiaridade íntima com a mekânica galvânica avançada, assim como a capacidade de reparar e manter tais equipamentos, armas e fontes de energia complexas.

Aqueles que passam no teste são admitidos na Forja Tempestuosa como Mecânicos Graduados. Ao serem admitidos, a maioria dos graduados ingressa no serviço militar, onde são responsáveis pela manutenção e reparo de armas e equipamentos galvânicos. Após alguns anos de serviço, um graduado pode fazer a transição para outro papel dentro da Forja Tempestuosa, como pesquisa e design, produção nas linhas de montagem da guilda, ou manutenção de grandes instrumentos de obras públicas galvânicas, como torres de telégrafo. Aqueles que o fazem costumam trabalhar em estreita colaboração com os mestres da Forja Tempestuosa no desenvolvimento e aprimoramento de novas tecnologias.

Alguns tornam-se Especialistas militares, como os Portadores da Tormenta. Os Especialistas são soldados da Forja Tempestuosa que trabalham em estreita colaboração com todos os ramos militares de Cygnar. Eles utilizam armamento galvânico avançado para lutar no campo, observar o funcionamento de sistemas galvânicos de uso geral e testar novas armas conforme são desenvolvidas. A maioria dos soldados comuns que servem nos exércitos de Cygnar chega a conhecer a Forja Tempestuosa por meio dos especialistas com quem servem lado a lado. Os especialistas têm uma reputação de ousadia e um apetite pela destruição que pode ser inquietante para seus colegas no campo. A introdução inicial do soldado comum à Forja Tempestuosa geralmente é a aparição de um lunático de cabelos selvagens gargalhando enquanto convoca raio após raio sobre o inimigo, tudo isso com o reflexo do fogo galvânico flamejando em seus olhos.

Após geralmente passar mais três a cinco anos como aprendiz, um membro da Forja Tempestuosa pode optar por fazer o teste para obter a certificação de mestre em uma ou mais áreas de estudo. Um tribunal de especialistas no campo de teste administra o exame ao candidato. Aqueles que passam são então autorizados a construir uma obra-prima da mekânica galvânica relacionada à área de teste do candidato. Após a conclusão de sua obra-prima e com o reconhecimento do tribunal de especialistas, o candidato é reconhecido como Mestre Mekânico da Forja Tempestuosa. Os mestres são a liderança sênior da ordem e supervisionam tarefas substanciais, projetos e áreas de produção dentro da Forja Tempestuosa. Eles geralmente gerenciam grandes equipes de mekânicos aprendizes e graduados.

Alguns poucos mestres mekânicos, dotados de um olhar perspicaz para detalhes, aliado a um conhecimento técnico impecável dos mecanismos internos da mekânica avançada, podem se tornar Guardiões. Os guardiões são encarregados de inspecionar as obras produzidas pela Forja Tempestuosa para garantir que atendam aos mais altos padrões da guilda. Todas as obras da Forja devem ser inspecionadas e certificadas por um guardião antes de serem autorizadas a entrar em serviço. Geralmente, pelo menos um guardião atua em todos os tribunais de teste de mestres mekânicos para garantir que a obra-prima de um candidato esteja verdadeiramente à altura dos elevados padrões da Forja Tempestuosa.

Aqueles mestres que alcançam avanços singulares nas ciências galvânicas ou que demonstram uma habilidade muito além da de seus pares podem ser reconhecidos como Adeptos Mekânicos. Alcançar tal reconhecimento é raro; a maioria dos membros da Forja Tempestuosa nunca ultrapassará o cargo de mestre.

A guilda é liderada pelo Mestre-Principal da Forja Tempestuosa, também conhecido como o grão-mestre. O mestre-principal é escolhido entre todos os mestres da Forja Tempestuosa em boa situação e é eleito por votação secreta. Uma vez eleito um novo mestre-principal, ele ocupa o cargo até que não possa mais cumprir suas obrigações ou se aposente. Embora o mestre-principal oficialmente supervisione toda a organização, geralmente ele depende muito de determinados guardiões e mestres em posições de autoridade, então o mestre-principal realmente gerencia apenas aqueles projetos e operações pelos quais ele tem um interesse pessoal maior. O papel é em grande parte cerimonial, com o verdadeiro trabalho do mestre-principal limitado a negociações com a Coroa, o Conselho de Guerra e a Assembleia Real. Como resultado, dentro da Forja Tempestuosa, o grão-mestre é às vezes chamado de “Chefe Contador Principal”.

O atual Mestre-Principal da Forja Tempestuosa é o Mekânico Principal Cylex Macavery.

PATENTES MILITARES DA FORJA TEMPESTUOSA

Por operarem ao lado das forças armadas de Cygnar no campo, a maioria dos membros da Forja Tempestuosa também possui patentes militares, além de suas posições na guilda. Dentro do escopo e domínio da Forja Tempestuosa, as patentes da guilda sempre têm precedência sobre as patentes militares. No entanto, no campo de batalha, os membros da guilda são obrigados a seguir a cadeia de comando militar.

Os Mekânicos Aprendizes geralmente detêm a patente de cabo.

Mekânicos Graduados e Especialistas são promovidos à patente de sargento.

Embora Mestres Mekânicos, Adeptos Mekânicos e Guardiões normalmente não sirvam no campo de batalha, aqueles que o fazem geralmente recebem a patente provisória de capitão, assim como os conjuradores de guerra da Forja Tempestuosa, independentemente de sua patente na guilda.

O Mestre-Principal da Forja Tempestuosa recebe a patente provisória de Comandante no campo de batalha.

Os membros da Forja Tempestuosa que podem servir ao lado das forças militares de Cygnar também podem ser promovidos a patentes mais altas em reconhecimento ao seu serviço no campo de batalha. Esses oficiais mais graduados normalmente comandam forças compostas inteiramente por Portadores da Tormenta da Forja Tempestuosa, especialistas e outros agentes.

Enquanto a Forja Tempestuosa tem sua sede principal no quartel-general do Arsenal Cygnarano em Caspia, ela também mantém escritórios regionais, laboratórios e plantas industriais secretas em toda Cygnar, especialmente em cidades com forte presença acadêmica ou industrial. A Forja Tempestuosa também assumiu o controle de várias instalações abandonadas pela Convergência de Cyriss após a Guerra Infernal. Tais locais são geralmente valorizados tanto por sua segurança quanto por sua adequação à pesquisa arcana, galvânica e teórica. Alguns também contêm valiosos estoques de materiais altamente refinados e equipamentos produzidos pelos especialistas tecnológicos do antigo culto.

A Forja Tempestuosa também inaugurou recentemente um grande centro de testes no sopé dos Picos da Espinha do Dragão, ao sul de Mercado Bain. Ideal para pesquisas meteorológicas e testes de sistemas galvânicos, este centro de testes se estende tanto pelas terras altas quanto pelas planícies férteis abaixo. Embora os agricultores locais tenham se beneficiado da capacidade da Forja Tempestuosa para manipulação do clima e experimentos na produção de chuva, tais testes ainda estão em sua infância e, por vezes, podem sair do controle, causando algum grau de caos na região. Rajadas frequentes de raios e trovões incessantes também podem perturbar o gado e quebrar a calma tipicamente idílica. Como resultado, os fazendeiros e agricultores de Mercado Bain e arredores estão bastante cansados dos arcanistas de cabelos desgrenhados e olhos enlouquecidos acampados em sua porta. O exército cygnarano teve que intervir para acabar com mais de uma briga entre os locais e os “mágicos invasores do clima”.

Portadores da Tormenta

Marchando para o campo de batalha em pequenos esquadrões, os Portadores da Tormenta são os soldados dedicados da Forja Tempestuosa que servem ao lado das forças militares de Cygnar. Eles ostentam a patente de especialista dentro da guilda e são encarregados da operação das armas mais avançadas da Forja Tempestuosa em batalha. Além disso, atuam como observadores avançados e testadores de campo de armas e equipamentos experimentais. Por fim, têm a responsabilidade da manutenção e reparo em pleno campo de batalha de todos os sistemas de armas desenvolvidos pela Forja Tempestuosa, desde os gigantes-de-guerra galvânicos até as lâminas voltaicas.

Para o cidadão comum do reino, os Portadores da Tormenta são o rosto da Forja Tempestuosa. São os destemidos caçadores de tempestades que podem invocar raios dos céus para devastar os inimigos de Cygnar.

Arautos Tempestuosos

Utilizando tecnologias mekânicas derivadas tanto das pesquisas galvânicas da Forja Tempestuosa quanto das desenvolvidas pela Convergência de Cyriss, os Arautos da Tempestade são especialistas de suporte que servem ao lado das forças militares em campo. Envolvidos em camadas de ferro e isolados galvanicamente dos poderosos equipamentos que carregam na batalha, os Arautos da Tempestade podem manipular o clima, gerando ventos cortantes para proteger as forças aliadas do fogo inimigo ou canalizando energias arcanas para canalizar as magias dos conjuradores de guerra aliados. Ao partir para o ataque, podem desencadear poderosas ondas de tempestade galvânica para dizimar seus inimigos no campo de batalha.

Estação Meteorológica

Operadas por pequenas equipes de Portadores da Tormenta, as Estações Meteorológicas são a principal artilharia móvel da Forja Tempestuosa. Essencialmente, trata-se de um sofisticado conjunto de manipulação climática situado sobre uma poderosa câmara de tempestade ambulante, derivada das tecnologias inicialmente desenvolvidas para os veneráveis Andarilhos Tempestuosos dos Forjadores Tempestuosos. Reduzida em escala para melhorar agilidade e facilidade de movimento, a arma oferece um soco potente. Pode ser usada para gerar uma variedade de efeitos — desde explosões retumbantes que podem derrubar inimigos voadores até surtos amortecedores de relâmpagos capazes de fritar os neurônios de qualquer inimigo azarado o suficiente para atrair seu fogo cegante.

Adepto Mekânico Figmund Sparkhammer

Um aventureiro audacioso, mekânico arcano, conjurador de guerra, conselheiro militar e às vezes espião, o Adepto Mekânico Figmund Sparkhammer ascendeu para se tornar o comandante militar de mais alto escalão na Forja Tempestuosa. Antigo mercenário rhulês e confidente próximo de Sebastian Nemo, ele conheceu Nemo após as Invasões Scharde em 589 DR. Na época, Sparkhammer havia desenvolvido um grande interesse no trabalho de Nemo e, eventualmente, tornou-se obcecado com as possibilidades nas artes voltaicas. Como tantos outros, ele havia se apaixonado pela tempestade. Nemo foi fundamental na recruta de Sparkhammer como agente do Serviço de Reconhecimento Cygnarano. Por anos, Sparkhammer filtrou segredos industriais e metalúrgicos rhuleses por meio do SRC de volta para Nemo, que incorporaria essas informações em suas próprias pesquisas em expansão.

Quando a duplicidade de Sparkhammer foi descoberta pelos agentes da Marca de Odom, uma ordem de arcanistas que trabalha para garantir os territórios, interesses e segredos de Rhul, ele fugiu da capital rhulesa de Ghord com toda a pressa e permanece procurado pelos Senhores de Pedra até hoje, com uma recompensa generosa por sua captura. A situação ameaçou desencadear um incidente internacional que só foi aliviado após o Golpe do Leão, quando o novo regime em Caspia pôde alegar ignorância da operação. Com a ajuda de Nemo, Sparkhammer buscou a proteção de um enclave Cyrissista oculto em Llael, onde permaneceu até 601 DR. Ele foi então contrabandeado de volta para Cygnar com a ajuda do SRC, trazendo consigo um novo tesouro de segredos da Convergência que Nemo integrou ainda mais em seus próprios objetivos.

Com o interesse crescendo no trabalho de Nemo, Sparkhammer buscou emprego no Arsenal Cygnarano, onde se tornou um engenheiro-chefe no desenvolvimento das primeiras incursões do reino em gigantes-de-guerra movidos a galvanismo. A criação do Trovejante foi um triunfo que Nemo compartilhou com seu antigo amigo e aliado Figmund Sparkhammer.

O conjurador de guerra rhulês teve participação limitada na Guerra de Llael, sofrendo ferimentos graves em 607 DR. Enquanto se recuperava, passou cada vez mais tempo trabalhando ao lado de seus colegas no Arsenal Cygnarano. Quando Nemo desapareceu na Cidade Monolítica lutando contra os infernais em 612 DR, Sparkhammer começou a acreditar que seus dias como soldado haviam acabado. O destino, no entanto, reservava mais para o destemido jogador.

Sparkhammer tornou-se um membro fundador da Forja Tempestuosa em 614 DR e passou a aconselhar o Conselho de Guerra enquanto este lançava as bases para a Legião Tempestuosa. Com a conclusão do projeto do gigante-de-guerra Stryker, Sparkhammer retornou ao campo, primeiro como instrutor para uma nova geração de conjuradores de guerra e, posteriormente, como comandante militar, atuando como intermediário entre a guilda e o novo ramo de serviço. Com o retorno dos Orgoth, no entanto, Sparkhammer não pôde deixar de atender ao chamado de sua nação adotiva em seu momento de necessidade e, vestindo sua armadura galvânica mais uma vez, marchou para a guerra.

Com mais de trinta anos de serviço à Coroa de Cygnar, Sparkhammer foi reconhecido como um Adepto Mekânico em 617 DR. Embora suas realizações e contribuições já o tivessem tornado uma lenda dentro da guilda, bem como na estrutura militar mais ampla do reino, foi sua pesquisa sobre manipulação galvânica do clima que cimentaria seu legado. Mesclando tecnologias das quais havia sido pioneiro no desenvolvimento da Estação Meteorológica da Forja Tempestuosa com segredos guardados de seus dias dentre a Convergência, Sparkhammer conseguiu integrar sofisticados dispositivos arcanos em sua própria armadura de conjurador de guerra, concedendo-lhe controle singular sobre o poder tanto da tempestade quanto da força arcana que fervilhava dentro de si.

Um verdadeiro ativo para a coroa e o país, Figmund Sparkhammer pode muito bem ser o mais famoso dos antigos Forjadores Tempestuosos vivos hoje.

Especialista Tyson Vas

Dominando uma figura magra e esguia ao lado da forma compacta do Mekânico Adepto, o Especialista Tyson Vas tornou-se conhecido como o “Espantalho” de Sparkhammer. Tão solene quanto sombrio, Vas é um Portador da Tormenta altamente condecorado e um herói das intermináveis guerras de Cygnar. Capturado pelas forças Khadoranas no auge da Guerra Llaelesa, Vas passou três longos anos como “hóspede” dos brutais campos de trabalho e campos de Skirov Kardstadt, antes de retornar a Cygnar em uma troca de prisioneiros em 610 DR.

O técnico de tempestades ágil e habilidoso voltou ao serviço ativo assim que foi liberado para o dever. Antes um mágico amador de palco, sua agilidade natural e talento para prestidigitação o tornaram um soldado capaz e imprevisível, além de ser o testador de campo mais talentoso entre os especialistas da recém-formada Forja Tempestuosa. Inquieto durante os longos anos de paz que se seguiram à Guerra Infernal, Vas tornou-se um instrutor militar na Forja Tempestuosa para evitar o chamado da garrafa que assolava tantos soldados assombrados pelo fim da guerra. Durante esse tempo, tornou-se o braço direito de Figmund Sparkhammer, e os dois trabalham juntos de perto desde então.

Com o retorno da guerra a Immoren ocidental, Vas encontrou um novo propósito. Embora ainda não tenha se ajustado às novas realidades da improvável aliança de Cygnar com seu antigo inimigo ao norte, ele permanece antes de tudo um soldado e pode deixar de lado suas rixas pessoais pelo bem de sua nação. Agora, ele está ansioso para infligir a morte voltaica aos saqueadores marítimos que ameaçam saquear sua pátria mais uma vez.

CONCLUSÃO

Os pesquisadores arcanos, engenheiros dedicados e soldados habilidosos da Forja Tempestuosa têm olhado e protegido o futuro de Cygnar desde muito antes da fundação da guilda. Seguindo uma longa tradição de serviço construída sobre o trabalho, engenhosidade e gênio louco de figuras como Kerwin, Baerd e Nemo — nomes inseparáveis dos fundamentos das artes galvânicas e arcanas — os membros da guilda buscam manifestar o improvável e industrializar o impossível. Com a centelha crepitante de relâmpagos nos olhos, eles empregam as armas mais avançadas já imaginadas para devastar qualquer um que ouse despojar sua amada nação.