Khador

Todas as informações contidas no Reinos de Ferro Réquiem: Cenário de Campanha

Rafão Araujo
Reduto do Bucaneiro
17 min readDec 19, 2023

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Vasto, combativo e dono de um fervor nacionalista insaciável, o império de Khador esteve no centro da maioria dos conflitos que abalaram os Reinos de Ferro ao longo dos últimos seis séculos. Ele também sofreu mais do que a maioria das outras nações, primeiro nas mãos dos orgoth e, depois, durante a Exação. À medida que os infernais varriam Caen, membros em posições elevadas na corte khadorana se revelaram como traidores infernalistas. As monstruosidades infernais assolavam os cidadãos de muitas cidades khadoranas e nem mesmo o Consorte Imperial estava seguro das suas predações.

Embora a Khador moderna remonte apenas à assinatura
dos Tratados de Corvis, o povo desta região dura e invernal traça sua história muito mais longe no passado: aos senhores dos cavalos que governaram as tribos humanas que fizeram desta terra seu lar nos tempos antigos, ao Império de Khard da Era das Mil Cidades e ao missionário menita Geth, que trouxe sua fé pela primeira vez aos povos do norte há séculos. Pessoas resistentes nascidas em um clima implacável, os khadoranos têm um orgulho justificado da história e realizações de sua nação, mesmo que muitas dessas conquistas tenham vindo às custas de seus vizinhos.

A batalha é um modo de vida em Khador, como tem sido desde a época dos senhores dos cavalos, e o serviço militar é obrigatório. Os cidadãos dos reinos “mais frágeis” ao sul podem ver tais demandas como onerosas ou até mesmo tirânicas, mas os khadoranos veem este serviço como parte do que une sua nação e a maioria dos filhos e filhas da Terra-Mãe servem seu tempo na Guarda do Inverno com prazer.

A história de conquista militar e excelência marcial de Khador pode ser orgulhosa, mas boa parte dela é tão sombria quanto os invernos do norte. Há muito tempo, os reis e rainhas de Khador contam com bruxas e necromantes entre seus números, desde a Rainha Cherize, a Sagaz, até o odiado Ivan Vladykin. Durante a Exação, a Grande Princesa Regna Gravnoy, governante de um dos territórios mais proibitivos de Khador e conhecida como a “Rainha do Inverno” por seus súditos, mostrou fazer parte desse grupo.

Como se viu, Gravnoy era apenas o membro mais importante da corte da Imperatriz Ayn Vanar que se aliara aos infernais. Vários outros de postos menores também juraram lealdade aos habitantes do Abismo Exterior, trocando a lealdade aos seus companheiros khadoranos pela promessa de um poder maior. A revelação desses traidores infernais nas fileiras mais altas do governo causou confusão em toda Khador e o império sofreu um grande declínio nos anos após à Exação. As greves de trabalhadores foram reprimidas com uma repressão militar brutal e a imperatriz lutou para manter seu poder em uma corte partida. Para isso, ela apelou para duas coisas que sempre unificaram o povo khadorano: o amor à Terra-Mãe e a conquista militar. Enquanto as outras nações desfrutam de um renascimento da tecnologia e cultura, Khador se prepara mais uma vez para a guerra. O império lançou seus olhos não apenas sobre os reinos ao sul, mas até mesmo para terras além das costas de Immoren Ocidental.

GOVERNO

Todas as nações de Immoren ocidental são governadas por monarcas, mas poucos exercem um comando tão desenfreado sobre seu povo quanto a Imperatriz Ayn Vanar. Em Khador, todo o poder flui a partir do trono e, sob a imperatriz, a nação é dividida em dezessete províncias conhecidas como volozkya, cada uma governada por um dos grandes príncipes. Esses indivíduos detêm um poder político considerável e traçam sua linhagem até o Império de Khard ou mesmo os senhores dos cavalos que vieram antes.

Conhecida por sua benevolência e severidade, a imperatriz é amada por seu povo e vista como a “Primeira Filha” da Terra-Mãe, uma personificação de tudo o que Khador representa para seus cidadãos. No entanto, após a Exação, o poder de Ayn Vanar foi desafiado como nunca antes. Em resposta, a imperatriz se mostrou capaz de ser tão implacável quanto é benevolente, a fim de manter o seu direito de nascimento e o de seu filho, nascido logo após a derrota dos infernais no Forte Henge. Fortalecendo os poderes policiais da Irmandade dos Lordes Cinzentos, ela reprimiu rápida
e impiedosamente a agitação política e social e trabalhou incansavelmente para unificar novamente o povo de Khador sob a bandeira de suas políticas nacionalistas populares. Ela também capacitou seus agentes para erradicar infernalistas e outros traidores dentro de sua corte. Nem mesmo as famílias dos grandes príncipes ficaram imunes ao escrutínio dos agentes ocultos da Terra-Mãe.

Embora o comércio com outras nações flua de forma ostensiva e livre por toda Khador, as fronteiras da nação permanecem as mais formidáveis em Immoren ocidental. Aqueles que desejam viajar para o império do norte precisam ter seus documentos de viagem bem preparados e em ordem.

SOCIEDADE

Embora a maioria dos khadoranos permaneça implacável em seu amor pela Terra-Mãe, muitos viram sua fé no império ser abalada depois da Exação. Embora a paz tenha reinado sobre grande parte do resto dos Reinos de Ferro nos anos seguintes, Khador lidou com ondas de agitação social violenta que foram suprimidas com uma violência ainda maior. A Imperatriz Vanar transmitiu uma mensagem clara de unidade e solidariedade khadorana e um retorno aos ideais da Terra-Mãe… Pela força, se necessário.

Antes da Exação, o governo khadorano não interferia muito no dia a dia de seus cidadãos e muitos khadoranos que moravam nas pequenas aldeias à margem deste império vasto e etnicamente diverso mantinham os costumes antigos. Muitos umbreanos no leste praticavam rituais e costumes populares anteriores à formação do Império de Khard, enquanto os skirovs e kossitas aderiam às tradições de suas fés ancestrais. Embora a fé morrowana seja a religião oficial do estado, Khador sempre foi o lar de uma enorme população de menitas da Velha Fé que veneravam da mesma forma que faziam desde os dias de Geth.

Khador foi muito mais atingida pela Exação do que seus vizinhos. Muitos dos heróis do reino pereceram na luta, incluindo o consorte real da imperatriz, o Grande Príncipe Vladimir Tzepesci. Recursos que poderiam ter ajudado a reconstruir infraestruturas cruciais ou aliviado o fardo sobre aqueles que ficaram para trás foram, em vez disso, direcionados para a modernização e expansão do poder militar do império. Enquanto os outros Reinos de Ferro fizeram progressos na reconstrução de suas nações danificadas, em Khador, tais esforços avançam em um ritmo glacial.

OS KAYAZY
A Imperatriz Ayn Vanar e os grandes príncipes detêm as rédeas do poder político em Khador, mas uma nova adição ao cenário político surgiu nos últimos anos: os kayazy, famílias mercantes cuja riqueza as torna politicamente significativas e as coloca entre os níveis inferiores da sociedade e da nobreza. Os kayazy são, muitas vezes, associados com empreendimentos criminosos e as gangues bratyas que influenciam o comércio em todo o país. Contudo, muitos deles devem suas fortunas a negócios legítimos.
Sempre ansiosos para melhorar suas vidas, os kayazy se tornaram atores importantes nas manobras políticas de Khador, mesmo que tecnicamente não exerçam o poder político dos grandes príncipes. Nos dias de tumulto e agitação que se seguiram à Exação, aqueles kayazy que souberam como tirar o máximo de uma situação ruim aumentaram sua riqueza e poder consideravelmente, enquanto aqueles que se encontravam no lado errado da imperatriz desapareceram na noite sem deixar rastros.

GEOGRAFIA

Khador não é uma mãe gentil para seu povo. A terra fornece a sua recompensa a contragosto e grande parte da nação é composta de tundra congelada, florestas indomadas e picos acidentados onde apenas as almas mais resistentes conseguem sobreviver. As dificuldades já substanciais destes ambientes hostis são exacerbadas pelas reinvindicações dos vários kriels trolloides no norte que habitam estas regiões remotas. Estes guerreiros ferozes são rápidos a pegar em armas contra forasteiros e frequentemente atacam assentamentos khadoranos próximos, seja como retaliação ou aviso contra outras intrusões.

Apesar deste modo de vida sombrio, os khadoranos
não amariam sua Terra-Mãe tão ferozmente se ela fosse mais gentil e os nortistas se orgulham muito serem mais fortes e resistentes que seus vizinhos do sul. Abrangendo muitas centenas de milhas, do Mar Khárdico e das Espiras Estilhaçadas no norte até o Porto Vladovar, a Mata do Enforcado e partes do que costumava ser o reino de Llael no sul, Khador contém uma variedade imensa de ambientes diferentes, embora a maioria dos forasteiros a veja como uma terra de inverno e escuridão perpétuas.
As estepes do sul de Umbrey, Khadorstred e outras regiões possuem um clima mais temperado do que a maioria de Khador e também são salpicadas com florestas dispersas e terras ribeirinhas.

Entre as características geográficas mais notáveis desta região estão os maciços Lagos do Escudo Partido, que protegem a capital Korsk. A maior parte desta porção sul de Khador está fortemente conectada por linhas ferroviárias que saem de Korsk e se estendem até mesmo para fora da nação, chegando até Merywyn em Llael. Estas linhas foram melhoradas e expandidas durante a ocupação khadorana de Llael e, hoje, os trens correm regularmente para Merywyn e de lá para Laedry khadorana e a capital Korsk.

Ao norte do rio Pedra Amarga, que flui do rio Água da Tumba no leste de Khador até o Meredius a oeste, o terreno fica mais ameaçador e o clima mais frio a cada quilômetro viajado para o norte. Não há ferrovias aqui e aqueles que viajam por essas terras árduas devem caminhar por terra ou conduzir barcaças resistentes subindo os rios gelados.

As coníferas da Floresta da Cicatriz cobrem grande parte desta terra e muito do resto consiste em cordilheiras de montanhas que vão até as Montanhas de Gelo Negro no teto do mundo e ao reino anão de Rhul ao leste. Os assentamentos são poucos e distantes, mas aqueles que moram nesta região sinistra continuam a ganhar a vida mesmo nos arredores mais implacáveis.

KORSK

O coração pulsante de Khador, a capital Korsk é tão austera e grandiosa quanto as ambições da nação que a construiu. O centro da cidade é dominado pelo Palácio Stasikov do império, que foi construído a partir de pedras pretas colossais deixadas para trás pelo Flagelo dos orgoth que foram moldadas no símbolo nacional de Khador: uma fortaleza com uma torre imponente em cada vértice, a bigorna sobre a qual toda a nação é forjada. Uma cidade dentro da cidade, o palácio é o lar de milhares de escribas, burocratas, soldados e aristocratas que executam constantemente as ordens da imperatriz e competem pela sua atenção; ele é cercado
por dezenas de propriedades pertencentes tanto à nobreza khadorana quanto aos kayazy mais ricos.

Cada um dos grandes príncipes possui uma casa nesse lugar, embora os próprios príncipes raramente estejam presentes. Bandeiras são hasteadas aparentemente de todos os edifícios e as ruas imaculadas ressoam com pompa e circunstância nos desfiles militares frequentes. Além do palácio em si, a maior construção da cidade é o edifício baixo e extenso do Strikoya, a sede da Irmandade dos Lordes Cinzentos. Servindo como o braço de pesquisa e desenvolvimento do exército khadorano e o principal serviço de inteligência da nação, os arcanistas da Irmandade dos Lordes Cinzentos são livres para se dedicar a pesquisas secretas sobre assuntos ocultos perigosos que resultariam em sua execução caso fossem praticadas em outro lugar.

Embora os experimentos ocultistas da Irmandade tenham sido mais restritos — ou tornados ainda mais secretos — no rescaldo da Exação, os poderes policiais da organização cresceram exponencialmente no império cada vez mais paranoico. Como tal, a Strikoya está sempre movimentada com as idas e vindas de agentes, espiões, escribas e informantes.

Gancho de Aventura
Alguém ou algo está caçando os nyss que moram no distrito Zerutsk. Houve desaparecimentos inexplicáveis entre os estilhaços residentes e a polícia local não parece interessada em ajudar, atribuindo isso aos nyss nômades que simplesmente vão embora da cidade. Os anciãos nyss apreciariam qualquer ajuda na condução de uma investigação, mas os investigadores devem ter cuidado para não se envolver com a notória bratya que comanda as favelas do bairro.

Antes da Exação, vários estilhaços nyss se refugiaram na Catedral de Katrinska, localizada fora das muralhas do palácio. Alguns optaram por permanecer após a Batalha do Forte Henge e viver no barato e assolado pelo crime distrito Zerutsk, nas margens do Lago Grande Zerutsk, onde os céus são escurecidos pela fumaça constante das forjas que produzem os motores de guerra de Khador. Aqui, estes Nyss moram lado a lado das populações de ogruns e trolloides da cidade, bem como uma comunidade rhúlica autossuficiente conhecida como o Enclave de Korsk.

Gancho de Aventura
Uma velha de um assentamento isolado na Mata dos Lobos ao norte de Ohk veio pedir aos Paladinos da Ordem da Muralha khadorana para proteger sua aldeia do que ela diz serem espíritos sombrios que emergem da floresta à noite. A ordem está disposta a enviar um único paladino para investigar, mas ele certamente se beneficiaria de uma escolta.

ULD VROGGEN

Nas margens do Lago Grande Zerutsk, a uma distância curta de trem da capital, uma cicatriz marca a face da volozk de Khadorstred: uma ruína enegrecida que já foi a capital do império orgoth. Quando os orgoth se retiraram das terras, o local foi devastado pelo Flagelo e permaneceu uma ruína perigosa até hoje. Diz-se que a terra foi flagelada pelos atos terríveis cometidos aqui durante o governo dos orgoth e nada saudável cresce entre as escuras pedras caídas esculpidas com as faces maliciosas das estátuas orgoth.

A linha ferroviária principal de Korsk passa pela cidade pesqueira vizinha chamada Nova Vroggen, cujas fábricas de conservas enchem o ar com o cheiro de peixe morto. Os seus moradores, porém, preferem aturar esse fedor poderoso do que encarar qualquer lembrança da sombria cidade homônima ao norte.

KHARDOV

Um centro industrial vital e a sede de poder para a volozk Khardoska, a cidade de Khardov fica no topo de uma rede de minas orgoth antigas, muitas das quais desabaram durante o Flagelo com os escravos e capatazes ainda em seu interior. Hoje, a mineração de carvão e ferro continua sob as ruas da cidade e, às vezes, novos poços se abrem para câmaras mais antigas cheias de ossos dos mortos — se não algo pior. Cada vez que isso acontece, a mina é temporariamente selada e a Irmandade dos Lordes Cinzentos toma controle até que qualquer conteúdo potencialmente perigoso (ou útil) seja removido dos túneis.

A ORDEM DA MURALHA KHADORANA
A ordem mais antiga dos cavaleiros menitas, a Ordem da Muralha sempre teve uma presença forte em Khador. Isso não é surpreendente, pois os princípios da Velha Fé estão estreitamente alinhados com os da ordem, em contraste com as doutrinas mais zelosas do Protetorado de Menoth. Baseada em um monastério grande perto do palácio em Korsk, a Ordem da Muralha khadorana viu suas fileiras aumentarem nos anos desde a Exação graças aos novos recrutas encontrados entre os órfãos deixados para trás pelo conflito. A Velha Fé khadorana conquistou vários devotos novos, incluindo desiludidos menitas do Protetorado e pessoas que testemunharam os horrores infernais com seus próprios olhos.

Além de treinar novos recrutas, a ordem foi encarregada de arrancar e destruir os ninhos remanescentes de corrupção infernal dentro do império. Enquanto a Irmandade dos Lordes Cinzentos investiga ameaças mais insidiosas e cultos maiores, a Ordem da Muralha é frequentemente chamada por seguidores da Velha Fé para ajudar pequenas aldeias em regiões periféricas que seriam provavelmente ignoradas.

Por causa dos tesouros abundantes dos orgoth que ainda permanecem abaixo de Khardov, a Irmandade dos Lordes Cinzentos tem uma presença significativa na cidade regida pelo Grande Príncipe Aeniv Rolonovik, que também é um obavnik dos Lordes Cinzentos — um dos postos mais altos da ordem. O reduto da organização fica à sombra de um forte orgoth sem nome, poupado da devastação do Flagelo por motivos desconhecidos. Esta estrutura projeta sua sombra por todo o quarteirão industrial de Khardov e permanece selada desde a partida dos orgoth.

Gancho de Aventura
Andrei Tirov, um membro ambicioso da Irmandade dos Lordes Cinzentos, acredita que um estudo mais profundo das relíquias orgoth ajudará a fortalecer as forças armadas khadoranas. Contudo, desde a invasão infernal, a exploração dessas artes escuras não é muito popular na corte. Trabalhando através dos bratyas locais, Tirov quer contratar uma equipe para invadir o forte orgoth sem nome e retornar com evidências que comprovarão seu argumento.

Nos dias em que o vento está fraco, grande parte de Khardov é coberta por uma neblina espessa e tóxica formada a partir da fumaça e do miasma combinados dos distritos industriais e alquímicos da cidade. A maioria dos khardovitas sai de casa nessa névoa apenas se for necessário e não o fará sem óculos de proteção e máscaras de algodão. Apesar destas proteções,
a expectativa de vida é notavelmente mais curta em Khardov do que em muitas das outras cidades do império. As condições terríveis de trabalho em Khardov já deixaram seus trabalhadores propensos a agitação há muito tempo e o local já abrigou inúmeros tumultos entre operários nos anos após a Exação. Todas estas revoltas foram reprimidas violentamente, quer pelos mercenários olcheniy que servem as indústrias da cidade ou, mais recentemente, pelos soldados da Guarda do Inverno.

Gancho de Aventura
Recentemente, uma usina que fabrica pólvora alquímica para o exército khadorano foi alvo de várias tentativas de sabotagem. A olcheniy acredita que isso é trabalho dos sindicatos locais. O sindicato alega não saber nada, mas teme uma repressão maciça por parte dos militares e ofereceu uma recompensa a qualquer um que possa encontrar os culpados antes da Guarda do Inverno ser chamada.

PASSAGEM DO INFERNO

Outrora uma cidade simples que abrigava apenas alguns milhares de almas, Passagem do Inferno era a sede do poder na volozk Gorzytska, governada pela Grande Princesa Regna Gravnoy. A cidade foi devastada pela predação infernal quando Gravnoy revelou sua fidelidade verdadeira aos poderes das trevas. A família Gravnoy foi posteriormente despojada de suas terras e títulos e o controle sobre a volozk passou para os militares, que a administram à distância através de agentes na cidade de Skirov até a imperatriz nomear um novo governante.

A cidade ainda está se recuperando tanto da Exação quanto da traição dos Gravnoy. Aqueles que ainda vivem em Passagem do Inferno o fazem principalmente para trabalhar as muitas minas da área, cujos metais são cruciais para os esforços militares do império. Antes da Exação, havia começado o trabalho em uma linha ferroviária para conectar Passagem do Inferno a Skirov e, posteriormente, o resto do império, mas a construção de novos trilhos vem ocorrendo de forma bastante lenta até agora.

Por estarem situados longe da capital, o povo de Passagem do Inferno passou a depender amplamente dos mercenários rhúlicos que já trabalhavam na região. Laços estreitos se formaram entre os khadoranos locais e os rhuleses que compartilham suas fronteiras. Os khadoranos que aqui habitam estão contentes em deixar a cidade antiga para seus fantasmas, mas os ogruns restantes de Passagem do Inferno ainda têm interesse e preocupações nessa área.

Gancho de Aventura
Debaixo das construções simples de pedra da cidade agora despovoada, existem catacumbas vastas onde os ogruns tradicionalmente enterravam seus mortos. As entradas para essas câmaras sagradas, construídas pelos rhuleses em eras passadas, desmoronaram misteriosamente durante a Exação, e o restante dos ogruns e seus aliados rhúlicos estão preocupados que os infernalistas possam ter profanado algumas das catacumbas. Se algumas almas corajosas estiverem dispostas a investigar, os ogruns estão dispostos a fazer uma exceção à regra de que apenas seu povo pode entrar nas profundezas sagradas.

SKIROV, A CIDADE DAS CORRENTES

A cidade de Skirov é uma potência crescente no nordeste de Khador. Ela é famosa, ou infame, como o lar da maior prisão de trabalho de Khador: o Khardstadt Skirov. Após a traição da Rainha do Inverno, o controle do volozk vizinho, Gorzytska, foi repassado para líderes militares em Skirov, embora alguns sussurrem que quem realmente controla a região são as gangues bratya, que, por sua vez, respondem ao Grande Príncipe Neplakh Vanar, o “Príncipe de Ferro”, que governa a partir de Porsk, ao sul.

Com a morte do Grande Príncipe Igor Noveskyev nestes últimos três anos e o volozk de Noveskyev paralisado por disputas entre os condes e os muitos herdeiros de Noveskyev, há rumores de que o Príncipe de Ferro tem interesse em reivindicar até mesmo o território de seu vizinho do norte.
Como o ponto mais setentrional da linha férrea extensa de Khador, a Cidade das Correntes começou recentemente a colocar trilhos para o leste como parte de um projeto que futuramente chegaria às minas ao redor de Passagem do Inferno e às fronteiras rhúlicas além. Este trabalho, juntamente com as minas que já se estendem para o sopé dos Picos Trovejantes perto de Skirov, faz desta cidade fria e indesejável um refúgio para trabalhadores não-cidadãos, incluindo trolloides robustos e um grande enclave de rhuleses.

Gancho de Aventura
O trilho de Skirov para Passagem do Inferno foi construído através do trabalho prisional do khardstadt e um dos trabalhadores da gangue da corrente, Ivan, o Cinzento, conseguiu escapar. Um assassino notório que, entretanto, fora um prisioneiro modelo até sua fuga, Ivan desapareceu na Floresta Malgur ao norte. Os carcereiros locais não têm pessoal suficiente para procurá-lo, mas estão dispostos a pagar uma recompensa pelo seu retorno, vivo ou morto. Há apenas um problema: os rumores de trajados-em-negro na floresta têm aumentado nos últimos meses.

PORTO VLADOVAR

Porto Vladovar é a cidade portuária mais meridional do império. Como o lar de baterias enormes de artilharia voltadas para mar, bem como grande parte do poder naval de Khador, ele também é um dos mais importantes portos da nação. A carcaça naufragada de um antigo colossal dos dias da Rebelião marcam a entrada do porto, suas ruínas parcialmente submersas podendo ser vistas a algumas centenas de metros das docas.

Mesmo antes da paz relativa que se seguiu à Exação, Porto Vladovar negociava bastante com Ord, incluindo negociações frequentes com a famosa cidade de Cinco Dedos. Hoje em dia, no entanto, qualquer pirata que queira usar o porto khadorano deve andar com cuidado, a fim de evitar a ira da marinha khadorana ou dos bratyas locais que controlam grande parte do comércio ilícito da cidade.

A leste do Porto Vladovar encontra-se o Bosque Sombrio, um lugar notório pela presença dos druidas trajados-em-negro do Círculo de Orboros e feras estranhas que muitas vezes perseguem as pessoas na periferia da cidade. Não muito ao sul deste bosque há um túmulo enorme de granito, originalmente construído por inimigos tordoranos para homenagear o senhor dos cavalos Khazarak, que foi enterrado ao lado do seu famoso corcel preto. Khazarak era um homem gigante que unificou as tribos em guerra e expulsou os trolloides das terras khárdicas — sua lenda
era tão poderosa que até seus inimigos construíram um túmulo para homenageá-lo. Depois de séculos de negligência, o túmulo foi restaurado por peregrinos menitas e morrowanos trabalhando em conjunto, pois ambos os grupos reverenciaram o cavaleiro por sua bravura e fé.

Gancho de Aventura
Durante as guerras que antecederam a Exação, o túmulo do Lorde Khazarak foi saqueado por invasores cryxianos. Os ladrões levaram várias relíquias inestimáveis, incluindo uma tocha de bronze que o cavaleiro carregava em suas últimas campanhas. Tanto o Grande Príncipe Kulver Drohzsk quanto a igreja local morrowana ofereceram uma recompensa substancial pelo retorno da tocha, embora ela tenha desaparecido há quase uma década e possa estar praticamente em qualquer lugar.

UMBREY

Antes da Exação, Umbrey era um volozk unificado formado pelas terras de dois volozkya menores e uma porção considerável do que fora anteriormente o oeste de Llael. Este arranjo tênue era mantido em grande parte pela herança umbreana combinada da maioria de seus cidadãos e o poder do consorte real, o Grande Príncipe Vladimir Tzepesci.

A queda de Tzepesci na batalha contra os infernais em Forte Henge e a tenra idade do seu herdeiro geraram novas tensões na região durante os anos após a Exação — especialmente quando as novas linhas políticas foram traçadas como parte dos tratados com Cygnar e Llael.

A outrora cidade llaelesa de Laedry é o novo centro político do volozk, e a propriedade do castelo do grande príncipe caído permanece vazia até hoje. Por enquanto, Karlof Omirov, um auxiliar de confiança de Tzepesci, gerencia os assuntos do volozk até que um substituto apropriado possa ser encontrado.

Situado no fundo das colinas Kovosk, o ancestral Castelo Tzepesci já era uma ruína nos tempos de Vladimir. Um labirinto de construções arruinadas e ruas partidas espalhadas na sombra de um castelo ameaçador, a antiga capital do território foi totalmente abandonada para multidões de bogrins, dreggs e outras criaturas terríveis. Há rumores de que a fortaleza arruinada, os esgotos secos e as catacumbas mortuárias em seu subterrâneo ainda abrigam tesouros da antiga linhagem dos Tzepesci, mas poucos ousaram se aventurar em busca dessas riquezas.

Gancho de Aventura
Aleksa Zavor, uma nobre umbreana menor de uma família distante relacionada ao grande príncipe falecido, está tentando angariar mais influência política e usar as conexões de sua família com a linhagem Tzepesci para aumentar suas chances de sucesso. Ela acredita que as criptas sob o castelo antigo contêm um punhal e anel de sinete que daria um peso simbólico às suas reivindicações e está disposta a pagar generosamente a qualquer um que possa recuperá-los.

Mais ao sul, ao longo das margens do Pântano de Sangue, fica a fortaleza khadorana imensa de Guarda do Corvo. Outrora um ponto focal na linha de frente do avanço de Khador no norte de Cygnar durante as Guerras da Floresta dos Espinhos, ela foi quase totalmente esvaziada nos anos pacíficos após a Batalha do Forte Henge, sendo guarnecida apenas por uma equipe mínima da Guarda do Inverno. Contudo, nos últimos meses, reforços na forma de tropas e gigantes-de-guerra começaram a chegar de Korsk. Agora, os soldados na Torre da Mata Funda de Cygnar, nas proximidades, olham para a Guarda do Corvo com preocupação.

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