Llael

Todas as informações contidas no Reinos de Ferro Réquiem: Cenário de Campanha

Rafão Araujo
Reduto do Bucaneiro
16 min readDec 19, 2023

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Um reino orgulhoso com uma história complexa, Llael talvez tenha sofrido mais do que qualquer outra nação nos Reinos de Ferro nos últimos anos. Mesmo antes da invasão e ocupação khadorana, o reino experimentou a morte súbita e inesperada de seu monarca, o Rei Rynnard, que deixou para trás uma linha de sucessão pouco clara após morrer em 595 DR. O Conselho de Nobres rapidamente partiu para mais lutas internas e, logo depois, para o assassinato a sangue frio. Em poucos meses, praticamente qualquer um que pudesse ter uma reivindicação legítima ao trono estava morto. Mesmo aqueles sem ambição pela coroa foram derrubados, muitos sucumbindo ao veneno ou à lâmina de um assassino.

Sem um caminho claro para acabar com o conflito, o Arquiduque Deyar Glabryn, Ministro do Tesouro, assumiu o manto de primeiro-ministro, alegando que agiria como regente até que a sucessão adequada pudesse ser determinada. Para muitos cidadãos llaeleses, o nome Glabryn logo se tornaria um dos mais odiados na história da nação. Enquanto forrava seus próprios bolsos e aumentava seu poder, o primeiro-ministro não mostrava sinais de abdicar em favor de qualquer monarca — legítimo ou não — e ainda por cima cooperava secretamente com agentes khadoranos para minar as defesas de Llael em preparação para uma grande invasão.

No inverno de 604 DR, Khador atacou Llael com força total. A guerra que se seguiu foi a mais brutal que os cidadãos de Llael já conheceram. Os khadoranos estavam mais do que dispostos a massacrar civis indefesos apenas como um exemplo para outros e, depois de meses de conflitos sangrentos e cercos prolongados, o primeiro-ministro Glabryn anunciou a rendição de Llael em 605 DR.

Gancho de Aventura
Acreditando ser mais importante para a causa khadorana do que realmente era, o primeiro-ministro Glabryn foi morto por seus superiores khadoranos ou forçado a fugir na noite. Alguns membros da antiga Resistência Llaelesa acreditam que ele sobreviveu e, embora a coroa llaelesa tenha colocado um preço oficial na cabeça de Glabryn, alguns ex-membros da Resistência provavelmente o dobrariam esse valor pelo prazer de matar o traidor se ele pudesse ser encontrado vivo.

Khador tomou todo o oeste de Llael durante a guerra, mas partes do sul e do leste permaneceram livres dos soldados da Terra-Mãe. Bolsões de combatentes da Resistência surgiram até mesmo nas cidades mais ocupadas. Em seguida, no final de 606 DR, o Hierarca Severius trouxe os exércitos da Cruzada do Norte do Protetorado até Llael e ofereceu uma parceria à Resistência Llaelesa. Juntos, Severius afirmou, eles poderiam expulsar os khadoranos do reino.

Em 607 DR, as forças combinadas do Protetorado e da Resistência retomaram a cidade de Leryn sem disparar um tiro, já que Severius minou as defesas da cidade a partir de dentro apelando para vários praticantes menitas da Velha Fé entre a Irmandade dos Lordes Cinzentos. Porém, o alívio dos combatentes da Resistência foi curto, pois Severius declarou a cidade como a capital da Cruzada do Norte e queimou seu governador khadorano vivo na praça da cidade. Apesar das promessas de liberdade, a Resistência Llaelesa apenas trocara uma força de ocupação por outra.
Ironicamente, os eventos que antecederam a Exação acabaram libertando Llael de seus opressores.

Enquanto as guerras por todo o continente persistiam, as forças que ocupavam Llael ficaram sem recursos. Severius levou grande parte da Cruzada do Norte de volta ao sul para defender a Torre do Julgamento dos skorne, a batalha na qual ele caiu. Quando os infernais começaram a atacar em massa, nem Khador nem o Protetorado podiam continuar se opondo às forças da Resistência e ambos começaram a retirar tropas para proteger seus próprios interesses. Os combatentes da Resistência recuperaram a maior parte de Llael pouco a pouco, mas a terra foi marcada para sempre e as cicatrizes deixadas pela guerra levarão anos, se não gerações, para serem curadas.

GOVERNO

Uma nova candidata ao trono llaelês surgiu pouco antes da Exação. A Princesa Kaetlyn di la Martyn fora retirada do país em segredo quando criança e ficou escondida durante anos, primeiro em Ord e depois em Cygnar. Em 614 DR, tendo finalmente chegado à maioridade e assegurado o apoio de figuras-chave em Cygnar e na Resistência Llaelesa, ela voltou para assumir o trono de uma Llael nova e livre.

Uma das primeiras coisas que a Rainha Kaetlyn fez nos anos após à Exação foi cimentar a aliança da nação com Ord, se casando com o neto do Rei Baird, Alvor Cathor. Infelizmente, Kaetlyn provou ser uma rainha fraca e seu casamento era baseado em conveniência política ao invés de amor. Alvor geralmente permanece em Ord, onde há rumores de que ele tem uma amante na família rival Mateu.

SOCIEDADE

Os llaeleses são um povo orgulhoso de sua cultura… E um povo que viu essa cultura ser esmagada. Enquanto o resto do continente se recuperava dos eventos da Exação, o povo de Llael já estava cambaleando, ocupado por inimigos inflexíveis e submetido a crueldades odiosas, como as que não eram vistas desde o tempo dos orgoth. Embora uma Llael livre nunca tenha sido totalmente erradicada, também é impossível dizer que a cultura llaelesa sobreviveu inteiramente. A maior parte da aristocracia da nação está morta ou tão escondida que ainda não foi encontrada e inúmeros de seus cidadãos foram perdidos para a Exação assim como os de outras nações.

Llael tem visto um influxo de cidadãos novos nos anos desde a Exação, bem como um aumento no comércio com parceiros improváveis, incluindo o comércio esporádico com os kriels trolloides que moram na Mata Cintilante vizinha. A forte relação entre Llael e Ord significa que os cidadãos órdicos entram e saem do reino frequentemente e muitos
se estabelecem por aqui. A nação também mantém laços comerciais fortes com Cygnar e Rhul.

Um aspecto chave da sociedade llaelesa que permaneceu intacto durante todas as guerras e ocupações é o Duello, um sistema codificado de regras para a realização de duelos. Embora duelos não sejam desconhecidos em outras terras, Llael os refinou em uma forma de arte. Hoje, as regras rigorosas do Duello sobrevivem, embora a maior parte da aristocracia tenha perecido, poucos llaeses terem o estômago para lutar até a morte após as crueldades recentes.

A Alta Guarda Real
Uma organização exclusivamente llaelesa, a Alta Guarda Real foi estabelecida em 274 DR, após uma série de assassinatos reais. Ao invés de ser um ramo tradicional do exército llaelês, a Alta Guarda Real era um grupo de protetores pessoais escolhidos por cada monarca entre os melhores e mais brilhantes de uma variedade de tradições.

Os magos-pistoleiros da Rosa Ametista estavam entre os primeiros membros da Alta Guarda Real em sua fundação e alcançaram uma posição fixa ao longo dos séculos. O primeiro-ministro Glabryn eventualmente dissolveu a Alta Guarda Real após a morte do Rei Rynnard, mas a maioria de seus ex-membros permaneceram leais ao trono vago e eventualmente se juntaram à Resistência Llaelesa.

Apesar de Llael ter sido tradicionalmente governado por um monarca, a aristocracia mantinha um poder significativo no reino e, para os llaeleses, a classe e o nascimento sempre tiveram um papel imenso tanto na vida de alguém quanto no seu lugar na sociedade. Os combates sangrentos e mortíferos que antecederam a invasão khadorana, seguidos pelas execuções brutais da nobreza realizadas pelos khadoranos e as perdas enormes sofridas durante a Exação, deixaram poucas das antigas famílias capazes de retomar suas terras ancestrais na nova Llael. A Rainha Kaetlyn fez o que pôde para restaurar o Conselho dos Nobres, muitas vezes dando títulos nobres a membros particularmente distintos da Resistência Llaelesa. O principal entre eles é a conjuradora de guerra Ashlynn d’Elyse, que serve como o braço direito forte da rainha. Muitos dizem que d’Elyse não só merece o crédito por salvar Llael, mas também é a sua verdadeira governante.

Llael é o lar tradicional da Ordem do Crisol Dourado. Esta organização importante retornou recentemente ao reino, embora permaneça sediada em Ord (para onde se mudou durante a ocupação khadorana). O Crisol Dourado reabriu os escritórios em Leryn e foi abraçado pela Rainha Kaetlyn, apesar das reservas sobre seu poder e influência crescentes. Há aqueles entre as fileiras da ordem que acreditam que a rainha é tendenciosa em favor da divisão llaelesa, onde a Guarda do Crisol exerce uma influência bem menor do que exerce a sede da organização em Forte-do-Meio. À medida que outras nações se reconstroem, Llael tem
a chance de se redefinir. Resta saber se ela aproveitará ao máximo essa oportunidade.

GEOGRAFIA

Situado aos pés da nação anã montanhosa de Rhul, Llael também compartilha fronteiras com Khador, Cygnar e as florestas misteriosas de Ios, se tornando o reino mais centralmente localizado nos Reinos de Ferro. Esta posição ajudou Llael a prosperar e deixou seus comerciantes e aristocratas ricos como resultado do comércio, mas também o colocou na mira de seus vizinhos maiores, especialmente Khador.

Hoje, Llael desfruta do comércio livre que vem com fronteiras mais abertas, embora os iosanos ao leste tenham mais uma vez fechado sua nação a forasteiros. Nem mesmo os Buscadores ocasionais se aventuram fora da floresta e, enquanto rumores sombrios se reúnem nas bordas das matas profundas, o que já foi uma fronteira quase desprotegida é vista agora com cautela pelas forças llaelesas.

Embora Llael faça fronteira com montanhas vastas e florestas isoladas, o reino em si tem pouco de ambos, consistindo principalmente de planícies férteis e ricas, divididas por bacias de calcário, colinas e pequenos agrupamentos de florestas decíduas. No sul, perto da capital Merywyn, as fronteiras da nação cortam a misteriosa Mata Cintilante, uma floresta há muito considerada amaldiçoada pela população local. Nomeada por causa dos tufos de algas e líquens que crescem nos troncos de suas árvores e emitem uma luz azul fantasmagórica no crepúsculo, esta mata é o lar de vários kriels trolloides que ocasionalmente fazem comércio com os llaeleses, mas não recebem forasteiros de braços abertos.

MERYWYN

A maior e mais grandiosa de todas as cidades de Llael, Merywyn sofreu muito durante o cerco longo que precedeu a sua captura pelas forças khadoranas. Contudo, ela já havia sido amplamente restaurada à sua glória antiga antes dos khadoranos a devolverem à Resistência Llaelesa no final do conflito. Assim, a rainha llaelesa herdou uma cidade que tinha se beneficiado muito da eficiência implacável do Exército Khadorano, mesmo durante a ocupação.

Construída para exaltar a riqueza e esconder a pobreza, as alamedas de Merywyn, as margens dos rios, jardins, bibliotecas, salões de música e galerias de arte oferecem uma oportunidade única para os membros ricos das classes mercantes e até mesmo soldados após a Exação. Com a aristocracia antiga da cidade dizimada, muitas propriedades de primeira linha ficaram subitamente disponíveis para aqueles que têm o dinheiro para pagar por elas.

A Guerra no Céu
Durante a batalha para libertar Llael, os céus acima de Merywyn se tornaram uma nova frente de guerra, com as aeronaves khadoranas e cygnaranas se enfrentando durante o cerco violento da cidade. Embora a NSM Perfuranuvens de Cygnar e as aeronaves classe Quebra-Tempestades de Khador fossem impelidas por meios diferentes, ambas provaram que as naves de guerra voadoras poderiam ser eficazes em batalha. Apesar do custo em recursos para fabricar essas aeronaves e da tecnologia relativamente nova que as mantém em voo, todos os Reinos de Ferro agora voltaram sua atenção para os céus em busca pela supremacia militar. Aqueles que ainda não têm aeronaves próprias lutam para encontrar formas de colocar suas forças nos ares.

Merywyn foi restabelecida como a capital da nova Llael livre e a Rainha Kaetlyn governa a partir do palácio real, enquanto o desfalcado Conselho de Nobres, reformado com pouco mais de metade de sua força anterior, realiza suas reuniões na Câmara Imaculada, cujas salas outrora movimentadas estão agora relativamente silenciosas. No entanto, nem todas as partes da cidade se recuperaram completamente. Alguns bairros ainda mostram sinais de uma arquitetura khadorana feia (pelo menos, feia de acordo com os padrões llaeleses) deixada pela ocupação. Embora Llael tenha reaberto o comércio com todos os Reinos de Ferro, animosidades antigas ainda fervilham e os visitantes com um sotaque khadorano encontrarão em Merywyn uma recepção tão gélida quanto sua terra natal.

Gancho de Aventura
Augustus Delwynn, um membro da Ordem de Magia que se mudou para Merywyn, acredita que documentos valiosos que sobreviveram à Noite dos Lobos Uivantes ainda podem estar escondidos em cofres do antigo gabinete. Ele tem mapas que mostram onde esses cofres estariam localizados mas precisa de indivíduos robustos para entrar e recolher os documentos. Delwynn diz que ele mesmo não vai por que se preocupa com a estrutura não ser sólida, mas, de acordo com os boatos locais, ele acredita nas histórias sobre fantasmas que cercam o lugar.

LERYN

Alojada nas margens do Rio Negro, Leryn é a cidade llaelesa mais próxima do reino anão de Rhul e é um centro vital de comércio. Anteriormente a sede da Ordem do Crisol Dourado, a cidade amplamente fortificada caiu primeiro para os invasores khadoranos e depois para a Cruzada do Norte do Protetorado, sem nenhum dos lados disparar um tiro durante os conflitos. Antecipando um cerco prolongado e caro, os khadoranos fizeram um exemplo da cidade vizinha de Dois Rios, matando todos os cidadãos e arrasando a cidade até o chão para mostrar aos defensores de Leryn que qualquer resistência seria respondida com aniquilação total.

Esta demonstração foi suficiente para convencer os principais membros da Ordem do Crisol Dourado a abrir os portões da cidade para os khadoranos, a fim de evitar o derramamento de sangue. Quando o Grande Perscrutador Severius trouxe a Cruzada do Norte para os portões de Leryn no ano seguinte, em 606 DR, eles os abriram mais uma vez, desta vez porque o potentado apelou para os menitas da Velha Fé para se renderem à vontade do Juiz. As consequências de ambas as ocupações ainda persistem na cidade, especialmente as da Cruzada do Norte, que deixou para trás muitos templos e grandes estruturas dedicadas ao Criador.

NOITE DOS LOBOS UIVANTES
Merywyn já foi o lar de um dos gabinetes mais grandiosos da Ordem Fraternal de Magia, que abrigava alguns dos arcanistas mais competentes de Llael. Na noite anterior ao cerco khadorano da cidade, os membros da Irmandade dos Lordes Cinzentos se infiltraram no gabinete e mataram todos os membros em seu interior. Este evento ficou conhecido como a Noite dos Lobos Uivantes porque ninguém fora do edifício ouviu nem um sussurro da batalha mortal lá dentro, apenas o uivo distante dos lobos além das muralhas da cidade.

O conflito deixou o interior do gabinete devastado… Pisos inteiros reduzidos a cinzas, paredes queimadas ou congeladas. Embora a Ordem de Magia tenha retornado à cidade, o gabinete original nunca foi restaurado. As cicatrizes da batalha mágica ainda marcam o interior e aqueles que residem na vizinhança insistem que o lugar é assombrado.

Outrora a sede do reino antigo de Rynyr, Leryn ainda mantém muito de seu caráter histórico, embora as construções nos estilos de Khador e do Protetorado tenham se sobreposto às obras originais nos últimos anos. Protegida por uma série de muros defensivos concêntricos que permitem que a cidade seja fechada em etapas no caso de um cerco, o distrito central da Cidade Velha de Leryn continua sendo o coração do governo da cidade, protegido pela sua muralha original, como tem sido por centenas de anos. Além dos centros do governo regional, a Cidade Velha é o lar da Fortaleza Cabeça-de-Trovão, o berço da Ordem do Crisol Dourado e o local de nascimento da arma de fogo moderna. Durante a ocupação de Leryn pela Cruzada do Norte, este complexo se tornou o centro do governo menita.

Nos anos de paz que se seguiram à Exação, a Ordem do Crisol Dourado voltou para os corredores da Fortaleza Cabeça-de-Trovão, embora partes do complexo não sejam mais utilizadas pelos membros da organização. Em vez disso, várias alas da fortaleza agora abrigam um gabinete da Ordem de Magia, além de arsenais e laboratórios arcanos dedicados à reconstrução do exército llaelês. Há até mesmo rumores de que há um templo cyrissista escondido em algum lugar nas muralhas da fortaleza.

DOIS RIOS

Quando atravessaram as fronteiras de Llael, os khadoranos encontraram uma resistência forte. Antecipando o custo de um cerco prolongado em lugares como Leryn, Khador lançou uma de suas armas mais aterrorizantes sobre a pequena, mas próspera cidade de Dois Rios: assoladores
da ruína enlouquecidos empunhando lâminas orgoth amaldiçoadas. Acorrentados às suas armas terríveis, estes espadachins frenéticos não mostraram nem misericórdia, nem discernimento, massacrando todos que encontraram, incluindo crianças, doentes e idosos. A cidade de Dois Rios foi destruída quase de um dia para o outro, todas as suas construções bombardeadas ou incendiadas até o chão.

O massacre teve o efeito pretendido, pelo menos a curto prazo. Isso ajudou a forçar a rendição de Leryn sem que as forças khadoranas sequer fizessem um disparo. Mas a atrocidade também incitou a Resistência e continua a ser um crime imperdoável na mente da maioria dos cidadãos llaeleses.

Apesar dos ocupantes khadoranos tentarem reconstruir Dois Rios durante seus anos em Llael, seus planos foram mal financiados e apenas parcialmente concluídos no momento de sua retirada da região. A decisão do Exército cygnarano de empregar o suspiro do diabo, uma poderosa arma alquímica, como parte de seu ataque às forças khadoranas em Dois Rios durante a libertação de Llael também contribuiu para a evacuação rápida da cidade, deixando muitas estruturas recém-construídas intactas.

Hoje, as ruínas de Dois Rios são uma mistura arrepiante de pedras enegrecidas deixadas para trás dos bombardeios khadoranos e construções novas abandonadas pela metade. Isso inclui a fortaleza na colina vizinha, que foi construída no estilo khadorano e é considerada por muitos como
uma monstruosidade e um lembrete dos crimes dos invasores khadoranos.

Gancho de Aventura
Muitos acreditam que a fortaleza no topo da colina perto das ruínas de Dois Rios tinha a intenção de abrigar vários membros importantes da Irmandade dos Lordes Cinzentos, que já haviam estabelecido escritórios regionais dentro da fortaleza antes de sua conclusão. A fortificação abandonada ainda pode abrigar artefatos notáveis ou até mesmo projetos de armas de guerra khadoranas abandonadas durante a evacuação de Khador. Tais descobertas seriam muito benéficas à coroa recém-restabelecida, mas podem ser difíceis de recuperar
se algo perigoso tiver entrado depois dos khadoranos desocuparem o local.

RYNYR

A maioria das cidades em Llael são acolhedoras, lugares belos onde a vida mesmo para os pobres é pitoresca, até mesmo agradável. Embora esses lugares idílicos tenham sido abalados pelas ocupações recentes do reino, eles começaram a se restabelecer nos anos desde a Exação. Mas a vida na cidade mineira de Rynyr nunca foi pitoresca ou agradável, apesar da importância da comunidade para o reino.

Construída sobre os penhascos acima de uma abertura vulcânica, Rynyr é um lugar cujo objetivo principal é extrair de suas minas o pó vermelho valioso que é parte fundamental dos compostos explosivos alquímicos mais comuns de Immoren ocidental. Infelizmente, isso também significa que o pó reveste tudo na cidade, que trabalha sob uma mortalha de nuvens pesadas com cinzas vulcânicas. Apesar do calor que irradia do solo, todos em Rynyr usam couros encharcados em água em um esforço para manter o pó longe da pele, o que pode causar irritação e até queimaduras, e ninguém ousa sair sem um respirador ou, pelo menos, um pano molhado no rosto. Como se essa dificuldade não bastasse, a cidade não foi poupada pelos conflitos recentes que sacudiram a região. Durante uma batalha entre forças khadoranas e cygnaranas, os controles sobre as aberturas vulcânicas foram sabotados e os níveis mais baixos da cidade foram inundados com magma e perdidos para sempre.

As condições em Rynyr são duras e brutais e o clima de desespero geral levou inúmeros membros desesperados e desrespeitáveis da sociedade a se reunirem em torno da cidade. Estes desajustados sórdidos incluem os membros remanescentes de bratyas khadoranas, bem como trolloides e ogrun que estão dispostos a enfrentar as condições perigosas. A Rainha Kaetlyn tentou reformar Rynyr e melhorar a vida de seus habitantes, mas só foi possível combater os desconfortos naturais que assolam a região e o pó vermelho é simplesmente valioso demais para deixar sua escavação parar.

Gancho de Aventura
Uma mina importante recentemente desabou graças a um criminoso desconhecido. Rumores apontavam os culpados como sabotadores khadoranos, trolls de escória ou até mesmo cultos infernais escondidos. Como a entrada original da mina ficou completamente obstruída por detritos, uma equipe foi enviada através de um pequeno túnel de conexão recém-escavado para investigar. Seus membros não retornaram e, agora, os chefes mineradores querem contratar mercenários para mergulhar nas profundezas, descobrir o que aconteceu com a equipe original e verificar se a mina pode ser reaberta.

RHYDDEN

Localizada nas fronteiras das vastas florestas iosanas, Rhydden já foi notável principalmente por suas vistas deslumbrantes e vinhos altamente desejáveis. Ela serviu como um lar longe de casa para nobres de todos os Reinos de Ferro. Muitas vezes, aristocratas de Cygnar, Ord e até mesmo Khador mantinham casas de verão ao lado das de nobres llaeleses.
No entanto, durante a ocupação khadorana, Rhydden assumiu um novo significado como a última grande cidade livre no reino. Sob o controle do Duque Gregore Delryv, um dos únicos membros do antigo Conselho dos Nobres a sobreviver às guerras com suas terras e seu título intactos, a cidade outrora pitoresca se tornou o reduto da Resistência e lar de milhares de refugiados do oeste de Llael.

Embora os restos das fortificações daquela época ainda envolvam as muralhas da cidade hoje em dia, Rhydden está mais uma vez longe das linhas de frente da maioria dos conflitos potenciais, mesmo que o recém-promovido Arquiduque Delryv vise as florestas ameaçadoras silenciosas de Ios. A cidade também abriga um monumento erguido em memória daqueles que morreram lutando pela independência llaelesa, uma parede de pedra branca gravada com milhares de nomes.

TORRE DO VENTO CINZA

Anteriormente um posto avançado projetado para proteger a fronteira ocidental de Llael ao longo das bordas das matas iosanas, a Torre do Vento Cinza, agora em ruínas, foi um reduto importante da Resistência Llaelesa durante a ocupação khadorana. Como sua única grande fortificação além da cidade de Rhydden, a torre era um ponto vital para as forças llaelesas; um lugar para reagrupar, recuperar, reabastecer e reparar gigantes-de-guerra.

Durante este tempo, a Torre do Vento Cinza também se tornou o quartel-general dos magos-pistoleiros do Espinho, os remanescentes da Leal Ordem da Rosa Ametista. A mais antiga organização de magos-pistoleiros em Immoren, a Rosa Ametista começou como um grupo clandestino que serviu os reis de Llael, muitas vezes em missões secretas em outras nações, e eles estavam entre os primeiros membros da Alta Guarda Real quando foi instituída pela primeira vez em 274 DR.

Quando o Rei Rynnard morreu em 595 DR, os membros da Rosa Ametista se recusaram a desistir de seus votos para a coroa, mesmo depois do primeiro-ministro Glabryn dissolver a Alta Guarda Real. A filiação à organização era secreta anteriormente, mas, após a morte do rei, os membros da Rosa Ametista adotaram um traje preto característico em luto pelo fim da linha real. Durante a ocupação khadorana, os membros restantes desta ordem se tornaram alguns dos maiores heróis da Resistência e foram responsáveis não só pelas execuções de muitos líderes-chave khadoranos mas também por missões perigosas que ajudaram a virar a maré de confrontos grandes. Esses patriotas desgastados e fatalistas fizeram da Torre do Vento Cinza sua nova base de operações, montando uma oficina em uma capela desativada.

Gancho de Aventura
Como parte de seu treinamento final, jovens magos-pistoleiros aspirantes que treinam na fortaleza são encarregados de executar um exercício secreto em solo estrangeiro. Com Llael atualmente em paz com a maioria das nações vizinhas, um aspirante assumiu a responsabilidade de lançar uma missão de reconhecimento no reino florestal de Ios, em uma tentativa de descobrir o que a nação élfica se tornou nos últimos anos. Seus treinadores não autorizaram a empreitada e, desde então, perderam contato com ele. Desesperados para evitar um incidente internacional, eles gostariam que alguns indivíduos não afiliados atravessassem a fronteira e o encontrassem.

Embora a linha real tenha sido restaurada, os magos-pistoleiros do Espinho mantiveram seus trajes de luto, agora homenageando as muitas vidas llaelesas perdidas durante a ocupação khadorana e a Exação que se seguiu. Vários membros da liderança da ordem foram elevados à aristocracia pela nova rainha, incluindo Fynch di Lamsyn, líder da ordem e um dos poucos sobreviventes da antiga Alta Guarda Real.

A Torre do Vento Cinza serve como uma fortaleza fronteiriça protegendo a nação contra as ameaças das matas iosanas silenciosas e como um campo de treinamento para magos-pistoleiros da nação.

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