Organizações Secretas

Rafão Araujo
Reduto do Bucaneiro
14 min readMar 17, 2021

Não faltam mercenários, ladrões, contrabandistas e assassinos de aluguel, mesmo num lugarzinho bonito que nem Caspia. Podem ser umas víboras perigosas, mas são só pessoas. Livre-se de um deles e, na pior das hipóteses, o chefe do sujeito encontra outro canalha para botar no seu rastro. São um inconveniente menor comparados a um grupo como a Mão Oculta ou aquelas porcarias de batedores de Rebald. Incomode um deles e vão persegui-lo por anos…
— Volden Hurt (scharde Lad4/Mag8), proprietário da taverna Copo e Punhal, em Água Negra.

Os acordos firmados atrás de portas fechadas são incontáveis. Contratos são assinados com sangue e ouro. Espionagem industrial, distribuição de narcóticos ilícitos, assassinato e conspirações para derrubar regimes são apenas alguns dos muitos tópicos das negociações clandestinas que ocorrem todos os dias nos reinos. Embora muitos desses arranjos ilícitos e ilegais sejam feitos com grande discrição, alguns poucos são verdadeiramente atos de organizações secretas, ou fachadas convenientes para ações mais diabólicas.

Quando surge o tópico das sociedades secretas, muitos pensam imediatamente nos seguidores de Thamar. Aqueles que conhecem a verdade sabem que existem grupos muito mais organizados, capazes e perigosos.

Organizações Secretas de Nota

A Antiga Inquisição

A Inquisição Cygnarana, organizada durante o reinado de Vinter Raelthorne IV, espalhou o terror e a desconfiança por Cygnar. Quando Vinter foi expulso, os Inquisidores foram caçados e linchados, ou aprisionados na Ilha Sangrenta (uma reação que não veio como surpresa). Os poucos sobreviven-tes que conseguiram permanecer livres esconderam-se. Cada um mudou seu nome, e tentou desesperadamente remover a marca do olho de sua mão direita.

Acredita-se que a Ordem de Iluminação tenha acolhido alguns desses fugitivos. Outros fugiram para reinos vizinhos, onde seus serviços eram bastan-te requisitados. Embora estivessem de mãos atadas e temendo captura, os sobreviventes perseguiram seus próprios objetivos na ausência de Vinter Raelthorne. Sua intenção é recuperar seu antigo poder por quaisquer meios necessários. Embora muitos antigos Inquisidores tenham se juntado a seu rei de-posto quando o Velho retornou a Corvis (veja ASDE), muitos outros permaneceram ocultos. Depois da derrota do exército skorne, esta rede mais uma vez veio ao auxílio de Vinter.

Até agora, este grupo só vem realizando duas atividades. Eles monitoram desenvolvimentos militares, econômicos e políticos dentro de Cygnar, e reportam tudo, através de uma rede de contatos e agentes. Todo tipo de informações parece valioso para os Inquisidores e, na verdade, Vinter aceita de bom grado qualquer coisa que possa fornecer uma abertura para suas forças. A outra missão do grupo é recrutar mais membros. Indivíduos suscetíveis são seduzidos ou intimida-dos a cooperar. Uma vez dentro da organização, os membros descobrem rápido o que acontece com quem trai o Velho. Culpados disso tornam-se exemplos: famílias inteiras mor-rem em acidentes trágicos, e negócios subitamente desmo-ronam quando seu dono “comete suicídio”. De um modo ou de outro, a mensagem fi ca clara.

Embora esses antigos Inquisidores forneçam informa-ções aos agentes mais próximos de Vinter, a rede funcionou anonimamente durante anos, na ausência do Velho. Seus planos não dependem do retorno do exilado. Financiados pela vasta riqueza roubada de suas vítimas, os Inquisidores mantêm contas bancárias escondidas em Cygnar, Llael e Ord. Muitos ainda possuem bastante infl uência, e ascende-ram a papéis de destaque na sociedade cygnarana. Tendo lentamente recuperado sua força, a rede atualmente empre-ga cerca de duzentos operativos espalhados por Cygnar.

Esses Inquisidores clandestinos são quietos e cuidadosos. Não possuem tatuagens, marcas ou sinais óbvios de aliança que possam denunciá-los. Em geral, são operativos indepen-dentes ou trabalham em pequenas células, que transmitem informação através de alguns poucos mensageiros confi áveis. Entre esses agentes está Asheth Magnus, criminoso de guer-ra procurado e conjurador de guerra mercenário, outrora um dos melhores comandantes militares de Vinter. Sem o conhecimento do Rei Leto ou de seus conselheiros mais pró-ximos, Sir Bolden Rebald vem secretamente atacando esses agentes, com muito custo e esforço, removendo Inquisidores de alto escalão numa manobra preventiva, antes que possam agir contra Cygnar.

Irmandade da Costa Quebrada

Se a boataria estiver correta, a Irmandade da Cos-ta Quebrada foi formada em algum ponto nos anos 330 D.R., por três piratas sentados em uma taverna em Água Negra. Mesmo existindo há quase 300 anos, a Irmandade não possui um quartel-general, exceto a Copo e Punhal, uma taverna sórdida em Água Negra. Lá, os “Artigos da Irmandade” originais foram escritos, sob o símbolo da am-pulheta e adaga. O proprietário atual é um membro semi-aposentado da Irmandade, Volden Hurt (scharde Lad4/Mag8). Ele guarda os Artigos originais, coleta os documen-tos assinados em outros portos e mantém os registros das posses da Irmandade.

Existem muitos benefícios em ser membro da Irmandade da Costa Quebrada. Em quase qualquer porto importante, de Ohk a Caspia, os irmãos podem encontrar abrigo em ta-vernas ou estalagens, depósitos, ofi cinas e casas particulares de todos os tamanhos. Esses refúgios oferecem uma refei-ção barata e um lugar quente, seco e relativamente seguro onde dormir.

Mensagens ou documentos ofi ciais deixados nesses refúgios acabam chegando a seu destinatário, leva-dos por outros membros que rumam à direção apropriada. Volden Hurt e uma dúzia de outros tesoureiros entre Ohk e Mercir mantêm a riqueza da Irmandade em esconderijos espalhados pelos reinos, e distribuem dinheiro aos membros de acordo com sua necessidade, em troca dos resultados de qualquer pesquisa. Quaisquer itens que sejam criados devem se manter dentro da Irmandade, ou a Irmandade deve ser reembolsada por seu valor de mercado.

Cada membro da organização, todos piratas ou contraban-distas com estranhos códigos de conduta e princípios, devem assinar uma cópia dos “Artigos da Irmandade” — as leis bási-cas que governam a organização. Os Artigos são semelhantes àqueles que governam tradicionalmente tripulações piratas. Entre os artigos, um dos mais importantes exige tributo à Ir-mandade e compartilhamento de conhecimento arcano com outros membros. É proibido roubar de irmãos, assim como ferir um irmão fora de desafi os formais. Alguns irmãos que-bram essas regras e podem até mesmo escapar ilesos, mas a Ir-mandade policia os seus, e impõe os Artigos com as punições corporais draconianas contidas no documento.

Liga Glom

A Liga Glom, ou simplesmente Liga, é uma companhia mercenária composta estritamente por anões, que fornece serviços a clãs anões que precisem de informações confi -denciais, espionagem ou transporte secreto de mercado-rias. Suas fi leiras são compostas de ladrões e renegados sem clã, recrutados por patronos dentro do grupo. Tornando-se um membro, um anão passa a ser um espreitador. A Liga Glom torna-se seu novo clã.

Operando sob um código de conduta imposto de manei-ra intransigente e brutal, a Liga possui uma reputação por discrição e efi ciência. Evita recrutar criminosos com reputa-ções sinistras, especialmente aqueles com inclinações à vio-lência e ao assassinato. Senhores de clãs e conglomerados contratam espreitadores da Liga Glom para descobrir infor-mações sobre clãs rivais, futuros rivais ou inimigos comer-ciais. Os espreitadores roubam apenas informação — não propriedade — pelo menos dentro das fronteiras de Rhul. Não guardam tantos pudores fora do reino.

As missões fora de Rhul por vezes colocam a Liga em confl ito com membros do Clã Jhord, os espiões ofi ciais dos Senhores das Pedras e do Debate. O clã já acusou a Liga de abrigar criminosos e fora-da-lei conhecidos em diversas oca-siões. Mas, apesar de suas tentativas de levar os espreitadores à justiça ou proibir as atividades da Liga, a organização con-segue manter sua autorização ofi cial do Debate. São consi-derados um mal necessário pela maioria dos rhuleses, já que transformam indivíduos de má reputação em cidadãos pro-dutivos. Embora não sejam fora-da-lei, os espreitadores da Liga Glom são tratados com desdém pela maioria dos anões. Abandonados por sua família e amigos como criminosos, é raro que consigam se livrar do estigma social.

O quartel-general da Liga é o Bairro das Sombras de Ghord, mas sedes menores existem em Ulgar e em outras cidades rhúlicas. A Liga Glom tenta estar presente onde quer que existam clãs rivais e mercado potencial para seus serviços. Seus membros não dão muita importância a hie-rarquia. Ao invés disso, mantêm uma organização demo-crática, e qualquer espreitador reconhecido da Liga tem o direito de expressar sua opinião. Contudo, os espreita-dores mais antigos e experientes são mais respeitados, em especial fi guras lendárias como Holivus do Topo da Geleira (anão Lad23). Além disso, os reclusos Capatazes, um cír-culo interno de doze espreitadores semi-aposentados, são responsáveis por registrar os contratos da Liga, e assegurar que os serviços sejam executados de acordo com seu có-digo. Desafi ar as decisões dos Capatazes pode resultar em expulsão ou até mesmo morte, já que eles são os protetores do código da Liga Glom.

A Mão Oculta

Poucos conhecem o nome da Mão Oculta. Menos ain-da sabem como entrar em contato com a organização. Diz-se que um indivíduo tornou-se importante quando a Mão Oculta aborda-o e se oferece para resolver seus problemas. Vários dos operativos do grupo, segundo boatos, devotam todo o seu tempo a observar poderosos em ascensão nos reinos, descobrindo suas necessidades e aspirações, avalian-do seu potencial como clientes e julgando sua capacidade de pagar. A Mão não é barata.

Embora sejam mercenários, os agentes da Mão Oculta não são soldados medianos. Ao invés disso, são especialistas em operações secretas: espionagem, subterfúgio, sabotagem e coleta de inteligência. Diz-se que, entre seus membros, estão espiões e assassinos lendários como Gavyn Kyle (ryn Lad8/Ain9) e Armand Rhywyn (ryn Lad7/Ain6) — dois indivíduos responsáveis por tantos assassinatos e mortes “acidentais” quanto qualquer gulag khadorano. Muitas vezes, uma faca bem-posicionada ou uma informação quebra a moral de um exército, torna possível uma emboscada ou destrói um recurso econômico. E, muitas vezes, isto é obra da Mão.

A organização já aceitou contratos de Cygnar, Khador, Lla-el e Ord. Negociantes práticos, os agentes fornecem o serviço que puderem, desde que não viole seu código. A existência desse código é um alívio para muitos políticos. A Mão Oculta compromete-se a trabalhar segundo o máximo de suas habili-dades e, uma vez que tenha aceito um contrato, garante a seus empregadores que não trabalhará para ambos os lados.

Acredita-se que a Mão seja sediada em Llael. Mas ago-ra, com a maior parte deste reino sob domínio khadorano, muitos especulam que tenha se mudado para Rhydden, e que tenha operativos dentro da Companhia Expedicioná-ria Galho Cinzento. De fato, dizem os boatos que o próprio Gavyn Kyle foi visto confabulando com expedicionários no local. Seja isso verdade ou não, ainda não se sabe o impacto que a ocupação khadorana terá sobre a Mão Oculta.

Muitos suspeitam que o grupo continuará seus negócios como de costume. Mas não se pode ignorar os sussurros de que opera-tivos como Kyle vêm agindo contra Khador. Alguns chegam a acreditar que a Mão tenha começado a oferecer auxílio voluntário à inteligência cygnarana do General Batedor Re-bald, pelo menos até que se possa enfrentar adequadamente o expansionismo khadorano.

Os Ratos de Dargule

Tradicionalmente, o Sancteum da Igreja de Morrow não possui nenhuma organização secreta para coleta de infor-mações. A Igreja sempre foi capaz de se manter a par dos últimos acontecimentos através das missivas diárias normais de seus sacerdotes no estrangeiro, e dos Conselhos Vicaratos que os supervisionam. Contudo, o Exarca Sebastian Dargule adotou uma postura mais ativa. Ao longo dos anos, recrutou informantes e contatos com a tarefa específi ca de mantê-lo atualizado. Seu apelido foi cunhado em um comentário sar-cástico por um exarca de Khador, depois que o Exordeum interrogou-o a respeito da fonte de uma notícia recente: “Talvez tenha vindo dos ratos de Dargule? Sei que ele cria ratos em todos os cantos”.

Embora muitos membros do Exordeum desaprovem os métodos do exarca, poucos contestam os resultados. Seus “amigos” encurtaram o atraso das notícias ao Sancteum em semanas, e permitiram que ele lidasse muito melhor com os problemas que se anunciam. Existem dúzias de ratos de Dargu-le, espalhados principalmente em cidades portuárias na costa oeste, de Portão Alto a Ohk. Entre eles, estão muitos membros dos andantes (Dargule é o membro mais alto desta fé).

Esses peregrinos vêem e ouvem muita coisa enquanto fa-zem suas jornadas santas. O exarca, segundo boatos, possui muitos contatos sórdidos e desgarrados, que andam por cír-culos insalubres, junto a aventureiros, mercadores e contra-bandistas. Dargule, obviamente, responde dizendo que essas pessoas precisam de tanta ou mais atenção espiritual quanto os bem-nascidos ou devotos.

Retribuição de Scyrah

Espreitando nos arrabaldes da sociedade iosana e hu-mana, os agentes da Retribuição vigiam a humanidade, em busca de mais tentativas humanas de destruir tudo que os elfos consideram sagrado. Esses agentes monitoram com cuidado as ações de magos humanos, estudam seus movi-mentos e registram suas especialidades e fraquezas, para que, quando chegar o momento, estejam preparados para atacar sem piedade e eliminar mais uma ameaça ao bem-estar de Scyrah. Os espiões da Retribuição enviam relatos detalhados de reconhecimento aos líderes, que usam essas informações para coordenar os movimentos de seus caçado-res de magos e determinar quais indivíduos e experimentos devem ser detidos a todo custo.

A Retribuição de Scyrah pode parecer um movimento principalmente religioso, mas o braço secular do grupo io-sano mantém controle sobre a organização. Sob a lidernaça de especialistas militares e agentes secretos experientes, a Retribuição oculta cautelosamente as identidades de seus agentes de campo, de olhos humanos e élfi cos. Apenas alguns poucos membros da Retribuição são reconhecidos abertamente em Ios. Dentre esses, a maioria é composta de líderes religiosos extrovertidos, como Relvinor Luynmyr (iosano Clr17), o Alto Sacerdote da Retribuição.

Dentro das fronteiras de Ios, a Retribuição vem lenta-mente aumentando suas fi leiras. Os agentes estão sempre em busca de cidadãos e membros do clero que estejam frus-trados com o estado das coisas e com a aparente indiferen-ça do Auricyl Velahn frente à iminente morte de Scyrah. Es-ses operativos ajudam a plantar as sementes da dúvida e do desespero, convencendo os devotos descontentes de que os anciões desistiram de Scyrah, e simplesmente aguardam o fi m do povo élfi co. Repetem que o único caminho que resta para os fi lhos de Scyrah é se erguer contra os humanos e destruir sua vil magia, que ameaça Ios e a vida da última deusa dos elfos.

THE RETRIBUTION UNLEASHED

Not long ago the Retribution of Scyrah was an outlawed fringe organization of zealous and violent elven fanatics. Their goal has been the eradication of human wizards and sorcerers, whom they hold responsible for the ills of their species. Until recently they have had to work in secrecy from numerous hidden cells within the human kingdoms. Now things have changed. Their message has found a voice inside Ios, and they have won new allies to their cause. The Retribution is now large and influential enough to abandon secrecy at home and to become a recognized political, religious, and military power.

The Retribution has gained access to a significant portion of the armed might of Ios. This includes hundreds of myrmidon warjacks brought by House Shyeel as well as the Dawnguard heavy infantry legions of House Nyarr, considered among Ios’ most formidable warriors. A number of indomitable warcasters lead these forces, each a leader of considerable skill who is eager to advance the Retribution cause.

While the size and the scope of the Retribution’s military capability has increased almost a hundredfold from what it was, their army remains relatively small compared to those of the nations they plan to strike. This has prompted the Retribution to adopt unconventional strategies, including a unique doctrine of engagement.

They wield their forces like a spear set against the weakest point in the armor of their enemies. Comprehensive reconnaissance combined with rapid redeployment is the key to Retribution strategy. Their forces are uniquely equipped to wage this type of warfare and thereby represent a threat far greater than numbers alone may suggest. Working to the Retribution’s advantage is the fact that the human kingdoms know little about them, while their own intelligence-gathering efforts have been thorough.

The resolve of Iosan soldiers is strengthened by the knowledge that they fight for their survival as a species. They intend to strike against enemies thought to have played a hand in the extinction of their gods. They are a fiercely dedicated and religiously charged organization, one that has access to a powerful and sophisticated armory.

Serviço Cygnarano de Reconhecimento

Controlado diretamente pelo General Batedor Bolden Rebald (thuriano Rgr13/Ain3), o Serviço Cygnarano de Re-conhecimento é composto pelos melhores batedores e atira-dores das forças armadas de Cygnar, e dos melhores espiões e informantes que Rebald consegue amealhar entre os cida-dãos dos reinos. Além de pescar recrutas entre os militares, General Batedor também se esforça para localizar e trei-nar agentes em todos os níveis da sociedade. Afi nal, pode-se descobrir tantas informações ouvindo conversas em jantares com dignatários quanto observando movimentos de tropas e interceptando mensageiros militares.

Para o mundo exterior, Sir Rebald deu baixa do serviço ativo nos Cavaleiros da Vigília de Portão Alto, e o Rei Leto promoveu-o à Assembléia Real como general batedor — um posto novo, responsável pelo monitoramento dos batedores, mateiros, bardos de guerra e historiadores militares de Cygnar. Na verdade, Sir Rebald foi encarregado de desenvolver uma rede cygnarana de coleta de informações para substituir a Inquisição de Vinter Raelthorne IV. Ao longo dos últimos dez anos, Sir Rebald estabeleceu uma rede que engloba o reino inteiro, capaz de transmitir informações confi denciais ao comando central em Caspia. Enquanto isso, o general batedor permanece tão ativo quanto antes, vigiando os muitos inimigos de Cygnar.

Embora Sir Rebald tenha reunido uma rede de inteligência considerável, seus agentes estão muito espalhados, e são muito poucos, devido ao estado atual dos reinos. Mesmo antes do início da guerra, o Serviço de Reconhecimento mal conseguia manter o General Batedor (e, conseqüentemente, o Rei) a par dos últimos acontecimentos no estrangeiro. Com a ocupação khadorana em Llael, isso tornou se ainda mais difícil. Muitos operativos de Rebald em Llael foram capturados ou mortos rapidamente, deixando o general batedor desconfi ado de infi ltração por espiões khadoranos em suas fi leiras.

Sociedade Nonokrion

Nenhuma pessoa sã oferece sua alma aos Infernais, não importa qual seja a recompensa. Nenhuma pessoa sã nem mesmo iria se envolver com esses seres. Mas existem aqueles que caminham do lado errado da tênue linha divisória entre a sanidade e a loucura, mas mantêm-se astutos o bastante para barganhar. Quinze anos atrás, um grupo de dezesseis indivíduos como esses realizou um pacto sinistro com um curador. Cada um teria apenas um ano para cumprir a barganha — fornecer vinte almas, sendo que todas deveriam aceitar voluntariamente a marca infernal. Além disso, deveriam prometer auxiliar os Infernais em algum ponto no futuro. Em troca, esses indivíduos receberiam poder e segurança.

Algumas das almas foram compradas — aquelas tão miseráveis e desesperadas que já haviam há muito abandonado qualquer esperança. Outras foram intimidadas, e puderam escolher entre a morte ou a marca infernal. Alguns poucos e estranhos jovens entregaram suas almas como uma forma de rebeldia contra seus pais nobres, sem perceber a magnitude de sua decisão. Através de extorsão, lábia, manipulação e malícia, as barganhas foram honradas. Mas, dentre os dezesseis r originais, apenas onze cumpriram o pacto. Os cinco restantes foram caçados e consumidos por caçadores de almas.

Os sobreviventes eram um grupo diverso. Quatro eram políticos, dois possuíam postos militares, outros dois eram mercadores, um era um mago e outro, um membro antigo do Sindicato dos Trabalhadores do Vapor & Ferro. Cada um obteve grandes benefícios de suas proteções infernais. Rivais importantes morreram misteriosamente, pessoas infl uentes prestavam-lhes grandes favores.

O último membro é Anton Velliten (thuriano Clr9/Mag3), um antigo clérigo de Morrow. Não demorou até que seus colegas descobrissem seus pactos sombrios. Ele fugiu da Igreja de Morrow enquanto seus perseguidores eram chacinados por guardiães Infernais. Refugiando-se nos Emaranhados, a leste de Cinco Dedos, ele abandonou a fachada, e jurou lealdade a Thamar. Passou os últimos cinco anos montando uma base de poder e conquistando as graças da Gêmea Negra. Em meses recentes, restabeleceu contato com os outros membros da Sociedade, e informou-os de que o curador revelara o que eles deveriam fazer para cumprir a última parte do acordo — a parte que iria libertá-los da marca infernal. Os Infernais insistem que a Sociedade provoque uma guerra entre Cygnar e qualquer um de seus vizinhos, e concederam aos infernalistas um prazo de um ano e um dia para fazê-lo. Já existem planos para atos de traição. Ninguém sabe se alguém vai descobrir isso a tempo de impedir o estratagema, ou lidar com a Sociedade.

Dizem os Boatos
Se as histórias de taverna e reclamações chorosas de mercadores independentes foram confiáveis, a Liga Mercariana é mais que apenas um grupo unido para promover o comércio. Muitos capitães e caravaneiros suspeitam que haja um braço secreto da Liga, trabalhando ativamente para criar problemas para mercadores rivais de seus membros. Se essas afirmações forem verdadeiras, a Liga já chegou a sabotar vagões de caravanas, roubar mapas, raptar navegadores e contratar piratas para emboscar navios exploradores em busca de rotas ao continente de Zu.

Embora ainda não haja provas dessas acusações, a Liga definitivamente preocupa-se com seus próprios interesses. Dado seu sucesso em obter o favor de nobres influentes, conseguir contratos lucrativos e manipular transações comerciais em seu benefício, parece claro que a Liga Mercariana é versada em táticas diplomáticas ou brutais.

Fonte: Guia do Mundo dos Reinos de Ferro

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