Paladinos da Ordem da Muralha

Reduto do Bucaneiro
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18 min readFeb 17, 2019

Uma das mais antigas organizações da humanidade, a Ordem da Muralha é uma fraternidade marcial Menita singularmente dedicada à proteção dos fiéis, apesar da adesão à ordem ter sempre sido pequena, aqueles poucos que o fizeram encontram-se na elite das fileiras dos Paladinos, que estão entre os melhores guerreiros e espadachins mais dedicados de Immoren Ocidental. A Ordem da Muralha é conhecida por ter tido um papel importante na defesa da civilização humana nos séculos mais antigos e mais vulneráveis.

Origens e História

A Ordem da Muralha foi fundada há cerca de três mil anos atrás, depois que o Hierarca Valent formou uma união de guerreiros devotos para liderar a defesa de Calacia e a Muralha da Trácia, que protegia a cidade que um dia viria a se tornar Caspia, dos Molgur do Alto das Montanhas da Muralha da Serpente. Esses primeiros membros da ordem se tornaram o núcleo interno de um exército maior de Menitas piedosos que não só defendeu a periferia do mundo civilizado, mas se aventurou para as terras selvagens dominadas pelos bárbaros Molgur para empurrá-los de volta.

Até o momento em que o Hierarca Golivant chegou ao poder, a Muralha da Trácia já tinha evoluído para uma imensa e altamente defensável séries de estruturas. Assim como também a Ordem da Muralha havia se desenvolvido em uma orgulhosa e respeitada fraternidade, poucos em número, mas estimados acima de todos os outros guerreiros no início do Templo. Mesmo gerações depois de sua morte, a lenda de Valent continuou a motivar alguns dos mais bravos homens da fé a se colocar em serviço da ordem. É comumente acreditado que a proeza quase mítica de Valent e aqueles que o seguiam era tão grande que alguns molgur imediatamente eram convertidos ao culto do Criador dos Homens depois de testemunhá-los em batalha. No entanto, muito mais deles exigiram subjugação a ferro e fogo, e essas batalhas contra o molgur eram ferozes e sangrentas. Paladinos vigilantes defenderam aldeias expostas da retaliação durante este tempo de batalhas.

Com a derrota final dos Molgur, o mundo civilizado dos Menitas tornou-se um lugar maior e mais seguro, e nesse momento, foi que as atenções e animosidades do homem se viraram contra eles mesmos. Conhecido hoje como a Era dos Lordes da Guerra, este foi um período de incessante contenda entre pequenos reis e em muitos casos, sancionados e apoiados pelos independentes Sacerdotes Menitas em seus domínios.

Os membros da ordem preferiram manter um papel mais defensivo através destas inúmeras cidades-estados, algumas das quais patrocinavam suas próprias pequenas organizações de paladinos. Havia pouco ou nenhum contato entre esses grupos de paladinos, cada um referindo a si mesmo como a Ordem da Muralha e cada um considerando-se descende das tradições estabelecidas por Valent da Trácia. A natureza dessas guerras necessitava de paladinos não para lutar contra agressores bárbaros ou desumanos, mas menitas vizinhos, liderados por reis rivais com a intenção de conquista ou pilhagem. Sua falta de vontade de marchar ao lado dos sacerdotes governantes ou reis em batalha assegurava o apoio limitado que recebiam, e a falta de patrocínio da casta dominante, a sua manutenção recaiu sobre o povo a quem eles protegiam.

Ameaça de extinção sob o domínio Orgoth

A invasão e os dois primeiros séculos da conquista Orgoth redirecionaram os esforços dos Paladinos da ordem, no entanto desta vez, vindo de um agressor de fora cuja ameaça foi mais profunda do que qualquer outra vista antes ou desde aquele momento. Por toda a Immoren ocidental com os invasores alcançado cada área, muitos Paladinos da Ordem da Muralha deram sua vida ao serviço resoluto e tentaram muitas resistências bravamente contra os tiranos. Muitas dessas batalhas, não são encontradas em nenhuma história escrita, mas existem como lendas passadas de boca em boca através das gerações que se sucedem. Esta era é lembrada como aquela em que os paladinos se uniram para reduzir o sofrimento humano e proteger os desamparados.

Como incialmente os Orgoth estavam focados na conquista e não na extinção das práticas religiosas locais, eles eventualmente forçaram o desarmamento e a dispersão dos grupos marciais como a Ordem da Muralha. Isso forçou os Paladinos a adotarem uma forma mais restrita de aparência e a operar individualmente da melhor forma possível. Eles se encontravam com seus pares em esconderijos pequenos e secretos, para conduzir cerimônias furtivamente, para renovar seus votos e iniciar novos membros.

Se sentindo impossibilitados de se organizar abertamente para se opor aos Orgoth como uma unidade, os Paladinos precisaram aprender a se organizar com maior autonomia e suporte limitado. Após a consolidação da ocupação, muitos paladinos começaram a operar individualmente, sem laços óbvios com seus irmãos. A Ordem da Muralha passou a ser um ideal, um conceito, preceitos de uma fé compartilhada, porém, não mais uma organização com um senso de hierarquia ou estrutura.

Entretanto, a imagem criada pela ordem de organização espiritual inofensiva não durou, ocasionalmente paladinos eram presos por intervir contra as autoridades Orgoth e eram subsequentemente alvos de tortura e interrogatório, com os poderes de sua mágica peculiar necromântica, mesmo a morte não podia oferecer aos paladinos capturados uma libertação dos questionamentos. Na metade do quinto século, os Orgoth ficaram cientes da real natureza da ordem, e com esse conhecimento, a tolerância teve um final abrupto, Paladinos eram capturados e executados em qualquer lugar onde eles pudessem ser encontrados.

Isso serviu para espalhar e isolar ainda mais os Paladinos restantes, que foram forçados a se esconder totalmente se eles quisessem sobreviver e ao mesmo tempo, outros paladinos mais combativos, mantiveram uma associação distante, para proteção mútua com seus irmãos, ao mesmo tempo em que os Orgoth criminalizaram a Ordem da Muralha em 392AR, a dissolução do grupo foi apenas, ao menos para os tempos vindouros, simplesmente um reconhecimento público de um fato que já era de conhecimento geral.

Os Paladinos da Ordem da Muralha ainda resistiram aos Orgoth da forma como a oportunidade os permitia e eles ainda encontraram outras formas de proteger os Menitas da tirania de seus opressores. Nessa Era da Ocupação, os heroicos paladinos eram muito poucos para ter um impacto significante nos governadores Orgoth, mesmo assim, eles serviram como exemplo de coragem até para os não Menitas e simbolizaram a tenacidade indomável do espirito Imorense.

A transição de um aspecto pequeno, mas essencial da religião majoritária em um segredo e irmandade perseguida, impactou muito a capacidade da ordem de iniciar novos membros, e afetou profundamente a sobrevivência desses paladinos, ousados o suficiente para abertamente resistir às leis Orgoth. Em algumas regiões, parecia que paladinos haviam sido extintos.

Duas exceções a esta foram: o antigo Capítulo da Ordem da Muralha em Caspia, que permaneceu livre e alguns capítulos espalhados nas desoladas e inacessíveis regiões do norte de Khador. Os Paladinos de Cáspia, embora ainda afetados pela crise na adesão à fé em geral, tiveram a sorte de serem protegidos das investidas Orgoth pelos muros impenetráveis ​​de sua cidade. Por outro lado, a Antiga Fé Khadorana que havia experimentado menos atrito do aumento da fé Morrowana e devido aos locais remotos e inóspitos onde o controle Orgoth foi menos efetivo.

Felizmente, o controle Orgoth exercido sobre Immoren ocidental não estava destinado a durar para sempre. Após séculos de crescente ressentimento, os Imorenses finalmente levantaram-se em revolta e seriam necessários 200 anos de guerras brutais e impiedosas represálias Orgoth antes dos invasores serem derrotados, tempo durante o qual a Ordem da Muralha passou por uma volta ao crescimento em comunidades Menitas, juntamente com a rebelião. A reputação da ordem era respeitada por Menitas e Morrowanos da mesma forma, as oposições que seus membros representaram aos Orgoth durante os séculos anteriores não haviam sido esquecidas.

Por volta de 86 DR a ordem havia recuperado alguma segurança e poderia finalmente voltar a funcionar abertamente dentro de vários territórios libertos. Durante todo o século seguinte, ordem serviria para proteger e reconstruir Immoren ocidental como se gradativamente se libertasse do domínio Orgoth.

Pós-rebelião e a Guerra Civil Cygnarana

Nos primeiros anos da Era dos Reinos de Ferro muito da energia da ordem foi usada para restaurar as sedes de seus Capítulos, suas tradições e criando um regime de treinamento mais rigoroso para seus iniciados. Embora toda a fé Menita tenha tornado-se cada vez mais marginalizada e eclipsada pela adoração à Morrow, a Ordem da Muralha como um todo, continuou a experimentar um ressurgimento lento mas constante aproveitando a reputação que tinha ganho durante a Rebelião. Apesar disso, a força da ordem restaurada, atingiu um patamar inevitável, as exigências para tornar-se um iniciado permaneceram rigorosas e exigia de seus iniciados uma verdadeira vocação, sempre um traço raro. Além disso, essa organização poderia apenas ser sediada em cidades e vilas com um numero razoável de comunidades Menitas. Como a religião Menita diminuiu, o mesmo aconteceu com o número de sedes adequadas para um Capítulo da ordem.

Em 482 DR, junto com centenas de milhares de fervorosos, a maioria dos Paladinos da Ordem da Muralha atendeu ao chamado do Sulon, para a peregrinação em Caspia. Esse chamado trouxe também paladinos de outros reinos, mesmo que em menores números. Os Caspianos continuaram sendo os de maior número e o mais organizado Capítulo da ordem, e seus líderes rapidamente previram a violência iminente que iria resultar dos sermões de Sulon. Muito trabalharam para diminuir o impacto de seus discursos, esperando acalmar os peregrinos e encorajar a tolerância. Nos últimos momentos esses esforços, já não eram mais tão eficientes e quando a violência começou, colocando a Guarda Caspiana contra os peregrinos, na porção leste da cidade, os paladinos não tiveram outra escolha a não ser lutar e proteger os Menitas das autoridades Cygnaranas intolerantes com a sua religião.

A Guerra Civil Cygnarana que se seguiu foi um tempo extremamente difícil para a ordem, e muitos paladinos tiveram uma grande dificuldade em conciliar sua fé e o código com as necessidades da guerra. A divisão entre Menitas e Morrowanos não foi tão extrema como a de Imorenses contra os Orgoth ou Menitas contra os Morgul, nem o compromisso que finalizaria a guerra com a fundação do Protetorado de Menoth ofereceu muita recompensa à ordem.

A cidade das Muralhas foi e ainda é um lugar de enorme significado espiritual e histórico para a ordem, sendo em si mesma uma relíquia sagrada de ambos Valent e Golivant e um símbolo de um dos maiores dons de Menoth. Nas décadas após o incidente, uma profecia anônima, foi escrita proclamando a importância da reunificação de uma vez por todas entre Caspia e Sul e sugerindo grandes consequências caso não acontecesse. Alguns teólogos acreditam que esses textos foram originados de discursos pós-guerra, empregados por líderes do Capítulo Sulês da Ordem da Muralha.

Ascensão do Protetorado

Afastando-se de sua postura tipicamente defensiva, os paladinos prontamente se juntaram às cruzadas para a expansão das fronteiras do Protetorado em direção aos desertos de terras bárbaras ao Oeste. Milhares ainda eram relutantes à nova Teocracia, alguns além das fronteiras de Cygnar, e ataques feitos por tribos locais hostis e outras ameaças eram ocorrências comuns. Ninguém poderia negar o paralelo histórico entre o culto à Grande Serpente das tribos Idrianas e os antigos Molgur. Mesmo neste tempo de relativa popularidade e propósito renovados, a Ordem da Muralha foi rapidamente eclipsada pelos Cavaleiros Exemplares.

Havia diversos motivos para tal. Os Cavaleiros Exemplares desde a muito tiveram uma vantagem numérica sobre os paladinos, em parte devido a eles nunca terem exigido a mesma rigidez extenuante de entrada na Ordem da Muralha, além disso, os Cavaleiros Exemplares sempre foram mais proativos nos recrutamentos de novos membros ao invés de aguardar por aspirantes. E ainda mais significante para a grande diferença entre as fortunas das duas ordens marciais foi o relacionamento próximo entre Escrutadores e Cavaleiros Exemplares. Por séculos pequenas falanges de Cavaleiros Exemplares devotados serviram Escrutadores individualmente com obediência rígida, fazendo o que quer que fosse solicitado deles. Quando a casta dos Escrutadores foi elevada à posições de suprema autoridade na teocracia, a dimensão e números dos Cavaleiros Exemplares cresceu com eles. Paladinos da Ordem da Muralha obedeciam a seu próprio código e não precisava da casta de sacerdotes para interpretar a Verdadeira Lei para eles, para os Escrutadores, isso deu à ordem um caráter não confiável e potencialmente inoportuno.

Durante as décadas posteriores, devido ao Protetorado de Menoth ter se tornado mais seguro e a cada dia mais militarizado, a ordem continuou a ter sua significância diminuída. Mesmo que vitórias históricas tenha trazido renome a paladinos individuais e enquanto a ordem se manteve popular entre o povo comum, seus membros foram sendo retirados dos salões do poder e raramente eram consultados pelo sacerdócio.

O abismo entre a Ordem da Muralha e tanto o clericato quanto as outras ordens marciais foi imensamente aumentada sob o comando do Hierarca Radoval. Foi durante esse tempo que o Protetorado começou a reformar suas ordens marciais para criar um verdadeiro exército. Com os Cavaleiros Exemplares e a Guarda Flamejante do Templo tendo tido seus propósitos reestruturados para se tornarem os soldados disciplinados deste exército, os Paladinos da Ordem da Muralha foram deixados de lado e à margem, nada além de esquecidos. Ao final do sexto século DR, o sucessor do Hierarca Ravonel, o Hierarca Garrick Voyle, teria publicamente discutir a possibilidade de eventualmente debandar toda a Ordem da Muralha. É possível que a ordem tivesse acabado no Protetorado se não fosse pelo espetacular e súbito aparecimento da Arauto de Menoth em 603 DR.

A Arauto escolheu o alto paladino Dartan Vilmon como seu guardião pessoal em 604 DR e esse endosso indireto da ordem subsequentemente começou um período de ressurgência que se continua até os dias de hoje. Além disso, as adversidades enfrentadas pelos cidadãos na Guerra Caspia-Sul novamente, colocaram a Ordem no papel para o qual avia sido criada: protetores dos devotos durante tempos de necessidade. Desde a Guerra Civil Cygnarana que a Ordem não havia tido tanta visibilidade e manifestações heroicas. A Arauto continua a publicamente defender a Ordem e enquanto isso Vilmon serve como o mais brilhante e público exemplo de seu propósito e espírito nobre.

Os números da ordem dentro do Protetorado atualmente são maiores do que têm sido em gerações, e até mesmo o Hierarca Severius tem mostrado alguma tolerância para o seu papel. Independentemente disso, a influência política da ordem continua a ser mínima e sutil geralmente sentida apenas indiretamente. Embora guerreiros extremamente qualificados individualmente, paladinos são muito poucos e muito afastados do sacerdócio para ter qualquer influência significativa sobre as políticas do país e suas decisões. E embora a ordem tenha claramente a aprovação e aval da própria Arauto, ela é muito venerada pelos paladinos para se considerar peticionar ela para falar em seu favor.

A Ordem do Muro continua a ser uma organização muito respeitada entre os cidadãos comuns do Protetorado. É neste sentido que a ordem serve ao seu verdadeiro papel e aquele pelo o qual o pragmático Hierarca Severius tolera sua existência. A reputação da ordem garante um determinado valor, mesmo que apenas por suavizar a imagem do templo entre a população que de outra forma poderiam se sentir negligenciada e insignificante. A Ordem da Muralha serve o seu tradicional papel não apenas em proteger os fiéis de outras nações inflamadas, mas protegendo-os das autoridades dentro o próprio Protetorado.

Paladinos da Antiga Fé e outras Nações

Ainda sendo a mais proeminente no Protetorado de Menoth, a fé Menita ainda é praticada no resto dos Reinos de Ferro e similarmente ramos da Ordem da Muralha podem ser encontrados em cada uma destas nações sempre que esta reunir menitas. De longe, o mais importante e numeroso Capitulo de Paladinos fora do Protetorado são os membros da Antiga Fé, a maior fé Menita em Khador. Rastreando suas raízes de volta para ao antigo Hierarca Khardovic ao invés de para Golivant de Caspia, tendo os menitas da Antiga Fé largamente ignorado o chamado apresentado por Sulon que deu origem ao Protetorado de Menoth. Eles continuam a manterem-se respeitosamente distantes e separados da teocracia Sul-Menita. Independentemente das diferenças de fé, nacionalidade ou línguas faladas, todos os paladinos Menitas consideram-se como membros da antiga Ordem da Muralha. Eles reconhecem um parentesco entre eles que transcende hierarquia religiosa ou outras diferenças.

Paladinos da Antiga Fé, embora de uma etnia diferente de seus primos Sul-Menitas, ainda seguem os mesmos princípios gerais e tradições e apesar de sua interpretação do Cânone da Verdadeira Lei ser diferente, a sua adesão a ele não é menos importante para eles. Os paladinos da Antiga Fé e compreendem uma hierarquia Menita mais unida do que é encontrado em qualquer lugar exceto dentro do Protetorado, olhando para o ramo de Korsk com seu Grande Paladino como liderança.

Enquanto Paladinos da Antiga Fé todos pertencem teoricamente a uma ordem unificada, cada ramo é muitas vezes deixado para manter sua própria liderança. Mesmo assim, há paladinos no norte desolado de Khador que não têm contato regular com os seus próprios Capítulos. A maioria dos Paladinos da Antiga Fé preza inteiramente pelas necessidades dos menitas locais em sua vizinhança imediata, e esforços coordenados são extremamente raros. Um espírito paternal existe entre estes ramos, de tal modo que Paladinos viajantes podem esperar uma recepção calorosa em qualquer outro ramo. Em menor escala, isso também acontece com paladinos viajando de um país para outro, até mesmo Paladinos de diferentes origens de fés Menitas podem esperar certo grau de hospitalidade e de parentesco de seus pares.

Paladinos individuais em regiões remotas do norte podem usar seu tempo para proteger os fiéis contra uma infinidade de ameaças que se escondem nos ermos congelados. Atuando em tais funções, e impulsionados em grande parte por seu próprio entendimento dos códigos morais da ordem, estes paladinos raramente têm tempo, oportunidade ou até mesmo a inclinação para conferenciar com seus superiores ou colegas.

Organização e treinamento

Não é incomum para aqueles que se tornarão paladinos surgir a partir de históricos no qual começaram treinamento em combate marcial em uma idade extremamente precoce. Seja como filhos e filhas de nobreza ou criados em famílias de soldados, os aspirantes muitas vezes sentem-se compelidos para condicionar-se ainda quando crianças. Também não é incomum para os ramos de aceitar órfãos, recebendo aqueles que foram de outra forma indesejados, esses jovens podem começar o treinamento em armas até com seis ou sete anos de idade. Mesmo órfãos trazidos pela ordem não têm garantia da aceitação como Paladinos e devem ganhar esse direito como seria para qualquer outro aspirante.

Aceitação real na Ordem da Muralha como um iniciado geralmente ocorre apenas após os dez anos de idade, a maioria dos aspirantes nessa idade, já ganhou um forte instinto marcial e uma compreensão básica do uso da espada e escudo. Os aspirantes são selecionados e devem demonstrar um grau de resistência, força e força de vontade excepcional para a sua idade. Não é incomum para a maioria dos aspirantes ser desqualificado por falhas de caráter, ao invés de defeitos físicos. Esses jovens podem, eventualmente, encontrar aceitação em outros serviços ao templo, tais como se tornar Cavaleiros Exemplares ou integrar a Guarda Flamejante do Templo. Para aqueles aceitos em fim como iniciados, o treinamento inicial é fornecido por recrutas mais velhos que ainda não atingiram o posto de Paladino, sob a direção de Paladinos aposentados que continuam a servir a ordem através da formação de outros.

Embora seja inequivocamente uma organização marcial, a Ordem da Muralha é antes de tudo uma irmandade religiosa. Iniciados juntam-se a ordem apenas após experimentar um rigoroso ensinamento espiritual e extremamente pessoal e compreender desde o início que a aceitação como um Paladino não será fácil, poucos possuem a fé e determinação para fazer essa escolha, e menos ainda tem a força para completar a jornada.

Como iniciam seu aprendizado com o alcance de uma maior compreensão do Cânone da Verdadeira Lei e dos princípios e as tradições da ordem. Um tempo considerável é gasto lendo e estudando textos espirituais. Juntamente com isto o desenvolvimento do seu eu espiritual, inicia a cada vez que recebem instrução em primeira mão de ambos os responsáveis pela formação e ,quando a oportunidade permite, a partir de paladinos ativos. Se tornando especialistas espadachins com a idade de treze ou catorze anos, iniciados passam os últimos anos da sua formação aprimorando sua já formidável postura defensiva e aprendendo a desenhar sua fé, para atingir um nível de habilidade marcial que está além da capacidade da maioria dos homens.

Além de seus oficiais de formação a maioria dos ramos da Ordem, contam com uma equipe relativamente pequena de apoio. A maioria destes são Paladinos que se aposentaram do serviço ativo, devido à idade ou alguma lesão; No entanto, alguns são antigos iniciados que foram incapazes de alcançar a proeza marcial ou foco espiritual exigido deles e por isso escolheram servir de uma forma diferente, ao invés de abandonar a ordem. Funções do dia-a-dia são normalmente realizadas pelos próprios Paladinos, para o fim de incutir em seus membros um senso de humildade de considerar até mesmo as tarefas mais humildes, dignas de sua atenção. Paladinos Superiores e Altos Paladinos, embora sem a autoridade dos verdadeiros sacerdotes Menitas, têm o direito de realizar ritos limitados e cerimônias religiosas, ritos fúnebres e particularmente a investidura de iniciação e promoção.

Uma vez que sua formação esteja completa, iniciados limpam seus espíritos realizando uma vigília de três dias e, em seguida, devem proclamar os votos completos da ordem, que incluem seu credo principal e o código. Depois eles são formalmente acolhidos na Ordem da Muralha e lhes é concedido o posto de paladino.

Embora paladinos possam ir às batalhas em pares ou pequenos grupos, eles fazem isso como uma fraternidade de indivíduos lutando com um propósito compartilhado e não como uma unidade militar. Todos os paladinos servem sob a jurisdição de uma das ordens dos Paladinos mais antigos da ordem, que por sua vez em relatório se reporta a um Alto Paladino. Entre ramos menores não haverá função acima desta, com um único Alto Paladino liderando um ramo ou partilhando a liderança com vários colegas de igual patente. Na Ordem da Muralha no Protetorado de Menoth e nos Paladinos da Ordem da Muralha da Antiga Fé, cada um tem seu próprio Grande Paladino, que está acima dos Altos Paladinos como a única voz da autoridade.

Os Capítulos da Antiga Fé são tão vagamente associados com os outros, no entanto que o posto de Grande Paladino em Khador é em grande parte cerimonial. Dentro do Protetorado o grande paladino detém consideravelmente maior poder organizacional e poderia mais facilmente exercer o comando direto sobre seus subordinados se ele tiver a necessidade de fazê-lo. É o grande paladino que é em última análise, deve responder ao Sínodo dos Visigodosou o Hierarca e que é por tanto responsável pelas ações da ordem.

Sempre que possível, os paladinos de posição mais alta em um determinado ramo vai policiar seus próprios membros, tratar de assuntos de disciplina interna ou violações em seu código. Dentro do Protetorado, nos casos em que as ações da ordem são postos em judice por um Escrutador, esses sacerdotes podem optar por disciplinar o paladino em questão como fariam com qualquer outro cidadão. Está totalmente dentro da autoridade dos Escrutadores fazer justiça aos paladinos, mas em caso de infrações por Paladinos de alto escalão, pode haver ramificações políticas que requerem um tratamento mais delicado. Antes que um julgamento possa ser imposto a um Alto Paladino ou ao Grande Paladino, um Escrutador provavelmente iria se reportar ao Sínodo ou a um Vice Escrutador individual. O mesmo acontece para outros membros de alto escalão das várias ordens militares do Protetorado. Em alguns casos, a ordem pode tomar medidas para proteger os seus membros do julgamento, apesar de que fazê-lo é uma manobra política que seus membros seniores muitas vezes não se atrevem a fazer.

Estas considerações são, por vezes, necessárias, pois a retidão moral necessária aos Paladinos pode estar em desacordo com as decisões tomadas pelos líderes dos sacerdotes Menitas, quer dentro do Protetorado ou fora dele. Situações em que Paladinos ficam em desacordo com os líderes regionais não são incomuns e podem causar escândalo ou agitação se a intervenção dos Paladinos provocar alguma revolta emocional. Dentro do Protetorado, Paladinos se tornaram hábeis em interpretar seu código de tal forma que eles podem geralmente ajudar os cidadãos regulares sem desafiar a casta sacerdotal. Por outro lado, sacerdotes e paladinos têm um acordo tácito pelo qual sacerdotes evitam dar ordens que um paladino não pode obedecer, enquanto paladinos procuram evitar situações em que a sua intervenção violaria ditames de um sacerdote.

O Código dos Paladinos

O código básico de um paladino da Ordem da Muralha é relativamente simples. Um paladino é encarregado de:

1. Obedecer ao Criador do Homem

2. Proteger os indefesos e aliviar o sofrimento

3. Preservar a civilização e o templo

4. Apoiar a Verdadeira Lei lutando contra os infiéis

Espera-se dos Paladinos que se aprimorem em armas vivas e estejam prontos para sacrificar suas vidas para preservar seus princípios. As prioridades deste código, embora simples, em princípio, pode tornar-se complexa e de difícil interpretação na prática. Há longos textos que examinam a aplicação deste código em uma variedade de circunstâncias e tal como é interpretada em vários períodos históricos de diferentes culturas. O voto específico falado por um iniciado varia de um ramo para outro, mas sempre inclui alguma derivação destas obrigações fundamentais.

A Ordem na Atualidade

A Ordem do Muro sobreviveu por três milênios de constante mudança da sociedade Imorense, durante um terço do tempo a sua religião esteve com seu estado de influência diminuindo gradualmente. Mesmo quando a religião Menita perdeu seu status como a fé dominante entre a humanidade, a Ordem perseverou devido à singularidade inabalável de sua missão: a defesa dos fiéis Menitas. A pureza desta causa tem servido a Ordem desde o alvorecer da civilização e permitiu-lhe resistir, mesmo quando confrontados com potencial de extinção nas mãos dos ocupantes estrangeiros. Sua diminuição deve-se não a qualquer falha da própria ordem, mas sim ao estado de mudança da religião Menita e suas cruzadas cada vez mais militantes.

Em meio a uma fé agora firmemente voltada para um caminho de conquista e conversão forçada, a Ordem da Muralha e da sua mensagem de misericórdia e de proteção que parece não só fora de sincronia, mas destinada a provocar a censura. No entanto, como em outros momentos em que enfrentou obstáculos, a Ordem da Muralha não perdura pelo poder combinado de seus membros, mas preservando o papel vital que serve na sociedade Menita e o respeito que isso traz a ela entre as massas. Enquanto menitas comuns virem a Ordem da Muralha como proteção contra perigos desconhecidos, haverá sempre um lugar para o Paladino e a Muralha entre as trevas e a luz que ele simboliza.

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