Redentor

Redeemer— Khador Warjack — NQ2

Rafão Araujo
Reduto do Bucaneiro
6 min readMar 8, 2021

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Um dos mais marcantes gigantes-de-guerra que já saíram das fundições bélicas menitas, o Redentor é um terror do campo de batalha, cuja mera presença abala os nervos da maior parte dos soldados de infantaria. Durante sua curta história nos conflitos de Immoren ocidental, este monstro cuspidor de foguetes construiu sua reputação como a arma de maior alcance no arsenal do Protetorado.

Em pouquíssimo tempo, o Redentor pode disparar uma saraivada de seus foguetes, os “martelos celestes”, a uma grande distância, dizimando unidades inteiras de infantaria como cinzas ao vento, sob as explosões repletas de estilhaços. O fanatismo dos menitas é tamanho que eles chegam a investir contra uma formação inimiga, enquanto os martelos celestes assobiam e voam acima.

O número de inimigos mortos por saraivadas de foguetes do Redentor supera em muito as baixas acidentais — chamadas de “oferendas de redenção” — e apenas serve para aumentar o desejo dos menitas por mais destes gigantes. Alguns perscrutadores chegam a dizer que os martelos celestes procuram aqueles que devem ser julgados. Quando um foguete busca a carne de um fiel, isto acontece porque estava predestinado, e sua alma agora luta pelo Juiz em Urcaen.

O Redentor é baseado vagamente no mesmo chassi utilizado pelo Penitente, mas as semelhanças acabam aí. O Redentor possui algumas diferenças tecnológicas cruciais, que o tornam muito mais avançado — embora isto se deva a algumas melhorias simples. Quando os Vassalos de Menoth receberam a tarefa de forjar o projeto desta fera de artilharia, foram tomados de um golpe de gênio.

A mudança mais intrínseca e notável é o compartimento de mísseis martelos celestes, acoplado no braço esquerdo do Redentor. Protegido com blindagem contra penetração externa e reforçado com tiras de metal mais grossas do que a caldeira do gigante-de-guerra, o compartimento é formado por cinco tubos dotados de portinholas. Os tubos repousam sobre uma placa de ignição por pavio, que é superaquecida como um ferro de passar pelos exaustores de fogo interno do corpo do gigante.

Esta placa torna-se vermelha de calor muito rapidamente, acende os pavios extremamente curtos, e faz com que as portinholas sejam arremessadas para frente com o disparo dos foguetes.

Embora seja usado principalmente como um gigante-de-guerra de apoio à distância — como uma plataforma de artilharia ambulante — o Redentor também é um combatente marcial bastante capaz. Já que a maior parte da infantaria nunca chega perto o suficiente para enfrentá-lo, o Redentor é armado especificamente para defender-se contra gigantes-de-guerra leves e rápidos que possam suportar as saraivadas de martelos celestes. Utilizando uma maça de batalha reforçada com o mesmo metal empregado na armadura de gigantes-de-guerra e moldada com diversas lâminas em forma de cunha, o Redentor pode romper a espessa armadura dos outros gigantes. A maça é um equipamento pesado, feito de bronze, ferro e aço sólidos. Devido ao seu peso, a arma é chumbada na palma da mão direita do Redentor. É presa rigidamente, e não pode ser desconectada com facilidade para o uso da mão aberta.

O “nariz” pontudo da cabeça do Redentor é uma forma estranha, diferente daquela de muitos dos gigantes-de-guerra do Protetorado. Isto não é uma escolha puramente estética (ou anti-estética), já que o “rosto” pontudo e a
grossa tubulação conectora têm um propósito. A longa placa facial do Redentor é ligada ao sistema de exaustão de fogo interno e ao sistema de movimento do compartimento de foguetes. Pode ser usada para mirar a região que a próxima saraivada irá atingir. A tubulação conectora é grossa o bastante para permitir que vapor e fogo passem, mas também contém diversos cabos e alavancas que, quando postos em posição de disparo, mantêm o compartimento de foguetes alinhado com o “olhar” do gigante. É um mecanismo de mira que parece desperdiçado, utilizado em conjunto com os erráticos martelos celestes, mas pode ser empregado em armamentos mais sofisticados no futuro.

Diferente demais para ser disfarçado como um gigante de trabalho, da maneira que muitos modelos do Protetorado fizeram por tanto tempo, o Redentor só é revelado em tempos de guerra. Poucos contradizem a pureza simples deste modelo.

Cada Redentor é abençoado antes de uma batalha por um sacerdote, que roga a Menoth por pontaria infalível com sua carga mortífera.

Do ataque à Guarda Invernal em Khador à batalha contra os Cavaleiros da Espada na fronteira de Cygnar, o Redentor vem trazendo medo aos corações da infantaria. Quando a fumaça de seus foguetes escurece o céu, preces silenciosas enchem o campo de batalha. Embora não tenha sido originalmente projetado para qualquer uso além da eliminação dolorosa dos inimigos de Menoth, ele se tornou agora um instrumento de terror.

A habilidade do Redentor de quebrar as linhas de soldados tornou-se tão conhecida e temida que o Alto Perscrutador e Hierarca, Garrick Voyle, passou a vê-lo não apenas como arma, mas como uma ferramenta de guerra psicológica, para mover grupos de inimigos. Linhas de baterias de Redentores vistas abertamente — e propositalmente — em movimento por batedores inimigos podem forçar os comandantes a abandonar certas áreas ou adicionar dúzias de unidades de apoio, para compensar as baixas previstas. Estrategistas já chegaram a usar chassis desmontados ou inoperantes de Redentores com um mínimo de combustível queimando em suas fornalhas para proteger uma determinada área — instrumentos de engodo para atrair ou afastar as tropas mais vulneráveis ao real contingente menita da região. Pode ser mera questão de tempo até que o Protetorado recolha e repare estas unidades falsas, tornando-as um perigo verdadeiro.

A despeito de sua rigidez teológica, os menitas têm orgulho da sua capacidade de adaptação no campo de batalha — uma habilidade vista claramente no papel variado do Redentor.

Foguetes: Martelos Celestes

Os martelos celestes dependem de uma combinação de princípios fundamentais de aerodinâmica e uma compreensão básica de propulsão alquímica. Em efeito, um martelo celeste é um poderoso foguete explosivo com uma ogiva composta de pólvora explosiva compacta, fúria de Menoth e de uma carapaça projetada para estilhaçar-se com impacto.

Há vários métodos para se utilizar esta arma, mas aqui está detalhado o lançador de foguetes, usado por gigantes-de-guerra modelo Redentor. Estes lançadores contêm cinco martelos celestes prontos para serem disparados, e mais dez em seu interior (para um total de quinze). Eles possuem cinco escotilhas para recarga.

Até cinco martelos celestes podem ser disparados em seqüência. Depois disso, o lançador demora uma rodada para recarregar mais cinco foguetes. A recarga é feita automaticamente. Quando os quinze martelos celestes forem disparados, o lançador precisará ser desmontado e municiado.

Dados Técnicos

Chassi: Redentor (gigante-de-guerra leve)
Data Inicial de Serviço: 545 DR
Altura: 3 m
Peso: 4,3 toneladas
Velocidade Máxima: 18,5 km/h
Espessura da Armadura: placas rebitadas de 2,5 centímetros de espessura
Capacidade de Carga: 450 kg
Carga Máxima: 800 kg
Capacidade Ideal da Caldeira: 19 galões
(aproximadamente 70 litros)
Capacidade de Combustível: 70 kg de carvão
Consumo de Combustível: 5,5 horas de trabalho geral, 1,2 hora em combate
Anotações do Projetista: nenhuma.
Recomendações de Batalha: “Ergam suas vozes em canto, coros do Criador! Cantem para que Sua mão guie esta máquina! Aqueles escolhidos por Ele serão purificados em fumaça e fogo!”
— Alto Exemplar Mikael Kreoss
Comentários do Sindicato dos Trabalhadores do Vapor: “Eu nunca vou entender como aqueles crentes desgraçados conseguiram botar os exaustores de fogo interno nas placas dos foguetes, mas é um bom trabalho, e merece um elogio. Quer dizer, mereceria, se eles não estivessem sempre tentando nos matar!”
— Revanna Holbrook, caspiana especialista em caldeiras

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