Cartilha ambiental: Furacão Katrina

Projeto Reenquadro
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3 min readAug 23, 2017

Texto: Pedro Henrique Homrich

Há exatos 12 anos da formação de um dos furacões mais destrutivos já registrados, o Katrina foi um marco na discussão dos extremos climáticos ao redor do planeta. Com mais de 1.800 mortes e um prejuízo de cerca de 108 bilhões de dólares, o furacão teve sua formação no dia 23 de agosto de 2005, e em menos de três dias já devastava a região litorânea do sul dos Estados Unidos.

Dois anos após a catástrofe natural, um relatório publicado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) concluiu que há 90% de certeza de que o homem é a principal causa da alteração climática no mundo, diferente dos 61% de probabilidade divulgada no relatório anterior, em 2001. Outra análise mostrou que a temperatura média no planeta subiu cerca de 0,7ºC ao longo do século XX, e esse aquecimento vem ocorrendo de maneira mais rápida nos últimos 25 anos.

Segundo o site Esporte Essencial, a queima de combustíveis fósseis, assim como o desmatamento e outras atividades humanas, emite grandes quantidades de gases, em especial o dióxido de carbono (CO2), que são responsáveis por manter a temperatura da Terra. Entretanto, a grande quantidade de emissões de CO2 tem provocado um acúmulo do gás na atmosfera, bloqueando a saída da radiação quente para o espaço. Tal fenômeno é chamado de efeito estufa e é apontado como uma das causas do aquecimento global.

Entre as diversas consequências geradas pelo aquecimento global está a elevação na potência dos furacões, ou seja, a sua intensidade está altamente relacionada com a temperatura da superfície do mar. De acordo com o site Skeptical Science, isso sugere que um aquecimento futuro levará a um aumento no potencial de destruição dos furacões tropicais.

De acordo com o site Tecmundo, os furacões se formam de maneira semelhante às chuvas, ou seja, a partir da evaporação da água aquecida pelo Sol. Entretanto, são diferentes quanto ao seu tamanho e região em que acontecem: o ar quente que forma os furacões é natural dos oceanos próximos à Linha do Equador, por conta de suas águas quentes, que ultrapassam os 27ºC, e seus ventos tranquilos. Desta forma, o ar aquecido evapora do oceano em direção ao céu, deixando com menor pressão a região próxima à superfície do mar. Isso faz com que o ar frio ao redor daquela área, que possui maior pressão, invada o espaço recém-desocupado. Logo, o ar frio também acaba se aquecendo e, consequentemente, subindo aos céus em movimentos circulares.

Mesmo após mais de uma década do ocorrido, Nova Orleans, cidade mais atingida pelo furacão, ainda sente as marcas da catástrofe. Confira a reportagem abaixo sobre as longa reconstrução do local.

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