A geometria e a física do amor — ou como os nerds de exatas também podem amar

Bruno Oliveira
Reflexões
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4 min readAug 4, 2017

O amor é mais do que fogo que arde sem se ver, há uma série de regras matemáticas e físicas que podem nos ajudar melhor a entendê-lo: Camões poderia ser de exatas e ainda assim continuar proferindo suas odes ao amor.

Se Camões fosse realmente de humanas, seria assim que ele escreveria seus sonetos

O amor é provavelmente um dos sentimentos mais imprevisíveis, nunca sabemos onde ele vai começar e também não temos autonomia para definir quando ele vai acabar de fato. Não escolhemos as pessoas, nem sempre é recíproco, as vezes é passional, platônico, nem sempre é sexual, intimista… O amor é ao mesmo tempo revolucionário e conservador. Caberia ele em um gráfico cartesiano e sendo escrito por regras matemáticas e algébricas?

Sim, a matemática já descobriu a fórmula do amor. Mas acho que não é bem isso que vocês estejam procurando…

Sem percebemos, usamos vários conceitos de geometria em diversos momentos da nossa vida, principalmente em situações de manifestação do amor: paixão a primeira vista, relações sexuais, comportamento, relacionamentos abertos e infidelidade, poligamia, entre outros:

Alguns analistas e uns poucos pacientes como eu, acham que a matemática explica muito das relações amorosas. A geometria então, nem se fala. Prova é que muitas situações, normalmente embaraçosas, são identificadas com nomes técnicos da geometria.” — Miguel Paiva

Definitivamente, inconscientemente ou não, todos acabamos fazendo paralelos entre fenômenos do amor e formas e razões geométricas. Se até a Fangoria conseguiu, então conseguiremos também:

The zoeira never ends ;)

No final, o amor se resume a controle de espaço. Entender o seu espaço, o da outra pessoa, e por final, ir desbravando o espaço entre os dois (e aqui, além das ideias de geometria, tem diversas ideias da Física, como na música de Woodkid).

I’m ready to start the conquest of spaces expanding between you and me :O

A conquista dos espaços é a grande força que sustenta, de forma saudável, todo o amor entre as duas pessoas. O espaço reserva um canvas em branco aguardando que o casal possa escrever diferentes histórias. O amor é um grande gerador de ficções:

There is fiction in the space between you and me :O

O amor acaba sendo a força atrativa que existe neste espaço, passamos a nos comportar como moléculas e a física começa a fazer seu trabalho.

Somos todos Hadrons ❤
Se a mina entender essa cantada, já pode marcar a data do casamento ❤ Hadrons + Mesons + Bosons

Nosso amor não pode ser;
Um mero caso de triângulo amoroso;
Uma trilogia escarrada na mais pura;
E doce vingança do bem querer.

Há ainda os que achem que a matemática só atrapalha e torna tudo mais complexa. Afinal, se eu mal sei a fórmula de Bháskara, como resolverei as incógnitas da minha paixão?

Por que nem todos os amores terminam bem? Por que existe a quântica do amor (-_-)

Maldito Heisenberg que destrói o relacionamento com os meus crushes… Por isso eu gosto mais do Schrodinger, pelo menos ele tinha um gato =P

Mas no fim, todos queremos construir um verdeiro império nesse espaço deixado pelo amor, e viver juntos felizes para sempre, como reis e rainhas, não importa todo o esforço, selvagem e corajoso, que será despedido para isso.

Heavy stones fear no weather […] And from the rain, comes the river running wild that will create an empire for you, AN EMPIRE FOR TWO

Todo amor possui declarações sobre desejos e vontades, coisas que faríamos sem pensar, sempre com intuito de agradar nossa amada:

Você é feito de Copper ou Tellurium? Porque você é Cu Te !!!! — OK, não vamos falar de química por aqui

Até Romero Brito já entendeu a geometria do amor. Agora só falta você!!!

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Bruno Oliveira
Reflexões

Auditor, escritor, leitor e flanador. Mestrando em TI, tropecei na bolsa de valores. Acredito nas estrelas, não nos astros. Resenho pessoas e o tempo presente.