A geometria e a física do amor — ou como os nerds de exatas também podem amar
O amor é mais do que fogo que arde sem se ver, há uma série de regras matemáticas e físicas que podem nos ajudar melhor a entendê-lo: Camões poderia ser de exatas e ainda assim continuar proferindo suas odes ao amor.
O amor é provavelmente um dos sentimentos mais imprevisíveis, nunca sabemos onde ele vai começar e também não temos autonomia para definir quando ele vai acabar de fato. Não escolhemos as pessoas, nem sempre é recíproco, as vezes é passional, platônico, nem sempre é sexual, intimista… O amor é ao mesmo tempo revolucionário e conservador. Caberia ele em um gráfico cartesiano e sendo escrito por regras matemáticas e algébricas?
Sem percebemos, usamos vários conceitos de geometria em diversos momentos da nossa vida, principalmente em situações de manifestação do amor: paixão a primeira vista, relações sexuais, comportamento, relacionamentos abertos e infidelidade, poligamia, entre outros:
“Alguns analistas e uns poucos pacientes como eu, acham que a matemática explica muito das relações amorosas. A geometria então, nem se fala. Prova é que muitas situações, normalmente embaraçosas, são identificadas com nomes técnicos da geometria.” — Miguel Paiva
Definitivamente, inconscientemente ou não, todos acabamos fazendo paralelos entre fenômenos do amor e formas e razões geométricas. Se até a Fangoria conseguiu, então conseguiremos também:
No final, o amor se resume a controle de espaço. Entender o seu espaço, o da outra pessoa, e por final, ir desbravando o espaço entre os dois (e aqui, além das ideias de geometria, tem diversas ideias da Física, como na música de Woodkid).
A conquista dos espaços é a grande força que sustenta, de forma saudável, todo o amor entre as duas pessoas. O espaço reserva um canvas em branco aguardando que o casal possa escrever diferentes histórias. O amor é um grande gerador de ficções:
O amor acaba sendo a força atrativa que existe neste espaço, passamos a nos comportar como moléculas e a física começa a fazer seu trabalho.
Nosso amor não pode ser;
Um mero caso de triângulo amoroso;
Uma trilogia escarrada na mais pura;
E doce vingança do bem querer.
Há ainda os que achem que a matemática só atrapalha e torna tudo mais complexa. Afinal, se eu mal sei a fórmula de Bháskara, como resolverei as incógnitas da minha paixão?
Por que nem todos os amores terminam bem? Por que existe a quântica do amor (-_-)
Mas no fim, todos queremos construir um verdeiro império nesse espaço deixado pelo amor, e viver juntos felizes para sempre, como reis e rainhas, não importa todo o esforço, selvagem e corajoso, que será despedido para isso.
Todo amor possui declarações sobre desejos e vontades, coisas que faríamos sem pensar, sempre com intuito de agradar nossa amada:
Você é feito de Copper ou Tellurium? Porque você é Cu Te !!!! — OK, não vamos falar de química por aqui