Está tudo bem em ser introvertido

Bruno Oliveira
Reflexões
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3 min readFeb 22, 2020

<o texto abaixo foi extraído da íntegra dos posts da clínica de saúde mental Oriente — que faz um trabalho muito bom de divulgação científica e do trabalho do psicólogo. O intuito é compartilhar algumas informações que estão por lá nesse espaço e ajudar as pessoas a se entenderem melhor — e que está tudo bem em ser diferente de algumas outras pessoas, e existe explicação para isso>

De acordo com as pesquisas de Marti Olsen Laney, os introvertidos têm uma via neural mais longa para processar estímulos. As informações são executadas através de um caminho que está associado com a memória de longo prazo e planejamento. Em outras palavras, é mais complicado para os introvertidos processar interações e eventos. Enquanto processam a informação, os introvertidos estão atendendo com cuidado a seus pensamentos e sentimentos internos ao mesmo tempo.

De acordo com estudos do psicólogo Hans Eysenck, os introvertidos exigem menos estímulo do mundo para estarem despertos e alertas do que os extrovertidos. Isso significa que os introvertidos podem se sentir sobrecarregados com uma quantidade de estímulos grande.

Os cérebros dos introvertidos não são tão fortemente recompensados ​​por apostar ou correr riscos como os cérebros dos extrovertidos. O sistema de recompensa e prazer do cérebro é ativado por neurotransmissores de dopamina. Os cientistas descobriram que os cérebros dos extrovertidos responderam com mais prazer aos resultados de jogos de aposta. Em outras palavras, os introvertidos sentem menos prazer com emoções de surpresa ou risco.

Enquanto os introvertidos estão pensando, usam mais a memória de longo prazo para encontrar informações. Um introvertido muitas vezes compara experiências antigas e novas ao tomar uma decisão, o que retarda o processamento, mas leva a decisões cuidadosamente pensadas. Isso significa que os introvertidos têm um diálogo ativo com eles mesmos e geralmente andam com muitos pensamentos em suas mentes.

O cérebro do introvertido trata as interações com pessoas no mesmo nível de intensidade que trata os encontros com objetos inanimados. Os introvertidos processam tudo em seu entorno e prestam atenção a todos os detalhes sensoriais no ambiente, não apenas às pessoas.

O outro lado da sensibilidade dos introvertidos para a dopamina é que eles precisam de menos para se sentirem felizes. Os cérebros dos extrovertidos funcionam com um sistema nervoso que tende a gastar mais energia, enquanto os cérebros dos introvertidos funcionam com um sistema nervoso que tende a conservar energia. É por isso que os introvertidos se sentem satisfeitos e energizados ao ler um livro, pensando profundamente ou mergulhando em seu rico mundo interior de idéias.

Espero que este texto ajudem vocês a se entenderem melhor — como introvertidos ou extrovertidos. Não deixem de curtir a página dos caras no Facebook.

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Bruno Oliveira
Reflexões

Auditor, escritor, leitor e flanador. Mestrando em TI, tropecei na bolsa de valores. Acredito nas estrelas, não nos astros. Resenho pessoas e o tempo presente.