Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens

Osvaldo Zavadniak Filho
Reformados
Published in
3 min readMay 13, 2016

Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. 1 Coríntios 1:23,24

O conteúdo pregado era loucura aos olhos dos homens sábios segundo o mundo. Nossa vida através de alguém que morreu, nosso ser abençoado por alguém que foi feito maldição, nosso ser justificado por alguém que foi condenado por si mesmo, era tudo tolice e inconsistência aos homens cegados por sua opinião própria e unidos a seus próprios preconceitos e descobertas orgu­lhosas de sua razão e filosofia.

O modo de pregar o evangelho também era tolice para eles. Nenhum dos homens famosos pela sabedoria ou eloquência foram empregados para implantar a igreja ou propagar o evangelho. Uns poucos pescadores foram chamados e enviados com esta missão. Esses foram co­missionados para discipularem as nações; esses vasos es­colhidos para carregar o tesouro do conhecimento salvador ao mundo. A primeira vista, neles não havia nada que parecesse grande ou elevado o suficiente para vir de Deus, e os orgulhosos pretendentes à erudição e à sabe­doria desprezavam a doutrina por causa daqueles que dispensavam. E ainda “a loucura de Deus é mais sábia do que os homens” (v. 25). Aqueles métodos da conduta divina, que homens presunçosos estão dispostos a censu­rar como insensata e fraca, têm mais sabedoria bem-su­cedida, sólida e verdadeira do que toda a erudição e sabe­doria que estão entre os homens: porque vede, irmãos, a vossa vocação; que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados (v. 26). Vocês vêem a condição do cristi­anismo; poucos homens eruditos, ou autoridades, ou de nobre procedência, são chamados. Há uma grande quan­tidade de insignificância e fraqueza na aparência exterior de nossa religião. Pois: (1) Poucos personagens distintos em qualquer desses casos foram escolhidos para o traba­lho do ministério. Deus não escolheu filósofos, nem ora­dores, nem estadistas, nem homens prósperos, podero­sos e de interesse no mundo, para publicar o evangelho da graça e da paz. Não os homens sábios segundo a carne, embora homens estivessem dispostos a pensar que uma reputação de sabedoria e erudição poderia ter contribuí­do muito para o sucesso do evangelho. Não o poderoso e nobre, embora homens estivessem dispostos a imaginar que pompa secular e poder seriam os meios para sua acei­tação no mundo. Mas Deus não vê como o homem vê. Ele tem escolhido as coisas loucas do mundo, as coisas fracas do mundo, as coisas comuns e desprezíveis do mundo, ho­mens de vil nascimento, de classe baixa, sem ampla educação, para serem os pregadores do evangelho e implantadores da igreja. Seus pensamentos não são como os nossos pensamentos, nem seus caminhos como os nossos caminhos.

Ele é um juiz melhor que nós acerca de quais ins­trumentos e medidas servirão aos propósitos de sua glória.

(2) Poucos da classe distinta foram chamados para ser cristãos. Como os pregadores eram pobres e miseráveis, assim geralmente eram os convertidos. Poucos sábios, poderosos e nobres abraçaram a doutrina da cruz. Os primeiros cris­tãos, entre os judeus e os gregos, eram fracos, simples e h­umildes, homens de capacitação desprezível em relação aos seus aperfeiçoamentos mentais, e de grau e condição muito desprezíveis em relação ao seu estado exterior; e ainda as­sim, que descobertas gloriosas não há da sabedoria divina em todo o esquema do evangelho e, nessas circunstâncias particulares, de seu sucesso!

Extraído do Comentário Bíblico de Mathew Henry NT (Mundo Cristão)/06 Matthew Henry — Atos a Apocalipse (I Coríntios 1)

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