PROCESSO CRIATIVO NA MODA

Renan Serrano
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13 min readJul 16, 2019

TÉCNICAS DE INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO AUTORAL

Índice

  • Resumo
  • Introdução
  • Desmistificando crenças
  • Criação autoral
  • Formatação visual
  • Processo criativo na moda
  • Estilistas e seus processos
  • Referências bibliográficas

Resumo

A busca por uma criação autoral é a inspiração; desvinculando crenças populares sobre as técnicas em uma exploração interior, exteriorizamos os significados ligados diretamente ao criador em uma maneira de direcionar os caminhos a percorrer.

Nas trilhas obscuras da criação é essencial que haja um domínio da formatação visual perante o inconsciente pessoal e coletivo; compreender como nosso corpo digere as energias ao nosso redor e controla seu fluxo de informações em vias de se produzir. Neste tempo hipermoderno onde os desfile de moda ficam cada dia mais óbvios e sem novidade, devemos perceber a sensibilidade do criador da maneira como seu cérebro formula as interrelações dentro de um conjunto e pontua elas a fim de completar seu todo.

Palavras-chave: criação autoral, design de moda, sensibilidade estética, formatação visual, inconsciente

Introdução

A busca do autor por seu auto conhecimento é o ponto de partida e inspiração. Este tema consiste inicialmente em desvincular as crenças que possuímos no âmbito geral da moda, elas que por muitas vezes (inconsciente) nos faz pensar que para um estilista ser bom é necessário que ele possua um sexto sentido ou um dom para criação.

Esses adjetivos na verdade demonstram que o criador está ligado diretamente com a sua criação, conhecendo todas as partes que a envolvem, organizado por métodos e técnicas pessoais, ou seja, este dom nada mais é que maneiras desenvolvidas por ele que o direciona na escolha de quais caminhos ele deve seguir. Nas trilhas obscuras da criação, quem domina o processo autoral se destaca perante a massa de profissionais. Ter como objetivos desenvolver sua metodologia de trabalho (que pode levar anos) e dominar o inconsciente pessoal e coletivo através de formatações visuais fornecem segurança ao criador não só para apresentar seu trabalho publicamente mas para se tornar um vetor da transformação na indústria da moda global. O estilista ao conhecer seu interior compreende como seu corpo absorve as energias ao seu redor e transforma-as em inspiração, ele controla seu fluxo de atividades em uma espécie de filtro (quase que instintivo) que seleciona o que descartar e o que produzir.

Uma das funções de um criador consiste em distinguir e assimilar as formas e caminhos que o atraem com coerência e sensibilidade. Para julgar uma criação como autoral devemos compreender o que isso nos diz respeito nos dias de hoje, qual a sua relevância para a sociedade (que está além do ego do vestir e se diferenciar) considerando inevitavelmente que os desfiles de moda estão cada vez mais previsíveis e sem inovação incremental para o ecossistema. Podemos resumir a criação como a maneira que desenvolvemos a formatação visual da forma; perceber como nosso cérebro forma as inter relações delas dentro de um conjunto e compreender seu todo através de uma pontuação onde nada falte e nada lhe é demais (OSTROWER, 1995).

Esta pesquisa oferece respostas claras e objetivas que não envolve unicamente o universo teórico das artes visuais, mas também de práticas profissionais na área da moda. Serviu como base para o autor desenvolver sua metodologia de criação e se tornar o representante da moda de vanguarda brasileira (VICE, 2017) e passou a servir como um arquivo não só para suas consultas futuras mas também para consultas públicas servindo como apoio para futuros estilistas.

Desmistificando crenças

Cada ato nosso transparece a projeção de nossa ordem interior, que nos orienta através de medos, expectativas e desejos íntimos (OSTROWER, 1977). No campo da criação, sempre nos indagamos por onde começar, quais caminhos seguir, se isto ou aquilo que estamos desenvolvendo possui contexto e coerência com a contemporaneidade. Todo ser humano possui intuições, alguns dizem sexto sentido e outros dizem dom de criar, nosso intuito é desvendar meios de desmistificar essas crenças através da criação consciente. Podemos considerar que a consciência não é algo acabado ou definitivo, ela transforma-se em um desenvolvimento dinâmico de percepções, ou seja, nosso corpo reconhece os estímulos do ambiente ao nosso redor e reage a eles em forma de impulsos, ao percebermos que isto está ocorrendo devemos analisar o nível da troca de energias. A reação é uma abertura facilitadora para experimentações, ao sentirmos ela, podemos criar variantes e opções imagéticas antes de realizá-lo materialmente. Dessa forma as energias serão potencializadas através da nossa capacidade de associação.

A capacidade de associar objetos e eventos é poder manipulá-los mentalmente sem precisar de sua presença física, em busca de uma forma que converta a expressão subjetiva em comunicação objetivada (OSTROWER, 1977). Neste ato de expressão devemos nos focar em equalizar as nossas energias ao longo de todo o processo, através de um cronograma podemos controlar o fluxo das atividades em uma visão geral do projeto e seu andamento a fim de não descarregá-la de uma só vez, pois enfraquece seu desenvolvimento já que chega a exaustão da criação precipitadamente, impossibilitando alcançar os objetivos. Desenvolver um método de criação é controlar a intensidade de como as formas nos afetam, nos propondo e impelindo o que fazer (OSTROWER, 1977).

O método de projeto estrutura as associações que todos desenvolvem e as traduz do inconsciente para o consciente, é uma análise de matérias e melhorias, das funções, um conhecimento da realidade de cada elemento que o cerca, qual é a sua história, que mensagem nos passa e qual é ou foi seu significado perante a sociedade. Nossos conceitos de fundamentos são modificados e reordenados ao momento que encontramos valores objetivos que trazem melhorias ao processo; seu desenvolvimento estimula a descobrir novos campos e detalhes que facilitarão nosso futuro profissional (MUNARI, 2008).

Compreender como funciona e quais seus potenciais nos estimula a pensar em que isto ou aquilo poderia ser, se poderíamos utilizá-lo como tal ou transformando-o em outra forma mediante cortes adequados. Uma pessoa habituada a ver e transformar as coisas torna-se criativa e nunca se cansa (EDWARD DE BONO, APUD MUNARI, 2008). Conhecer cada uma das partes do projeto em uma espécie de ficha técnica nos possibilita decidir quais partes que compõem o conjunto adaptam-se melhor entre si, produzindo uma seleção adequada e uma montagem coerente. Ao desenvolver uma família de produtos devemos considerar as coerências formais das partes e do todo, das partes que formam o objeto e dos objetos que formam o conjunto (MUNARI, 2008).

Perder o foco em um processo criativo é muito fácil, quando estamos desenvolvendo algo caminhos são abertos livres para serem percorridos, por isso a necessidade de muitos estilistas em seguir um tema para que num vacilo não os deixem percorrer por outros, que, não é nosso caso. A essência de uma criação está em distinguir e assimilar esses caminhos trilhando e explorando todos em simultâneo, colhendo frutos que encontramos neles e com coerência preparamos uma salada de frutas com autoralidade. Sua preparação deve seguir alguns conceitos que são discutidos a seguir.

Criação autoral

O desenvolvimento de peças singulares na caótica do nosso universo se dá através da evolução de formas preexistentes, manipulando as informações, substituindo e reorganizando-as (BOURRIAUD, 2009). Hoje em dia é muito difícil criar algo novo, o que vemos e o que muitos julgam criação na verdade é um manejo adequado de formas existentes. Uma espécie de gastronomia onde por mais que os seres humanos já conheçam todos os alimentos que a Terra pode lhes oferecer, sempre interessam-se por aqueles chefes de cozinha que trabalham com elas de formas inovadoras.

“O tempo humano consiste em reelaborar objetivos, improvisar soluções, em reinterpretar a atualidade passada que continua a nos comprometer” (LÉVY; PIERRE, 1998, p.72, grifo nosso).

Voltando ao nosso universo, marcas como Chanel e Lacoste inspiravam-se em verdadeiros estilos de vidas, porém hoje nos parece que todos já foram explorados, e mais do que isso, percebemos que os desfiles de moda ficam óbvios e sem novidade à perspectiva da criação autoral. Criação é uma sensibilidade que retira o possível de seu limbo e o traz a existência, devemos nos focar no que realmente nos motiva, olhar para o nosso passado interior e perceber que há uma linha de raciocínio, nela desenterrar tudo o que o tempo escondeu, tudo o que ele nos fez esquecer (LÉVY, 1998).

Criar nossa própria zona de descobrimento em um espaço que possibilite emanar nosso sentimento de liberdade, um laboratório do corpo contemporâneo, um espaçø que nos separa da realidade e que nos desligue da temporalidade do relógio (DELEUZE, 2008; BOURRIAUD, 2009; LÉVY, 1998). Libertando a criação pura e instintiva, absorvendo valores estéticos e concebendo novas formas; uma espécie de articulação entre formas ocultas e matérias adormecidas (LÉVY, 1998).

Para Lévy a capacidade de triagem é essencial para uma realização, esta deve ser feita como os animais fazem com suas presas que, após caçadas destinam-as a serem devoradas, incorporadas e reabsorvidas. Agora na forma de um objeto, nós inscrevemos nele uma ação, uma contribuição, um impulso e uma energia; realização que é considerada como um nutrir a matéria à forma preexistente, uma espécie de programação manipulando as formas já criadas (LÉVY, 1998; BOURRIAUD, 2009). Formas desdobram-se, por parte, permanece elas, por outra, são vetores de novas. O si e o outro formam um loop como um processo de renovação, um ato de nascer e renascer, sem cessar, um constante estado nascente (LÉVY, 1998).

Tanto para Lévy quanto para Ostrower o criar é um estado cíclico que se renova a qualquer momento, basta encontrar uma direção que nos encaminhe para o destino novo incoerente ao que estávamos desenvolvendo até o momento. Um caminho que não possibilite adicionarmos ao atual e que nos inspire a alterar sua totalidade. Buscar um processo criativo é desbravar campos pessoais inexplorados, explorar formas onde o maior prazer é criar, basta que haja sensibilidade para envolver o espectador (DELEUZE, 2008). No processo de criação além do estudo dos conceitos, métodos e sua essencialidade, é necessário que haja uma educação visual, compreender a vivência da experiência estética na organização das formas visuais.

Formatação visual

A organização visual é desenvolvida a partir de conceitos de ordem, equilíbrio, harmonia visual e seus alicerces, que após compreendidos tornam-se parte da nossa natureza, interpretando e manifestando-se sobre os objetos (GOMES FILHO, 2008). Compreender a relação entre a educação visual e o mundo material a nossa volta é raciocinar de forma independente, livre de preconceitos e modismos condicionantes da nossa sensibilidade de observação. Ao absorver esta prática de maneira natural fazemos melhor uso dos nossos talentos de forma consistente e organizada ao processo de criação. Iniciando na pregnância da forma, na formação de imagens com fatores de equilíbrio e harmonia visual, que por sua vez são consideradas uma necessidade indispensável para o ser humano (GOMES FILHO, 2008). O importante é perceber o todo como um resultado de relações, deixando de lado a preocupação cultural e ir em busca de uma ordem dentro dele, onde seu padrão de organização origina-se nas bases discutidas até o momento.

O todo é um resultante das interrelações entre as partes de um conteúdo, ele é uma integração que faz surgir novas qualidades ao ponto que adicionamos significados as suas formas, através da posição que elas ocupam em conjunto às outras presentes (WERTHEIMER; MAX, Apud OSTROWER, 1995). É de praxe para um artista plástico, por exemplo, começar e recomeçar sua obra por diversas vezes pois não conhece os detalhes do caminho que percorre, alterando o caráter global da composição a cada manejo da forma; ele não consegue prever o momento final de sua obra. Na visualidade de uma coleção de moda ela passa pelos mesmos processos, a pontuação de uma coleção deve encontrar um equilíbrio onde nada falta e nada é demais. Este estado só pode ser alcançado através de uma série de desequilíbrio e reequilíbrios imprevisíveis. No final tudo será contra balanceado, transformando-as interdependentes e significativas, necessárias a sua forma expressiva (OSTROWER, 1995).

Ao desenvolver um lineup de roupas elas devem possuir uma relação de necessidade além da beleza, uma necessidade que diz respeito a estrutura das linhas invisíveis que compõem todas as roupas juntas, uma espécie de aramado (wireframe) com a pulsação do criador. Pensar não apenas em possibilidades de organização mas pelo no motivo pelo qual tal roupa está lá, se existe uma necessidade real para que com ela as outras se completem. A tendência básica do ser humano é relacionar formas irregulares à formas da natureza, determinadas formas ideais geométricas são modelos mentais que nos orientam e facilitam a compreensão de sua estrutura (OSTROWER, 1995). Devemos discutir moda não só nos campos artísticos e teóricos, mas na área que diz respeito a ela, com nome de peso que apoiam-se na mesma base de processo criativo, porém adaptadas a este universo.

O processo criativo na moda

O teórico Peter Stalybrass em seu processo com a roupa busca encontrar nela quem a habitou através de sensibilidades dotadas por todos como tato e olfato. Já Rosane Preciosa busca quem poderá habitar esta roupa através de seus potenciais visando o que pode ser num futuro. Ao trabalhar com criação de moda nós podemos seguir diversos caminhos para sua realização, seja através da escolha de um tema, da identificação de um público alvo, na adaptação de estilos de vida, porém nosso foco está em trabalhar com fatores desconhecidos, obscuros e indeterminados.

Analisar as potencialidades das formas em seu contexto de coleção é visa uma busca que não caia no já visto, criar é mais do que mesclar, é ousar aplicando o que se interior tem a manifestar. Não deixar que o belo apresentado por outros estilistas influenciem na composição das formas (mesmo que de maneira inconsciente), devemos controlar para manter as características autorais. Podemos fazer uma breve associação com a moda comprando-a com a diferença entre um arquivista e um cartógrafo, enquanto o primeiro busca o que não somos mais o outro sai a campo, busca um devir das formas que o inspiram em vias de se produzir (DELEUZE; GILLES, Apud PRECIOSA, 2005).

Para sair do trabalho costumeiro de um arquivista devemos seguir nossa trajetória desenvolvendo uma biografia verdadeira que transforma objetos em roupas, constituindo seres e peles que sobrepõe-se às nossas dando um novo sentido. Quando um estilista estabiliza sua identidade, ele passa a servir como inspiração para diversos investidores, por exemplo, Pierre Cardin no auge da sua carreira nos anos 70, possuía mais de 800 licenciamentos, dentre eles uma lata de sardinha com sua marca (JENKYN, 2005).

Estilistas e seus processos

É tendência natural de qualquer profissional de moda é envolver-se ao longo do tempo com suas criações passadas, melhorar e investir em técnicas apresentadas em desfile anteriores (da sua própria carreira). Ao desenvolver sua trajetória, cria-se uma identidade pessoal com elementos que voltam com novas interpretações, conceitos e simbologias (HERCHCOVITCH, 2007).

A moda parece ser uma negação ao tema anterior apresentado, mas não é, constata-se que isto na verdade é apenas do que diz respeito ao desfile, a identidade do estilista se mantém e com o tempo evolui em uma mutação bem mais lenta do que uma simples troca de estação. Em uma entrevista do stylist e professor Márcio Banfi com o estilista Alexandre Herchcovitch, ele questiona se o tema da coleção vem antes ou depois, a resposta foi a seguinte:

Acho que depois de fazer tantas coleções não dá pra não trabalhar com tema porque ele ajuda a gente a falar a mesma coisa de outra forma, com outras palavras. Então continuo falando do que gosto, do que sei fazer, da minha marca e etc… Só que com outra embalagem — o tema novo. (HERCHCOVITCH; ALEXANDRE, entrevistado por MÁRCIO BANFI, VICE MAGAZINE, 2010, grifo nosso).

Moda é sobrepor novos códigos da cultura atual, a roupa é uma mensagem decifrada pelas tribos contemporâneas. Herchcovitch nos deixa claro que seu processo é um composto de todos que acompanhamos nos capítulos anteriores, com uma técnica que envolve retratar os destaques de sua última coleção e investir neles, transformando-os em uma nova imagem de moda que é atribuída através do tema e informações novas que são absorvidas pela sua sensibilidade estética (conforme discutido anteriormente).

Buscar em seu próprio passado detalhes que fortalecem seu estilo é uma técnica também utilizada por John Galliano para reforçar a própria identidade. Ao desenvolver uma coleção, não se pensa exatamente em uma história fechada, na verdade a inspiração pode partir de algum pintor ou personagem intrínseco no criador e em sua equipe de trabalho, com Galliano a necessidade de ter uma equipe ao seu lado é essencial. Normalmente no trânsito da cidade, naquelas horas que nos parecem ser desperdiçadas, na verdade é um momento de reflexão e compartilhamento que pode ser feito através de um celular que possibilita uma discussão para o desenrolar de uma história (MCDOWELL, 1997).

Hoje com a tecnologia dos celulares podemos utilizar o gravador de voz ou seu sistema de anotação para possibilitar uma análise posterior dos pontos de vista e uma evolução construtiva. Devemos possuir um claro roteiro das atividades e segui-lo à risca, considerando em primeiro lugar o conceito e ao longo do desenvolvimento, devemos ser cautelosos para que não ocorram passagens bruscas de uma coleção para outra. Com uma cabeça de editor devemos analisá-la e criticá-la sem piedade, por mais que pareça cruel, na maioria das vezes é preciso eliminar peças onde que por mais que nos tragam algum significado (quando isoladas), não estruturam-se com o resto da coleção. Montar informações visuais em um painel e dispô-las em manequins facilita a compreender suas famílias de formas. Além disso, devemos aceitar o olhar de fora como uma maneira de:

“Receber umas pauladas bem dadas, sempre necessárias (HERCHCOVITCH, 2007)”

Galliano possui o conhecimento para a construção da roupa porém seu forte é a criação, deixando esta atividade de construir por conta da sua equipe, ele acompanha o desenvolvimento e contesta as maneiras do fazer (MCDOWELL, 1997). Compreendemos com isso que é possível que um estilista não tenha a necessidade de cortar e costurar sua roupa, mas é essencial que ele acompanhe de perto todas as minuciosidades do processo, que além de enriquecer seu repertório, direciona o caminhar da coleção e possibilida inspirar-se no processo de evolução de uma roupa para criar outra com algum detalhe de um possível erro intrigante.

Referências bibliográficas

OSTROWER, Fayga. Criatividade processos de criação. Rio de Janeiro: Imago, 1997.

MUNARI, Bruno. Das coisas nascem coisas. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

LÉVY, Pierre. O que é virtual. 3. ed. São Paulo: Editora 34, 1998.

BOURRIAUD, Nicolas. Pós-produção: como a arte reprograma o mundo contemporâneo. São Paulo: Martins Fontes, 2009).

DELEUZE, Gilles. Conversações. São Paulo: Editora 34, 2008.

GOMES FILHO, João. Gestalt do objeto. 8. ed. São Paulo: Escrituras, 2008.

HERCHCOVITCH, Alexandre. Carta a um jovem estilista. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007)

MCDOWELL, Colin. Galliano. London: Weidenfeld e Nicolson, 1997.

JONES, Sue Jenkyn. Fashion Design. 1. ed. São Paulo: Cosac & Naify, 2005.

BANFI, Marcio. ALEXANDRE HERCHCOVITCH. Vice Magazine, São Paulo, p. 1–5. 2010. Disponível em: https://www.vice.com/pt_br/article/8q4ayv/alexandre-herchcovitch-v2n3. Acesso em: 23 set. 2010.

VICE Magazine, São Paulo, 2017. Disponível em: https://www.vice.com/pt_br/partners/fresh-made-br-2/moda-alem-do-senso-comum-e-sem-formas-limitadoras. Acesso em: 15 jul. 2019.

Esta pesquisa foi publicada originalmente em 2010 como trabalho de conclusão de curso na graduação em desenho de moda da Faculdade Santa Marcelina.

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