Desenvolvedor Mobile: Front-End? Back-End? Full Stack?

Entenda os termos e veja aonde você se encaixa agora mesmo

Published in

Renan Teles

4 min readJan 9, 2017

Quando iniciei no mundo mobile e comecei a pesquisar sobre o assunto, fui bombardeado com termos que definiam os programadores. No início, pouco me interessava pois meu foco era aprender Android o mais rápido possível e assim, não dei muita bola se eu queria ser um desenvolvedor Front-End, Back-End ou Full Stack. Aliás, nem sabia o que significavam.

O tempo passou e comecei a ver que eu gostava muito de desenvolver a parte das interfaces dos aplicativos, gostava de entender a usabilidade e o design do sistema e de programar nessa camada que o usuário enxerga. Certo dia me falaram: Você vai querer é ser um desenvolvedor Front-End.

Pois bem, comecei a pesquisar sobre os temas, e abaixo, irei colocar o que aprendi sobre cada um e qual resolvi me tornar.

1. Desenvolvedor Front-End

Sabe toda a interface daquele aplicativo que você gosta? Pois bem, este é o cara que fez ela.

Este tipo de desenvolvedor mobile é o que irá lidar diretamente com o aplicativo. No geral, ele é o que está na frente do XCode ou do Android Studio desenvolvendo o app. Ele cria toda a interface (telas do aplicativo), toda a lógica de alto nível do aplicativo como login, persistência de dados local, faz acesso aos endpoints que o webservice provê e mostra tudo ao usuário.

Ou seja, este é o profissional que está literalmente programando o aplicativo e chamamos de camada cliente toda essa estrutura que ele está envolvido.

2. Desenvolvedor Back-End

Este é o profissional que trabalha na parte que o usuário não vê (se me permitem falar assim).

Toda a estrutura de banco de dados relacional (ou não), regras de negócio da aplicação, criação de webservices e integração com servidor faz parte do cotidiano deste tipo de programador.

As linguagens deste tipo de programador podem ser das mais variadas possíveis como: JavaScript, C#, PHP, JAVA, Ruby etc.

Em geral, os aplicativos precisam consultar endpoints e consumir dados. E é o desenvolvedor back-end que irá criar essa estrutura que cuspirá os dados para o aplicativo mostrar. Todavia, este tipo de conceito também é aplicável não só para aplicativos, mas como páginas web e softwares gerais. Assim, este profissional não necessariamente precisa entender de programação mobile para trabalhar em uma equipe de desenvolvimento de aplicativos.

3. Desenvolvedor Full Stack

De uma maneira simples, o desenvolvedor Full Stack é o cara que possui ambas as habilidades 1 e 2.

Ele é um profissional que tem conhecimento suficiente para criar tanto a estrutura do back-end como também criar a aplicação mobile.

Afinal, qual devo ser?

Depois de um tempo desenvolvendo apenas front-end, eu percebi que saber a parte de back-end também seria importante. Principalmente por duas razões: Eu poderia dar manutenção ou criar a parte de back-end para aplicativos da minha empresa, e principalmente, eu queria saber fechar o ciclo. Eu queria ter domínio de como fazer a aplicação em todas principais etapas de um aplicativo mobile e foi por isso que escolhi ser um desenvolvedor Full Stack, mesmo front-end sendo a área da programação que eu realmente mais gosto.

Trabalhando como gerente de projeto e desenvolvedor há mais de 2 anos na área, percebo nitidamente um mercado para todo mundo. Obviamente, o desenvolvedor Full Stack pode vir eventualmente a conseguir pegar projetos sozinhos e consequentemente ganhar mais, mas isso não exclui ninguém no mercado.

O que acontece é que você não precisa ser o melhor programador do mundo Full Stack. As empresas buscam hoje pessoas que sejam versáteis, que saibam resolver variados tipos de problemas e em variadas linguagens, mas com certeza, se ela tiver um problema muito específico, pagará por uma consultoria de um especialista.

Logo, acredito que você deve ser o programador que você mais gosta e tem facilidade de ser. De nada adianta saber inúmeras linguagens e acabar trabalhando com a linguagem ou área que você não gosta tanto. Busque aquilo que te satisfaz como profissional. O resto será consequência do seu esforço e comprometimento.