Prática # 1 Ancestralidade

Renata Carvalho Koldewijn
O Poder do Feminino
4 min readMay 11, 2020

--

Saiba mais sobre o Poder do Feminino aqui .

Carta Mãe

No baralho O Poder do Feminino , existem cinco categorias de desenvolvimento pessoal e uma Carta Mãe . Ela é única e cheia de significados que trazem ao jogo uma ancoragem nas raízes de nossas ancestrais.

Por que isso é importante?

Porque é honrando os nossos antepassados que damos o primeiro passo para tomarmos a vida em nossas próprias mãos. É honrando e perdoando os que vieram antes de nós que somos capazes de deixar fluir a abundância e a felicidade em nossos caminhos.

Segundo Bert Hellinger, criador da teoria das Constelações Familiares, o sistema familiar conecta todos os membros de nossa família através de um campo energético. Assim, entre todas as partes existem trocas de energia, mesmo entre os falecidos e aqueles que foram afastados e excluídos da família.

Quando deixamos que cada membro familiar esteja em seu devido lugar nesse sistema e ao mesmo tempo buscamos amar e perdoar os nossos pais e os que vieram antes deles, contribuímos para o equilíbrio desse sistema e o nosso.

Como a carta da ancestralidade contribui para o nosso desenvolvimento pessoal?

Essa carta vem nos chamar atenção para os padrões familiares que muitas vezes vivenciamos. Já percebeu como em sua família existem situações que parecem uma maldição que perpassa gerações? Seja doença, comportamento, separação, tragédia ou medo, continuam ali desafiando os que compõem o sistema.

A Carta da Ancestralidade nos ajuda a olhar para esses padrões e entender que os antepassados influenciam diretamente o biológico, o espiritual e o emocional que somos. E só acolhendo e abraçando esses padrões que seremos capazes de entende-los e mobiliza-los para os lugares que eles pertencem sem que nos prejudiquem.

Pergunta motivadora para o primeiro passo

Como você poderia atravessar uma situação familiar pela honra aos seus ancestrais? Essa é uma pergunta chave para iniciar o processo de perdão, amor e cura.

Prática da cura

Peça a alguém que você confia para te ajudar com esse exercício. A pessoa lê enquanto você se ocupa apenas de deixar fluir a prática e as visualizações.

1. Conecte-se com o silêncio e a calmaria, no lugar que você quiser e da maneira que seu corpo melhor souber se conectar e relaxar. É preciso conforto e paz para sentir os que vieram antes de você.

2. Feche os olhos, respire conscientemente por três vezes (pausa). Você vai trazer a memória que tem dos seus pais sem julgamentos ou críticas. Comece pela memória da sua mãe, aquela que você reconhece como mãe, por meio do afeto que você lembrar. Agradeça um gesto que ela já fez por você, pode ser um gesto simples como te trazer um chá ou um remédio quando você precisou.

3. Lentamente, traga ou reforce a memória da sua mãe biológica mesmo que você não a conheça. Imagine como seriam os olhos dela, o cabelo, a voz… o que ela te diria? Pense nos momentos em que você se sentiu muito triste por não tê-la por perto. Sinta cada frustração, rejeição, falta de amor e respire profundamente. A cada vez que respirar lembre-se de se conectar com o perdão. Respire…

4. Diga em voz alta: Eu te perdoo pelos sentimentos que eu cultivei dentro de mim, e reconheço que você não tinha recursos internos para ser uma mãe melhor. Eu te perdoo, fique em paz. Diga também: Eu me liberto de cada laço negativo, da raiva, rejeição, culpa, negação, fracasso, tristeza ou pessimismo que herdei dos meus antepassados, desde os que conheci até os primeiros que vieram bem antes deles. Aqueles que viveram há muitos anos, décadas e centenas de anos atrás e que influenciaram de alguma maneira a minha vida. Esses sentimentos não são meus e eu me liberto. Permito que sejam diluídos no esquecimento e no Universo.

Repita o processo com o pai afetivo e com o pai biológico se você tiver sido criado por outro homem. Também com alguém da sua família que veio antes de você e precisa ainda perdoar.

Eu perdoo a todos os meus entes, desde a minha mãe que se chama (…) e meu pai que é o (…), minhas e meus avós e todos os que vieram antes deles.

Eu me reconecto com toda a minha história, com todos os meus ancestrais. Eu aceito e honro a história de cada um deles, o legado que eles deixaram , por mais simples que pudessem ser.

Eu decreto que não sou mais uma vítima da minha vida. Aceito a responsabilidade que me foi dada e sei que posso sempre fazer escolhas, mesmo não sendo capaz de decidir todas as circunstâncias, sempre posso escolher como responder a todos os eventos da minha vida. Eu declaro isso agora e para sempre.

5. Agora se veja no alto de uma montanha ou prédio. Você está em paz lá em cima e quando você olha para baixo à sua esquerda estão todos os que vieram antes de você. Eles olham com ternura para você. Curve a sua cabeça levemente e agradeça a eles.

Então você olha para a sua direita lá embaixo e vê todas as pessoas que você não conhece e que vão vir depois de você. Podem ser filhos, netos, bisnetos ou sobrinhos, filhos dos sobrinhos, bisnetos deles… essas pessoas serão fruto de tudo que você fizer na sua vida.

O que você vai querer deixar para essas pessoas? O que gostaria que elas guardassem de você?

(Desligue-se do exercício e lentamente abra os olhos…)

Agradeça, você está em Paz!

Para saber mais sobre O Poder do Feminino

Instagram @opoderdofeminino

www.opoderdofeminino.com.br

Para saber mais sobre a Ancestralidade

Ordens do Amor, Bert Hellinger

--

--

Renata Carvalho Koldewijn
O Poder do Feminino

Psicóloga ambiental, terapeuta holística e autora de O Poder do Feminino