Meu primeiro hackathon

Renata Ramos
Renata Ramos
Published in
3 min readSep 6, 2020
Imagem disponível em: <​http://www.fundep.ufmg.br/maior-hackathon-do-mundo-busca-solucoes-para-pandemia-da-covid-19/>. Acesso em: 13 jun. 2020.

O maior hackathon das galáxias. Foi esse anúncio que despertou meu interesse, lido por acaso numa das poucas vezes em que acessei o Facebook naquela semana. Era 27 de maio, o último dia para as inscrições no NASA Space Apps Brazil COVID-19 Challenge.

Primeiro, dei uma rápida pesquisada sobre o que seria um hackathon. Sim, eu não sabia o que era, apesar de já ter ouvido o termo. Em seguida, entrei na página do evento, li o cronograma, as etapas e os desafios. Animada, decidi me inscrever.

Feito isso, recebi o e-mail com a confirmação da inscrição. Imediatamente acessei o Discord, a fim de encontrar alguma equipe. Ferramenta nova, muitas informações oriundas de diversos canais e ainda tinha que me “anunciar” para conseguir uma vaga em alguma equipe já formada ou, ainda, formar uma equipe com aqueles que ainda estivessem procurando um espaço para começar o desafio.

Dei sorte. Muita. Em cerca de dez minutos, um time me chamou. Fui a última integrante a me juntar à equipe. Feitas as apresentações iniciais, bateu aquele frio na barriga, velho conhecido de quem flerta com a Síndrome do Impostor: o que é que estou fazendo aqui? Como posso contribuir com a equipe?

Fui bem direta e explanei minhas dúvidas para os novos colegas, mas eles, muito acolhedores, disseram que todo tipo de habilidade era bem-vinda. Eis que eu, professora de História há 15 anos, ex-empreendedora na área de Gestão de Pessoas, entusiasta tecnológica e estudante de UX Writing, fiz minha estreia no universo dos hackathons.

A partir daí, a minha rotina virou de pernas para o ar durante 4 dias. O hackathon em si teve 48 horas de duração, mas iniciamos antes nossas reuniões virtuais para nos conhecermos, trocarmos ideias e iniciarmos nossas pesquisas.

Sábado, dia 30 de maio, às 8 da manhã, a largada foi dada. Lives, Discord, Google Meet e Hangouts, Trello, Miro, Forms… Uma loucura de informações em vários canais, prazos apertados para as entregas das etapas do projeto e muita, muita aprendizagem, adquirida não apenas com os organizadores e mentores do evento, mas principalmente com minha equipe.

Arthur, aprendiz de gênio de 17 anos recém-completados, espantando-me com seu vocabulário e conhecimento tecnológico, deixando-me desorientada em várias situações, à procura da tecla SAP. Gabriel, um gentleman multitask e estudante de Ciência da Computação, mesclando habilidades não só em Exatas, Humanas e Inglês, mas também no relacionamento interpessoal. Larissa, jovem programadora e geek, gerenciando tarefas, codando, prototipando e nos motivando sempre, com poucas — porém certeiras — palavras. Nina, delicada como seu nome, uma cientista-universitária-estagiária, surpreendente na análise de dados e na modéstia a respeito de seu enorme potencial. Mariana, publicitária cheia de experiências e conhecimentos, sempre pronta a compartilhá-los, dividindo conosco seus recentes aprendizados adquiridos na transição para a carreira de UX.

Não foi fácil. Longe disso. Conciliar diferentes ideias, grandes tarefas e prazos quase impossíveis foi extremamente desafiador. Porém, apesar de parecer clichê, sair da zona de conforto é o que nos faz crescer.

Tivemos momentos de criatividade aflorada, de cansaço extenuante e outros em que a reunião parecia virar uma Torre de Babel. Contudo, a união em torno de um objetivo comum falou mais alto e não desistimos.

Mesmo sem termos vencido em nossa categoria, posso afirmar, sem dúvida alguma, que concluímos esse desafio com sucesso. Afinal, iniciamos o desenvolvimento de novas habilidades e de novas amizades, plantando a semente para vitórias futuras.

Obrigada por tudo, #equipe147!

--

--

Renata Ramos
Renata Ramos

Escritora desde a primeira infância. UX Writer em construção.