O Telegram sob Ataque

O artigo mais completo DO BRASIL sobre o episódio envolvendo a Operação Lava Jato e a segurança digital de aplicativos de mensagens.

Em 12 de Junho de 2019, o Telegram sofreu um severo ataque de DDoS vindo da China

ATUALIZAÇÃO 15/06: Acrescentados detalhes oriundos das conversas nos grupos DicasChat do Telegram, com o colega Mamede e também com o colega Gabriel RF, Especialista Tecnologia da Informação. Além disso, utilizamos fragmentos obtidos nos grupos DicasChat e TechTalk GD.

Nos últimos dias, o Telegram vem sofrendo uma campanha mentirosa e desonesta por parte da “Imprensa” brasileira, onde é apontado como peça-chave num vazamento de dados de autoridades em nosso país. As “supostas conversas” entre o Ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o Procurador da República e coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, foram expostas pelo site Intercept (em “reportagem” assinada por Glenn Greenwald[1]).

Tal “reportagem” baseou-se em informações privadas, obtidas de forma criminosa (CP Art: 154-A), através do possível acesso indevido à outras sessões do Telegram dos envolvidos (é uma prática comum pessoas deixarem seus sistemas operacionais logados, com aplicativos abertos), ataques de “Sim Swapping” (“clonagem”: golpe onde o criminoso consegue ativar um novo chip com o número da vítima) ou infecção dos smartphones das vítimas com “malwares” (programas maliciosos). O fato de Greenwald ter se utilizado destas informações vazadas através de crime para produzir sua “reportagem” PODERIA transformá-lo em cúmplice, sujeito à extradição. Porém, em nosso ordenamento jurídico, não há um consenso sobre o uso de provas ilícitas ou ilegais no processo judicial, tampouco sobre a responsabilização legal de jornalistas no uso de tais provas.

Inclusive, de acordo com uma conversa com o colega Mamede (conversa MARAVILHOSA, por sinal) do grupo DicasChat do Telegram, a Justiça brasileira dificilmente irá incriminar Greenwald como cúmplice do crime, por ter usado dados obtidos ilegalmente, pois isso abriria um precedente perigoso para a imprensa nacional, condenando nossa imprensa ao obscurantismo e insegurança jurídica. E mesmo que este que vos escreve acredite que grande parte da imprensa está aparelhada ideologicamente, é melhor ter ALGUMA imprensa livre do que nenhuma!

Atualização (15/06): após investigações, chegou-se a conclusão que o primeiro smartphone a ser violado foi o do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em Abril deste ano (2019). A partir da invasão do dispositivo o cibercriminoso teve acesso ao Telegram instalado no aparelho dele. O invasor teve acesso aos aos grupos de conversa dos procuradores, e com isso, o conseguiu os números de celulares dos integrantes. Daí, foi “fácil” completar o golpe: ataques de “Sim Swapping” em massa, provavelmente com a ajuda dos funcionários das operadoras.

SAIBA MAIS: Cobertura da imprensa sobre os vazamentos nos celulares dos Procuradores (Referências no final do artigo)

Alguns “jornalistas” (entre aspas porque para ser jornalista deveria ser exigido CARÁTER, não apenas diplomas) e “Especialistas” disseram que o “Telegram não é tão seguro quanto o Whatsapp”, o que é mentira de forma absoluta: o Telegram é MUITO MAIS SEGURO que o Whatsapp em todas as características, desde que — assim como o Whatsapp — seja usado adequadamente. O que ocorre é que o Telegram utiliza dos tipos de chats: os chats comuns — que permitem que você utilize o Telegram em múltiplos aparelhos — e os chats secretos, que armazenam os chats apenas nos aparelhos dos envolvidos, impedindo invasões ou vazamentos de informações.

Até mesmo a Apple já admitiu: O Telegram é COMPLETAMENTE INQUEBRÁVEL e À PROVA DE HACKERS!

Apple diz: “…Telegram é “[…] TOTALMENTE INQUEBRÁVEL […] um método de comunicação completamente à prova de hackers […] ””

Só para vocês terem uma noção de como os usuários do Telegram confiam em seus recursos de segurança, o colega Gabriel lançou um desafio onde ele resolveu facilitar as coisas para os “hackers”: ele publicou o número do PRÓPRIO TELEFONE (+5583996520248) e FORNECE OS CÓDIGOS DE LOGIN no canal @gabriel_2fa. Ou seja: resta ao “hacker” uma tarefa muito simples, que é descobrir a senha de acesso do duplo fator de autenticação. Até o momento, ninguém conseguiu! (e eu duvido muito que conseguirão um dia…)

Se você AINDA ACREDITA nos “Especialistas” consultados pela “Imprensa” para falar sobre segurança digital, trazemos abaixo algumas notícias sobre FALHAS GRAVES na segurança do aplicativo Whatsapp e sobre assuntos envolvendo a segurança e privacidade do aplicativo (colaboração: Leonardo G — Telegram):

Se você quiser comparar por si mesmo(a) a diferença de estabilidade e segurança entre o Whatsapp e o Telegram, basta acessar o site DownDetector e verificar: o Whatsapp sofre 4 a 6 vezes mais problemas que o Telegram!

https://downdetector.com.br/fora-do-ar/whatsapp/arquivo
https://downdetector.com.br/fora-do-ar/telegram/arquivo

Segundo [Pavel Durov — Criador do Telegram], o “WhatsApp tem um histórico consistente, desde a ausência de criptografia durante a criação, até falhas de segurança, curiosamente favoráveis à vigilância secreta. Em retrospecto, nos 10 anos de existência do WhatsApp, não houve um único dia em que o aplicativo tenha sido seguro

Levando em conta que o aplicativo não possui código aberto, os especialistas em segurança acham mais difícil encontrar vulnerabilidades na estrutura do software. Isso pode permitir que hackers e organizações governamentais criem backdoors no aplicativo para evitar qualquer medida de segurança.

Qual você escolhe? Criador do Telegram diz que “WhatsApp nunca será seguro” — Tudo Celular

A invasão NÃO OCORREU nos servidores do Telegram, mas nos dispositivos dos envolvidos.

Atualização (15/06): O Telegram se posicionou NEGANDO COMPLETAMENTE qualquer tipo de invasão nos servidores da empresa.

O Telegram se posicionou NEGANDO COMPLETAMENTE qualquer tipo de invasão nos servidores da empresa.

“Vale lembrar que o Telegram é reconhecido como uma das ferramentas MAIS SEGURAS DE MENSAGENS. Não é à toa que foi escolhido pelos procuradores da Lavajato como ferramenta de comunicação. Muitas empresas usam Telegram… […] É reconhecido como uma das ferramentas mais seguras […] Não existe sistema 100% seguro […] Depende muito do comportamento do usuário […] Se o usuário se expôs, se ele não garantiu a sua segurança, ele pode favorecer a violação.”

Carlos Aros

Talvez se os usuários passassem a dar mais importâncias as “configurações padrão” dos aplicativos que usam, muita coisa poderia ser evitada!

Apple diz: “…Telegram é “[…] TOTALMENTE INQUEBRÁVEL […] um método de comunicação completamente à prova de hackers […] ””

Pesquisadores e profissionais em segurança digital do Centro de Análises da Falcongaze (empresa especializada em soluções de segurança de software, focado em prevenção de vazamento de dados multicanal) reconheceram o Telegram como o MAIS SEGURO APLICATIVO DE MENSAGEM disponível, ficando à frente do Whatsapp, Skype, Messenger e outros. (FONTE: Falcongaze — 2016)

https://t.me/DicasTelegram/1502

Durov nos alertou no dia 25 de maio de 2019 que autoridades russas haviam tentado — sem sucesso — hackear 4 jornalistas que cobriam protestos naquele país. Felizmente todas as tentativas falharam devido às contas estarem com a verificação em duas etapas ativada.

SAIBA MAIS: Informações sobre como ocorreu o suposto vazamento e posicionamento oficial do Telegram (Referências no final do artigo)

O Telegram, em sua página de perguntas frequentemente respondidas, é claro em orientar seus usuários em relação à privacidade no uso do programa, indicando o uso de chats secretos e timer de auto-destruição. Ainda na mesma página, é recomendado a habilitação do sistema de Duplo Fator de Autenticação, que torna praticamente impossível o acesso à conta do usuário por pessoas não autorizadas, mesmo em caso de clonagem da linha telefônica.

O Telegram recomenda: utilize chats secretos e habilite o duplo fator de autenticação.

Os principais recursos de segurança do Telegram vêm desativados por padrão, o que faz com que usuários sem conhecimentos técnicos possam estar expostos à ataques contra sua privacidade, no caso de clonagem dos seus números, como aconteceu no Brasil. Para que isso aconteça, é necessário que funcionários das operadoras de telefonia, com acesso aos sistemas das linhas, sejam cúmplices do crime, e essas alteraçãos geram logs. Eis aí um bom lugar para se começar a investigar.

Mesmo assim, a infraestrutura descentralizada de servidores do Telegram e seus recursos de segurança tornaram possível que, em seus seis anos de existência, NENHUM ÚNICO BIT de informação privada fosse compartilhado com terceiros ou vazado: “nunca compartilhou nenhum byte de dados com terceiros”. Além disso, “nenhuma maneira de minar a criptografia do Telegram foi descoberta”.

Enquanto o Telegram já PROVOU que é seguro…

Bem, se até aqui você não entendeu o recado, eu vou deixar as coisas BEM claras para você: O TELEGRAM É COMPLETAMENTE SEGURO E SE VOCÊ ADOTAR AS MEDIDAS BÁSICAS DE SEGURANÇA SUA CONTA SERÁ VIRTUALMENTE INVIOLÁVEL!

Enquanto isso…

Apenas como um lembrete: A maioria destes casos de “sequestros do Whatsapp” ocorreram usando as MESMAS FALHAS que foram usadas para invadir as contas dos envolvidos nos “vazamentos” ocorridos nos últimos dias. Normalmente, para que estes ataques sejam bem-sucedidos, os cibercriminosos se utilizam de “engenharia social” (onde os cibercriminosos exploram a ignorância ou ingenuidade das pessoas para conseguir dados que podem permitir a invasão dos sistemas) até a participação de funcionários das operadoras: “O método mais frequente para aplicar esse golpe envolve um funcionário da operadora. “Esse tipo de transação, na maior parte dos casos que temos conhecimento, acontece com um conluio entre fraudador e algum agente da operadora, uma pessoa que tenha acesso aos sistemas que permitem a troca de linha no chip”, diz André Carraretto, especialista em segurança da Symantec.” (FONTE)

Ataques da Mídia e Ataques de Governos Totalitários

Usar o Telegram significa estar engajado numa GUERRA contra o Estado, excessos cometidos por ditadores e governos corruptos, governos totalitários e ataques contra a LIBERDADE DE EXPRESSÃO! Telegram não é só um APLICATIVO, mas uma CAUSA UNIVERSAL!

O Telegram é odiado por ditadores e políticos corruptos do mundo todo. Eles tentam — em vão — invadir a privacidade de seus cidadãos, com leis ou artifícios ilegais, TODOS DIAS. E um dos principais pilares do Telegram é o RESPEITO INEGOCIÁVEL à privacidade dos seus usuários.

Justamente por isso Pavel Durov (criador do Telegram) — que NUNCA PERMITIU QUE UM ÚNICO BIT de informação privada vazasse — foi expulso do PRÓPRIO PAÍS (Rússia): ele se recusou a permitir que o governo Russo espionasse seus cidadãos no Telegram.

Ontem (12 de Junho de 2019), o Telegram sofreu um severo ataque de negação de serviço distribuído (DDoS [2]), que fez com que o aplicativo enfrentasse dificuldades de conexão e ficasse durante alguns minutos sem funcionar. Em sua página no Twitter, o Telegram explicou de forma bastante ilustrativa o que é um DDoS e quais são seus efeitos.

Malditos Lemmings…

Esse ataque partiu da China, onde gigantescas manifestações do POVO CHINÊS estão sendo coordenadas PELO TELEGRAM! Na busca de desarticular as manifestações, o governo chinês, provavelmente, tentou derrubar — em vão — o aplicativo.

Pavel Durov confirma que os ataques contra o Telegram partiram da China

SAIBA MAIS: Informações sobre o ataque cibernético de DDoS aos servidores do Telegram (Referências no final do artigo)

Segundo o Security Week:

“Telegram permite que usuários troquem mensagens de texto, photos e vídeos criptografados, e também permite a criação de “canais” de até 200 MIL PESSOAS. Ele também permite chamadas de voz encriptadas. No ano passado foi anunciado que o Telegram já havia atingido o número de 200 MILHÕES DE USUÁRIOS ATIVOS MENSAIS.

Aplicativos de mensagem encriptada como o Telegram […] são preferidos por uma grande enorme quantidade de pessoas ao redor do mundo que tentam fugir da vigilância do Estado — de terroristas e traficantes de drogas a ativistas dos direitos humanos e jornalistas.

Os governos têm investido recursos significativos nos últimos anos para “quebrar” funcionalidades de segurança destes aplicativos, de acordo com empresas especializadas em segurança digital e pesquisadores.

Hong Kong não está sob o “Grande Firewall da China” (“Escudo Dourado”)” que restringe pesadamente o acesso à Internet mundial a partir da China Continental, onde o Telegram é bloqueado.”

A razão desse gigantesco ataque é simples de entender: tecnicamente é “virtualmente impossível” tirar o Telegram do ar. Se tudo o mais falhar, você pode instalar um VPN em seu computador ou smartphone e usar um dos MILHÕES DE PROXIES GRATUITOS disponibilizados em inúmeros canais do Telegram, que permitem que seus usuários assegurem a privacidade de suas comunicações. Somando o uso de VPN e Proxy aos recursos de segurança do Telegram, como o Duplo Fator de Autenticação, é praticamente impossível impedir a comunicação segura através deste aplicativo. E é justamente por isso que o Telegram é tão odiado: ele dá PODER AO POVO, inclusive para se mobilizar contra governos tiranos e totalitários, como está acontecendo na China.

Usuário envolvido nos protestos contra a Ditadura Chinesa Continental informa que os manifestantes estão usando os canais do Telegram para se organizar contra o Estado Chinês
A Manifestação #NoExtraditionToChina ganhou poder e aumentou exponencialmente graças ao Telegram. Ditadores ODEIAM que o povo se organize contra seus regimes totalitários!
O Telegram permite brechas que são odiadas por ditadores e totalitários. Por isso a China atacou o Telegram.

Mas, o Telegram continua seguro, estável e disponível para combater regimes Totalitários e Ditadores em todo o mundo!

Mesmo sendo vítima de poderosos ataques cibernéticos, os servidores do Telegram continuam estáveis, seguros, invioláveis e disponíveis para ajudar no combate ao totalitarismo do Estado, em todo o mundo.

Mas é importante entender um ponto crucial, que envolve a segurança da informação em qualquer programa, aplicativo, plataforma ou site: O elo mais fraco da segurança digital é o COMPORTAMENTO DO USUÁRIO. Por isso, o Telegram lançou um guia oficial de práticas de segurança com dicas práticas de como manter sua conta segura:

  • Use chats secretos para manter conversações altamente secretas ou que contenham informações sensíveis
  • Proteja seu dispositivo de acessos indevidos, mantenha uma senha forte, atualize SEMPRE seus aplicativos e sistemas operacionais, NUNCA instale aplicativos que não sejam obtidos das lojas oficiais dos fabricantes e use apenas os clientes OFICIAIS do Telegram.

Segundo o guia de segurança:

A criptografia do Telegram protege suas mensagens quando elas passam pelas linhas de comunicação e quando estão na nuvem criptografada do Telegram. Os bate-papos secretos são protegidos por uma camada de criptografia de ponta a ponta, e bate-papos na nuvem são mantidos seguros pela infraestrutura distribuída entre jurisdições do Telegram [3]. (Que impede que Estados Totalitários ou corruptos usem a lei contra a privacidade dos seus cidadãos)

Em 6 anos de existência, o Telegram compartilhou ZERO BYTES de dados com terceiros. China, Irã e Rússia estão atualmente bloqueando o aplicativo porque não puderam acessar os dados do usuário.

Nenhuma maneira de minar a criptografia do Telegram foi descoberta, apesar do escrutínio pesado. Os aplicativos do Telegram são de código aberto, o que permite aos pesquisadores verificar se não há backdoors.” (Ao contrário do WhatsApp, cujo código fechado impede pesquisadores de avaliar os reais riscos à privacidade dos usuários do aplicativo.)

Inclusive, no guia de segurança do Telegram ele diz CLARAMENTE que o DUPLO FATOR DE AUTENTICAÇÃO é uma PROTEÇÃO REAL contra sua operadora ou o Estado: “…if you have reasons not to trust your mobile carrier or your government, or would simply like more control, we advise protecting your cloud chats with an additional password”. Ou seja: se você habilitar o duplo fator de autenticação ele irá criptografar seus dados privados NO SERVIDOR, impedindo completamente o acesso não-autorizado.

Em 2015, o Telegram ofereceu 300 MIL DÓLARES para quem conseguisse hackear o aplicativo ou acessar as informações e mensagens dos seus usuários, sem sucesso. Os “hackers” poderiam atuar como “servidores Telegram” passando informações entre os usuários (ou seja, usar qualquer tipo de ataque ativo, manipular o tráfego, etc.), mas, mesmo assim, nenhum deles conseguiu decifrar os Chats Secretos da ferramenta.

Até hoje NÃO EXISTEM EVIDÊNCIAS de acesso indevido às informações de usuários nos servidores do Telegram! “Até hoje, divulgamos 0 bytes de dados do usuário para terceiros, incluindo governos.”, diz a conta oficial do Telegram.

Agora, a escolha é simples: Você pode se certificar de seguir as diretrizes de segurança e usar o aplicativo MAIS SEGURO de mensagens, que tem mantido a privacidade e a segurança de centenas de milhões de pessoas no mundo todo há 6 anos ou acreditar na mídia e continuar mantendo sua privacidade em risco, usando um aplicativo que permite que o Estado invada sua privacidade e lhe prive de sua liberdade, caso você não concorde com o regime do governo.

Usar o Telegram é enfrentar o Estado e ter direito inalienável à LIBERDADE!

O futuro do Telegram? Criar uma NOVA INTERNET, livre, privada e universal!

A internet de hoje é — em teoria — descentralizada mas, na prática, todos sabemos que ela é bastante centralizada. Quer isso dizer que é “gerida” por apenas meia dúzia de empresas de tecnologia, do Facebook à Amazon, da Google ao Twitter. Em outras palavras, os produtos e serviços destas empresas satisfazem as nossas principais necessidades humanas e tecnológicas, permitindo-nos encontrar a informação que procuramos, receber notícias, manter contato com os amigos ou compartilhar arquivos e conhecimento. E essa dependência tem um lado negativo NEFASTO: nós PERDEMOS NOSSA LIBERDADE DE EXPRESSÃO E NOSSA SEGURANÇA contra empresas e contra o Estado.

Na prática isso significa que, cada vez que estas empresas ou o Estado “mudam as regras”, o cidadão comum pode estar em risco ou mesmo começar a ser considerado como um “inimigo do Estado”.

É neste contexto que surge o Telegram e o projeto TON.

Os planos do Telegram vão muito além se ser “apenas” um aplicativo seguro de mensagens: a ideia agora é criar o TON (ou Telegram Open Network), uma espécie de “nova Internet” baseada em blockchain.

A Telegram Open Network será desenvolvida até 2021 (previsão), ano em que deverá mudar de nome para The Open Network (mantendo-se a sigla TON) e passar a ser gerido pela TON Foundation, uma organização sem fins lucrativos.

Em princípio, o projeto estava ligado à criação de uma MOEDA DIGITAL PRÓPRIA: o gram. A ideia era criar o primeiro mercado massificado de criptomoedas e de aplicações descentralizadas. Infelizmente, devido a alguns problemas com aproveitadores e pessoas desonestas, o Telegram decidiu interromper o projeto GRAM, mas MANTEVE o projeto TON.

Um dos motivos para o cancelamento do projeto foi a intervenção do Estado

De acordo com o The Wall Street Journal, informações não confirmadas indicam que “desafios regulatórios” seriam os responsáveis pela mudança de planos e cancelamento da Gram, unidade que serviria para financiar uma rede de aplicações descentralizadas e também novos recursos e a manutenção do Telegram.

O principal motivo para o cancelamento do ICO, de acordo com as fontes ouvidas pelo Wall Street Journal, seria a pressão de agentes como a Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês) e a Comissão de Negociação em Commodities e Futuros, ambos órgãos regulatórios dos Estados Unidos. O panorama do mercado de moedas virtuais teria mudado desde o anúncio da iniciativa, com um maior escrutínio e exigência de controle servindo para derrubar por terra os esforços do Telegram em termos de moedas virtuais.

O veículo, entretanto, especula que o cancelamento da oferta também pode ter a ver com os gigantescos montantes obtidos pela companhia de Pavel Durov antes mesmo da abertura pública das moedas virtuais. Somente em duas rodadas privadas de investimento, a empresa teria obtido mais de US$ 1,7 bilhão pelas mãos de entusiastas que quiseram colocar as mãos nas unidades antes de todo mundo. A ideia, então, é que o dinheiro já é mais do que suficiente para os planos do Telegram e, sendo assim, eles não teriam que enfrentar os desafios de regulação envolvidos em um ICO. (Quase DOIS BILHÕES DE DÓLARES ANTES da oferta oficial…)

Por isso mesmo, dá para pensar, também, que o ICO do Telegram pode apenas ter sido adiado até que o caráter regulatório chegue a um patamar de estabilidade. Diante de um cenário mais sólido, mesmo que menos favorável do que no passado, a empresa poderia contar com a confiabilidade necessária para arrebanhar ainda mais gente para seu movimento, com números de arrecadação que, mais uma vez, podem ultrapassar a casa do bilhão.

O Telegram, não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. […] O silêncio, provavelmente, tinha a ver com os movimentos reais para lançamento da oferta inicial de moedas, aguardando a resolução de questões regulatórias enquanto ventilava a ideia — e a oportunidade — para investidores próximos.

O atual ecossistema do Telegram — composto por 200 milhões de usuários, 800 mil bots, e milhares de grupos e canais públicos — servirá de rampa de lançamento para toda a infraestrutura em rede TON. Esse será o lançamento da mais poderosa e livre ferramenta de comunicação desde a criação da Internet em si mesma.

Antes de ser transferida para a TON Foundation (provavelmente em 2021), a rede TON será gerida pelos dois fundadores do Telegram — Nikolai Durov e Pavel Durov — que além de terem fundado o Telegram em 2013, criaram em 2006 a VK, rede social com mais de 200 milhões de utilizadores ativos e que é extremamente popular em mercados como a Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, mesmo que o Telegram — noticiado como aplicativo russo — tenha sede em Londres:

Nikolai Durov é conhecido como “cérebro das operações” no Telegram. Matemático e programador russo, começou a resolver equações cúbicas aos 8 anos e a programar aos 13, já concluiu dois Doutorados e ganhou diversos prêmios. Já Pavel Durov é muitas vezes conhecido como o “Mark Zuckerberg russo” — de índole libertária, procurou junto do Governo da Rússia a desregulação e descentralização da economia local, mas acabou por ser expulso do país em 2014. Os irmãos são conhecidos no mundo das tecnologias pela sua abordagem disruptiva, como esta iniciativa (TON — Telegram Open Network) prova mais uma vez. As suas criações apoiam-se em protocolos de segurança e criptografia criados por eles mesmos, muitas vezes, sem procurar a validação da comunidade internacional como seria de se esperar.

Notas e Referências:

[1] Glenn Greenwald é dono do Intercept — site notoriamente de esquerda (e caso você esteja se perguntando, eu sou um Liberal Social Econômico) — marido de David Miranda, Deputado Federal do RJ filiado ao PSOL e suplente de Jean Wyllys (que está sendo investigado por ter negociado o cargo)

[2] “Um DDoS é um “ataque de negação de serviço distribuído”: seus servidores recebem ZILHÕES de solicitações inúteis que os impedem de processar solicitações legítimas. Imagine que um exército de lemings acabou de pular na fila no McDonald’s na sua frente — e cada um está pedindo um Whooper […] O servidor está ocupado dizendo aos lemings que eles vieram para o lugar errado — mas há tantos deles que o servidor nem sequer vê você para tentar fazer o seu pedido. Para gerar essas solicitações inúteis, os bandidos usam “botnets”, que são computadores de usuários desavisados que foram infectados com malware [vírus] em algum momento no passado. Isso torna um DDoS semelhante a um apocalipse zumbi: um dos lemings falsos pode ser seu avô. […] Todos esses lemingues estão lá apenas para sobrecarregar os servidores com trabalho extra — eles não podem tirar de você seu Big Mac e Coca-Cola. Seus dados estão seguros.” (Conta oficial do Telegram — Twitter)

[3] “Os bate-papos secretos usam criptografia de ponta a ponta, graças à qual não temos dados divulgados. Para proteger os dados que não são cobertos pela criptografia de ponta a ponta, o Telegram usa uma infraestrutura distribuída. Os dados do bate-papo na nuvem são armazenados em vários datacenters em todo o mundo, controlados por diferentes entidades jurídicas espalhadas por diferentes jurisdições. As chaves de decodificação relevantes são divididas em partes e nunca são mantidas no mesmo lugar que os dados que protegem. Como resultado, várias ordens judiciais de diferentes países e jurisdições seriam necessárias para nos obrigar a fornecer quaisquer dados. Graças a essa estrutura, podemos garantir que nenhum governo ou bloco de países com idéias afins possa invadir a privacidade e a liberdade de expressão das pessoas. O Telegram só pode ser forçado a fornecer dados se um assunto for grave e universal o suficiente para passar pelo escrutínio de vários sistemas jurídicos diferentes em todo o mundo.” (Blog oficial do Telegram — em Inglês)

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🎯 Renatho Siqueira MBA™®🎓
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