ENERGIA É COISA SÉRIA! REGULARIZE JÁ.
Ao pensar em um cartaz com o uso de ponto, linha e plano dentro do escopo do meu projeto, logo me veio à cabeça referências fortíssimas de Tarsila do Amaral, por conta das paletas similares e a forma em que as casas são desenhadas ao alto, além da estruturação dos elementos nas pinturas. Sendo assim, também como referência, utilizei o folder do Show do Pearl Jam do Rio de Janeiro, que me fez pensar que eu poderia unir as mensagens e fazer um padrão. Eu tinha em mente casas ao alto, uma em cima da outra, como as favelas brasileiras e casas no México, mas eu não queria estigmatizar, então, com o uso de ponto, linha e transformando em planos, fiz as casas em formato abstrato para que não gerasse essa relação de que as energias irregulares estavam ligadas a um determinado padrão social.
Assim, utilizei repetições de linhas e formas que geraram a ideia de casas, como uma estampa, e a mensagem que queria transmitir, fiz como se fossem os fios de “macaco” (ligações irregulares de energia) do poste às casas. De primeiro plano, está o poste e atrás o “mar” de casas em que existem irregularidades.
A ideia da mensagem veio do que a cliente nos passou, que a forma que poderíamos convencer as pessoas à regularizar, é que as ligações eram perigosas e poderiam ser nocivas, o que me fez usar as frases “energia é coisa séria”, nesse contexto.
Quando pensei na repetição de padrões, não achei que seria tão complicado quanto foi, mas o papel era muito grande, um A3, e levei muito mais tempo do que o previsto para concluir, pois a abstração não foi predeterminada, fui deixando fluir e desenhando de acordo com o que vinha em mente.
Ao fim, faltavam poucos espaços vazios, mas que pareciam infinitos, a criatividade parecia ter acabado, mas não desisti e continuei depois de um tempo o processo e com paciência, consegui concluir.
E foi!!!! Não ficou exatamente do jeito que eu queria “perfeccionistamente” falando, mas eu gostei muito do resultado e achei que eu consegui atingir o objetivo que eu queria.
