nove naras — um exercício sobre cores

De tanto olhar a Nara me encarando de rabo de olho, fiquei íntima de todos os elementos visuais dessa capa.

A primeira escolha estética que fiz para esse exercício foi o de utilizar minha combinação de cores complementares favorita: vermelho e verde. Experimentação que complementei com a utilização da cor branca a fim de usar pelo menos três cores em cada uma das paletas.

Sinto em dizer, no entanto, que esse foi o “trio” de capas que menos gostei. Pensei que tais cores poderiam dar à capa um ar de “Amélie Poulain”, mas na verdade, ficou parecendo uma capa de disco natalino para crianças mal humoradas. Além disso, a visibilidade do rosto de Nara ficou comprometida em todas as versões menos na de background branco — o que me fez perceber o quanto é difícil trabalhar bem com vermelho e verde.

Em um segundo momento trabalhei com a triangulação no círculo cromático, escolhi usar o trio azul claro-amarelo-rosa. Dessa escolha estética saiu a minha capa favorita, de fundo amarelo e Nara azulada. Aqui, sobre o amarelo, percebi que funcionou melhor ao ser utilizado como background, visto que ao usar no rosto da Nara ele prejudicou um pouco a compreensão do rosto dela.

Por último, usei as cores meio-complementares roxo escuro, verde amarelado e rosa. Apesar de achar que os resultados também ficaram bastante interessantes, principalmente o de background rosa, não gostei muito da relação entre o verde e as outras cores. Além disso, percebi que quando utilizado no rosto da Nara o verde amarelado funcionou um pouco como o amarelo: a atenção é tirada dos olhos da Nara de forma a deixá-la pouco humanoide. Isso me dá um pouco de aflição.

Achei muito interessante fazer esse exercício porque ficou bem nítido que apesar de existirem várias teorias de como as cores se relacionam que podem nos ajudar a escolher quais utilizar, na prática, é muito mais difícil fazer escolhas que funcionem bem (ou até mesmo que funcionem como nós esperávamos que fossem funcionar).

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