Memória por trás dos panos — Processo Criativo
O início do meu processo criativo se deu através de pesquisas de fanzines para basear o desenvolvimento do meu. E esses acima foram os que me influenciaram diretamente na minha escolha.
De primeira, me vi bastante perdida, pois diante de tantas ideias mirabolantes e prazos tão curtos, fiquei querendo fazer tudo (e nisso, fiquei fazendo nada).
Diante da pluralidade e de tamanhas possibilidades em que me deparei, resolvi, depois de toda pesquisa visual, ir à prática, já que aprendi nessa disciplina, que a fruição das ideias partia do início da execução. Ou seja, só de iniciar minha procura em revistas para fazer as colagens, me levou pra outros caminhos além do planejado.
E assim foi, minha ideia inicial foi incrementada e ganhou corpo. Minha fanzine se chamará “Memórias por trás dos panos”, que serão relatos baseados nas fotos encontradas em revistas, junto com intervenções “por cima” das fotos com o uso de papel transparente.
A ideia pura era usar fotografias encontradas em revistas que irão, diante da matéria e dos elementos trazidos por ela, me inspirar em escrever ou intervir na imagem para contar algo sobre ela. É como se fosse uma visão além do que contam as revistas, jornais, é algum relato “por trás dos panos”.
E pretendo trazer elementos no meio da zine para gerar certas sensações e sentimentos para o leitor. Como por exemplo essas adiante:
Serão essencialmente mulheres, contando suas histórias, que estarão mais para estórias, porém que irão retratar realidades e questionamentos de mulheres que querem se expressar e serem ouvidas.
Eu não queria escolher fotos que representassem o que eu queria dizer e sim, partir do que a foto me fazia sentir para eu falar sobre.
A fanzine vai utilizar bastante ponto, linha e plano para seu desenvolvimento, textura e outras técnicas vistas em sala.
O formato é de um A5, porém, como queria numa estética quadrada, tive que cortar um pouco as bordas para adequar.
E o resto, confesso, nem eu sei. Vamos ver o que vem pela frente…
