Fz — Morte ou vida as armas?
TEMA: COMPORTAMENTO, SENTIMENTO E ARTE
TÍTULO DO FANZINE: MORTE OU VIDA AS ARMAS?
SUBTEMA: LIBERDADE, VIOLÊNCIA, PODER E ARTE DIGITAL.
Este projeto é uma proposta da cadeira Representação visual do curso de Design da Cesar.School. O projeto foi dividido em três etapas com o objetivo de construir a narrativa visual, abordagem gráfica, formato, tipos de acabamentos e o uso na prática dos conceitos aprendidos em sala de aula.
Conceitos aplicados: Hierarquia visual, ritmo, equilíbrio, grid, proporções, escala, textura, padronagem, escala e contraste.
ETAPA 1 — PRIMEIRA POSTAGEM
Nesta etapa foram definidos e apresentados o escopo do projeto, tema, formato gráfico, acabamentos, referências visuais e um framework inicial.
ETAPA 2 — SEGUNDA POSTAGEM | O CROQUI
Nesta etapa foi entregue o croqui, um esboço feito à mão com pintura livre. O objetivo desta etapa era demonstrar a roteirização do tema em média fidelidade e também desenvolver o planejamento do grid, proporções, amostra do formato gráfico, aplicações sobre papel e definições a serem trabalhadas para o resultado final.
ETAPA 3 — ENTREGA FINAL
Chegou o momento da entrega final. Conforme abordagem apresentada anteriormente, seguimos para as definições finais do fanzine. O uso da linguagem gráfica está centrada no trabalho de DAVID CARSON como referencia para criar a desconstrução, ou seja, descartar o padrão como regra: chega de grids, da hierarquia de informação tanto no layout quanto na tipografia. Para ele, esse racionalismo do grid e outras regras tipográficas não cabem como resposta a complexidade do mundo pós-moderno. Alguns caracterizam sua criações como uma forma de neo-dadaísmo, pelo tratamento que ele dá à tipografia sendo semelhante a dos dadaístas na década de 1910 (como a despreocupação com a clareza e lógica da informação). Valendo muito mais a atitude do que o conteúdo da leitura.
Após essa breve contextualização da mensagem. O projeto foi dividido em duas áreas e também duas capas. O LADO A é composto pela MORTE DAS ARMAS. Neste ponto faço a observação que refiro-me as ARMAS como qualquer instrumento que possa ser usado para defesa ou ataque seja um artefato físico, psicológico, social, político ou qualquer intervenção humana. Neste ponto é retratado o lado negro como uma força oculta ou expressa de opressão. O LADO B está a VIDA AS ARMAS como intervenções que libertam, que fortalecem o bem estar e que promovem a Paz e o Amor do ser individual e coletivo.
A principal dificuldade encontrada no projeto foi a construção da linguagem gráfica, pois não era possível retratar visualmente a estética de David Carson usando apenas aplicações manuais. Como solução desenvolvi parte do projeto de forma digital como a diagramação, construção de elementos simbólicos, ícones e tipologia. Posteriormente fiz o complemento de forma manual.
LADO A
AUSTERIDADE, PODER, VIOLÊNCIA E CRIME SÃO ARMAS BRUTAIS E FORMAS DE DOMÍNIO PELO MEDO. MORTES AS ARMAS É UM FANZINE QUE PRETENDE GERAR A REFLEXÃO SOBRE O TRATAMENTO DESUMANO, A HOSTILIDADE CIVILIZATÓRIA E O IMPACTO DA AÇÃO HUMANA.
A mente humana é o centro tecnológico mais avançado que existe, porém ele não se limita a conjugar o bem, pois nele se maquinam forças poderosas que podem ser usadas para os mais obscuros fins. Pois é do interior, do coração dos homens, que procedem os maus pensamentos. Mc 7:21
Esta página simboliza o aprisionamento e formas que ofuscam a vida seja pelos labirintos como caminhos de derramamento de sangue ou pelas cadeias da alma.
MORTE AO TRÁFEGO DE INFLUÊNCIA, VIOLÊNCIA INFANTIL E ABUSO SEXUAL. MORTE AS ARMAS DA OPRESSÃO, SEJA VERBAL, RACIAL, SOCIAL, POLÍTICO OU RELIGIOSO. MORTE AOS VESTÍGIOS VIVOS DE SEGREGAÇÃO, INTOLERÂNCIA E DESCRIMINAÇÃO. MORTE AO APRISIONAMENTO INTELECTUAL, EMOCIONAL, FINANCEIRO E PSICOLÓGICO.
A voz do sangue de teu irmão está clamando a mim desde a terra.Gn 7:21
Esta é a página dupla do Fanzine. Quatro pontos abordados — Crime passional, armas de fogo, bomba nuclear e armas digitais. Estas são formas devastadoras de destruição. Por isto, seja decretada a Morte a qualquer tipo de intervenção ou domínio pelo poder. A base desta página está na construção de elementos icônicos e semióticos. A síntese minimalista do traço remete ao tema de forma visual.
A banalização da violência urbana e os crescentes índices de criminalidade amedrontam cada vez mais a sociedade. Não se vive hoje sem o medo constante da agressão física ou moral; não se consegue mais estabelecer um sentimento de segurança plena.
O quadro se agrava com a constatação da incapacidade da polícia em controlar ou diminuir essa onda de violência utilizando-se do sistema tradicional de Segurança Pública. Isso porque a ação isolada das diversas forças policiais e o policiamento repressivo, feito exclusivamente por homens fardados, caracterizado pelo excesso de burocracia e pela má formação dos oficiais, já não são suficientes.
Essa violação diária da ordem pública, contudo, está prestes a extrapolar o limite do suportável pelo homem, se é que já não extrapolou. O caminhar da humanidade está numa encruzilhada: ou se faz alterações sérias nas políticas de segurança pública, ou se chegará ao estado da inviabilidade da vida na Terra.
MORTE AO TRÁFEGO INFANTIL E A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. MORTE AO CRIME HEDIONDO, A CHACINA, A LIBERAÇÃO DE ARMAS BRANCAS E DE FOGO.
LADO B
A mudança começa dentro de nós. Na individualidade na escolha por um mundo melhor. O amor é a força mais poderosa que o mundo possui e, ao mesmo tempo, é a mais humilde que se possa imaginar.
A parte B está representada pela cor azul por significar a mensagem de esperança e por acreditar que é possível construir um cenário futuro melhor, de igualdade e de paz. Nesta etapa foram usadas a técnica de pintura digital e complemento com desenho manual.
VIDA A ALEGRIA COMO ARMA CONTRA A TRISTEZA E SOLIDÃO. Sem entender a grande lei do Universo não seremos felizes. Podemos ser alvo do Amor, temos essa capacidade dentro de nós. Exercitar o bem é uma tarefa individual. Aplicar ao próximo o que desejamos a nós mesmos.
Como resultado final ficou o grande aprendizado da reflexão e do uso da mensagem. Como designer precisamos entender e propor nossas opniões em parceria com a vida. O design está em tudo o que fazemos, na verdade é o que somos e por isto, temos que criar em nossa mente e coração a interface para um mundo melhor. Precisamos ter valores internos que não negociaremos, padrões éticos e crenças estabelecidas que nos nortearam em todos os aspectos de nossa vida e sociedade. Temos uma grande responsabilidade como indivíduo social e humano. Podemos traçar caminhos e defender a visão interna sem agredir o direito do próximo, podemos respeitar as diferenças e continuar caminhando novos caminhos. Cada oportunidade faz parte de um momento único e com um tempo determinado para uma grande experiência. Começamos como uma folha em branco e estamos desenhando passo a passo o futuro, desta forma podemos traçar um caminho desconhecido e plantar sementes para que outras pessoas possam colher frutos e se beneficiarem. Podemos doar nossa vida em prol de algo maior, viver para cumprir desígnios e intentos de nosso coração e o melhor é que fomos criados para viver a interdependência, pois nunca estamos sozinhos e por isto podemos compartilhar o que temos de melhor. O Amor.
