Mas a satisfação trouxe de volta — Entrega Final

Após descobrir a diferenciar emoção e sentimento, o que estava muito confuso na minha percepção satisfação foi o meu sentimento escolhido. Planejei fazer algo que capturava a intenção da minha frase de inspiração. A curiosidade matou o gato, mas a satisfação trouxe de volta.

E tornei literal a metáfora, se a satisfação realmente trouxesse de volta os mortos de curiosidade? O gato do ditado se tornou um espírito de curiosidade que salva quem morre desse mal. A ideia central da vítima da curiosidade ser ressuscitada pelo espírito do gato. A máscara reforça a percepção da ligação entre os dois, além de deixar claro a natureza do animal. Essa peça foi feita em uma folha A3 em estilo de cartaz de cinema. Seguindo o estilo de filmes populares o inteiro é dividido em duas partes mostrando a mesma pessoa em duas cenas. A porta, o cenário e o gestalt na parte inferior contam uma história de como a morte dela aconteceu. As portas abertas dão uma sensação do observador estar espiando a cena. O contorno da figura humana se aproxima delas, curiosa, e por estar em um porão

Seguindo a primeira entrega voltei a fase de pesquisa de referências, já que a inspiração escolhida era um gestalt duvidoso. Por esse ser um requisito fundamental escolhi mudar a forma de minha apresentação da figura. Apesar de não ter uma preferência em manter a lei do gestalt anterior, encontrei uma correta na definição. Com mais atenção ao planejamento fiz outra boneca do projeto dessa vez digital. Aproveitei para testar as cores da paleta escolhida e procurei harmonia entre os elementos da imagem.

Existiu uma diferença entre as cores da tinta e a cor digital, o que criou uma preocupação que a criatura estivesse em destaque com as cores que saíram muito saturadas. Com o tempo sobrando cortei várias camadas de outra folha para criar o volume de algum dos elementos relacionados a criatura da satisfação.

Sobre as dificuldades enfrentadas uma delas foram a administração do tempo, colagem que gastou muito dele, as soluções foram ao mesmo tempo o tempo extra e deixar um pouco de lado o conceito de cinema. Os conceitos aprendidos em sala usados foram gestalt de fechamento, proporção e hierarquia.

Para a produção desse cartaz apesar de terem tido várias mudanças em seu início, em termos gerais já existia uma forma definida do que se queria passar. Uma cena de que alguém voltava dos mortos após morrer de curiosidade. Mesmo quando o sentimento escolhido era outro a imagem era a mesma, o porão, a cena em gestalt representando um fantasma mostrando um passado próximo foram mais consequências.Todo o conceito da obra girava em torno da frase tema e a ideia de personificação de um dos sentimentos dela. Uma das maiores dificuldades vinha a ser manter as cores em tom mais esmaecido como foi planejado, porque chegando na realidade elas não conversam bem. Entretanto a saturação das figuras não eram de maior importância, causando no máximo um problema no tempo gasto.

O meio de transmissão dependia do tempo disposto, mas conseguiu ser o suficiente para pôr em prática a colagem de sobreposição. O material escolhido foram pouco intencionais para passar uma mensagem a quem visse e sim questão da praticidade. O papel canson A3, caneta nanquim e tinta comum evocavam a segurança de serem materiais conhecidos, entretanto o que aconteceu era que não foram usados juntos causando reações diversas. A tinta, por exemplo, deixava o papel mole mesmo depois de seca, a colagem não funcionava muito bem em cima de tinta. Por outro lado a sobreposição dos recortes para criar volume tinha um diálogo com o público visitante, destacando o efeito da criatura em toda a sua volta e provocando a curiosidade pelo toque.

O cartaz irá ser distribuído na exposição Criaturas e Sentimentos do Cesar School pela cadeira de representação visual. Esse cartaz junto com os outros foram pendurados na parede em um local com menor interferência visual possível. As peças foram separadas por sentimentos para que o público tenha uma experiência mais interessante.