Zine: Versão Finalizada

Lorenna Lira
Representacao Visual School
5 min readOct 24, 2018

Após as etapas de ideação, planejamento e prototipação do Fanzine, iniciado há pouco mais de um mês, finalmente chegamos ao resultado final…YAY!!! Confesso que estava ansiosa para ver como iria ficar, as expectativas estavam altas e valeu à pena! Vejamos abaixo como foi o processo de execução até a finalização do material.

Primeiramente, vale lembrar que, dentre os temas disponibilizados pelas professoras para abordagem nos Zines, optei por dois deles: SENTIMENTOS e AUTORAL. O subtema escolhido foi O UNIVERSO DENTRO DA MINHA MENTE e, devido a isso, resolvi nomear o Zine de O FANTÁSTICO MUNDO DAS COISAS QUE SE PASSAM NA MINHA CABEÇA, uma vez que, como explicado no texto sobre a construção do conceito do material, escolhi que o meu público-alvo seria eu mesma e que iria falar sobre os meus próprios sentimentos. Dessa forma, como também já foi mostrado no texto anterior, o Fanzine deveria ter toda essa cenarização de universo e seus astros, além de contar com ilustrações e textos que abordassem sentimentos e sensações, utilizando-se de quatro cores chaves para isso: preto, branco, cinza e azul.

Com um conceito bem fechado, cores definidas e algumas ideias de desenhos em mente, deu-se início ao processo de criação em si. Cada página contém textos, colagens e ilustrações feitas à mão e que utilizaram alguns dos conceitos aprendidos em sala de aula, tais como linha, ponto, plano, padrão, escala, grid, entre outros, sempre dentro do cenário e trazendo (ou, pelo menos, tentando trazer) as ideias do texto.

Os elementos gráficos ponto e linha foram bastantes utilizados na produção do material como meio de formar uma imagem (como a ilustração da contra capa, por exemplo) ou, na maioria das vezes, como forma de criação de padrões para a cenarização de backgrounds, como um céu estrelado, que está presente em diversas páginas do Zine. Além disso, as colagens de papéis sobrepostos ajudaram bastante a criar a ideia de diferentes planos, principalmente nos textos que foram praticamente todos escritos em um papel azul e colados por cima do desenho, com duas intenções principais: criar “camadas” (planos) diferentes entre o texto e o desenho, para dar mais destaque, e criar uma unidade entre os versos (ajudando o leitor a identificar o que faz parte da narrativa e o que faz parte do desenho).

Também foram usados diferentes grids nas páginas para criar uma diagramação harmoniosa e agradável ao olho do leitor, como no caso da página em que há alguns papéis pretos recortados e colados alinhadamente em forma de que podem ser levantados e escondem palavras por baixo. Nesta mesma página, também foi utilizada a técnica de escala com letras nos desenhos dos papéis, para representar sensações que me remetem aos sentimentos escritos, como, por exemplo, quando as letras vão diminuindo representando a perda da intensidade daquela fala ou expressão.

O processo de criação em si foi bastante facilitado pelo protótipo que já havia sido feito para a entrega anterior. O protótipo, embora de baixíssima fidelidade, já trazia o texto separado em versos e a ideia de cada uma das páginas (desenhos, cor do fundo, detalhes especiais), a partir daí começou a produção do material original. Embora com temática semelhante, cada uma das páginas trazia um modelo de ilustração e colagem diferentes, o que demandou um grande tempo de dedicação em cada uma delas, desde a busca por referências de desenhos semelhantes ao que queria ser apresentado, até a execução e finalização do desenho em si.

Um dos pontos que me trouxe dificuldade foi na organização das páginas, uma vez que foram usados papéis de gramaturas diferentes (algumas mais altas, logo o papel era mais grosso) e páginas com fundos de papéis diferentes, o que demandou a colagem de um papel sobre o outro e acabou deixando o Zine um pouco “gordinho”, além de atrapalhar a organização das páginas para encadernação. O fato da quantidade de papéis ser grande e o modo de encadernação escolhido ser a costura trouxe uma preocupação com relação a passar a agulha de um lado para o outro do material, caso esta tivesse que atravessar todos os papéis. Para evitar isso, optei por fazer um modelo de colagem das páginas de forma que, no meio do Zine, a linha tivesse que atravessar apenas duas folhas (a folha de fora — capa e contra capa — e a folha central).

No mais, não houve grandes problemas ou dificuldades na produção do material. Alguns detalhes e uma das folhas acabou sendo diferente do que havia sido planejado no protótipo, apenas por uma questão de estética mesmo. Apesar de trabalhoso, fazer o fanzine foi uma atividade prazerosa e extremamente construtiva, permitindo o uso de diversos conceitos estudados em aula.

Ao final, de todo o trabalho, aqui estão as fotos do Zine finalizado:

--

--