“Qual é a hora certa para participar do meu primeiro hackathon?” Agora!

Por que você deveria perder o medo de participar de um hackathon agora mesmo

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3 min readDec 3, 2018

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Hackathons são conhecidos por serem uma maratona empolgante e exaustiva de muito código, brainstorming e cafeína. Por esse motivo, talvez eles intimidem as devs mais inexperientes, como eu, a participarem de uma corrida como essa.

Porém, hoje vim trocar meus dois centavos por sua atenção para mostrar como você não sabe o que está perdendo, e por que você deveria perder o medo de participar de um hackathon.

Eu e minha equipe trabalhando no hackathon ‘Somos Todos Heróis’

A minha estreia se deu no Hackathon STH, organizado pela Somos Todos Heróis e pela Shawee. Logo de cara, a primeira coisa que aprendi foi como os hackathons podem ter as mais variadas configurações de tempo.

Esse hackathon que fiz parte aconteceu em 2 dias, sem pernoitar no local e com uma pausa para voltarmos para casa. Só isso já aliviou o fator cansaço da equação. Sendo assim, escolher um hackathon que combine com suas prioridades físicas é muito importante, e há possibilidade de fazer parte de um modelo no qual você não precisa passar a noite em claro.

Como eu ainda sou uma estudante de programação front-end iniciante, daquelas que ainda estão quebrando a cabeça com HTML, CSS e JavaScript, o que eu iria fazer em um hackathon, independente do tempo de duração dele? Hoje posso te responder: Muita coisa.

Não é apenas de código que vive um hackathon. Durante esses eventos, é preciso analisar o desafio proposto, ter ideias de qual seria a melhor maneira de resolvê-lo — sem esquecer do tempo que lhe foi dado — , montar uma apresentação visual, condensar os pontos mais importantes do seu projeto para serem apresentados ao júri em pouquíssimos minutos (o chamado pitch).

Além de tudo isso, precisamos criar o projeto em si que pode, com certeza, contar com muitos códigos, mas acho que deu para perceber como áreas de trabalho não faltam, certo?

Em meu grupo éramos em 4 meninas, sendo que uma das participantes, assim como eu, ainda no início dos estudos na área de tecnologia. Nem por isso deixamos de apresentar um bom trabalho, muito pelo contrário.

Ficamos todas orgulhosas com a solução que criamos e a apresentação que entregamos para os jurados. Mesmo não tendo sido o grupo vencedor, todas ganhamos muito com essa experiência.

Equipe Code Girlz — Mari, Eu (Amanda), Carol e Paola

Nessas poucas horas onde você está dando o seu melhor dentro do que você se sente mais confortável, você está aprendendo com o trabalho dos outros participantes do seu grupo e reunindo mais conhecimento.

Nos próximos trabalhos e hackathons, você poderá dar mais um passo e continuar a aprender na prática, além de ter a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas dentro da área. Aprendemos também com os participantes de grupos “adversários” durante um hackathon.

Quando iniciamos nossos estudos na área de tecnologia, sempre passa pela cabeça que nosso conhecimento é muito pouco, e que precisamos aguardar o momento certo, onde estaremos em um “nível” determinado. Achamos também que precisamos desse nível para nos aventurarmos em trabalhos em time, pois caso contrário seremos um “peso” para o grupo.

Mas a verdade é que na tecnologia todos estão constantemente aprendendo. Ainda que você saiba codar muito pouco, sempre haverá uma área a qual você possa contribuir. Ao final do hackathon, você estará esgotado fisicamente, mas extremamente feliz.

Afinal, você saiu da sua zona de conforto, adquiriu novos conhecimentos, conheceu novos colegas de área e sabe que mal pode esperar para participar do próximo hackathon :)

Dessa forma, assim que a oportunidade aparecer, agarre-a com força. Garanto que valerá a pena.

Amanda Machado, 33 anos, carioca residente em SP, estudante de programação front-end e muito nerd nas horas vagas

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reprogramando a forma como mulheres se percebem como contribuidoras no setor de tecnologia