Domingo em Copa

Fabiano Audazi
res_piro
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2 min readJun 21, 2019

10 de fevereiro de 2019.

Copacabana. Fim de uma tarde de domingo. Avenida Atlântica fechada para o lazer das pessoas. Gente pra lá e pra cá. Gente diferente. Vários contrastes.

Coloco o fone e saio caminhando.

Observo.

De um lado, uma garotinha aprende a andar de bicicleta com o pai. Ela não para de sorrir. Talvez tenha conseguido dois metros a mais.

De outro lado, passa um casal de idosos. Parecem gringos. Diria que são alemães, são brancos de olhos claros e estão bem vermelhos. Puro julgamento, óbvio.

Na calçada, o andar requer atenção.

Para não esbarrar nas pessoas. Para desviar dos vários ambulantes que espalham seus produtos em cangas estendidas no chão. E, claro, para não ser pego de supresa por algum mau elemento querendo te tomar alguma coisa.

Na orla, tem os vários quiosques sempre movimentados. Pincipalmente, aqueles que tocam música ao vivo, que não são poucos.

Na calçada central, várias cadeiras de praia em sequencia acomodam os cariocas que, sentados, também observam o movimento.

Continuo andando imerso na música que vem do fone. Nada muito carioca, Red Hot.

Vejo uma pequena aglomeração, o que não é raro em Copacabana. Me aproximo e vejo uma mulher tentando se levantar com a ajuda de bombeiros. Guardas de rua também a cercam e um garoto dá explicações para um deles. Não faço ideia do que aconteceu. A maioria das pessoas por perto também não.

Tumulto, curiosidade, dispersão. Logo todos voltam a seguir seu caminho. Eu faço o mesmo. Sigo observando mais um domingo em Copacabana.

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Fabiano Audazi
res_piro

Estrategista apaixonado por histórias. Que vive em busca de sentido e experiências que valham a pena. Que gosta de cultura, esportes, inovação e viagem.