O cinema indígena e a transformação em imagem

Um guia para começar a assistir filmes de realizadoras/es indígenas

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Retomadas Epistemológicas
13 min readJun 11, 2021

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“Eu já me transformei em imagem. Mesmo que eu morra, vocês vão me assistir, os meus netos e as novas gerações. O filme já foi assistido em vários lugares do mundo. Assim como os filmes de outros povos. O filme também incentiva outras terras Hunikui.”

Agostinho Muru

A fala acima é dita por Agostinho Muru, no filme “Ma Ê Dami Xina: Já me transformei em imagem” (2008, 32 min), dirigido pelo realizador Zezinho Yube, do povo Huni Kuin. Assim como Augustinho, muitas/os outras/os já se transformaram em imagem pelo “olhar indígena que atravessa a lente”, como diria Edgar Kanaykõ Xacriabá (2019).

O debate sobre o cinema produzido e co-produzido por realizadores e realizadoras indígenas é bastante extenso, em âmbitos acadêmicos e estéticos. Mas, me coloco aqui na posição espectador que, ao assistir a essas obras, passo a refletir sobre a potência do cinema enquanto ferramenta política. Seja na chave do documentário ou da ficção, pessoas indígenas, do Brasil e do mundo, usam imagens e sons para contar as histórias de seu povo, que vivenciam um genocídio ininterrupto desde que os europeus invadiram o restante do mundo. Este cinema toma uma vasta multiplicidade de formas de construir narrativas. Muitas destas produções aparecem em festivais e premiações, levando sua luta por direitos e de resistência ao redor de todo o mundo.

O cinema indígena, como nas palavras de Sueli e Isael Maxakali, dois realizadores tikmũ’ũn: “fazem filmes que mostram a política” (BRASIL et al., 2019, p. 106). Não só a política entre indígenas e não-indígenas, mas também entre humanos e não-humanos, revisitando, demarcando, e reconhecendo fluxos de conhecimento, e construindo uma ponte entre diferentes mundos e seus modos de ver, ouvir e criar. Neste texto faço um rápido guia com algumas sugestões para começar a assistir a filmes indígenas, para que você também possa conhecer a luta dos povos originários pelas lentes desses cineastas.

FILMES SOBRE HUMANOS E ESPÍRITOS

Na obra “The American Indian Mind in a Linear World” (2003), Donald Fixico nos fala sobre a “‘visão’ indígena” que é composta por sons e imagens capturados pelos ouvidos e olhos somados a visões e interações com os espíritos. Essas interações são necessárias para o aprendizado e a percepção de mundo. Muitas obras de realizadores indígenas abordam relações entre os vivos e os mortos, entre humanos e espíritos.

Essa relação pode ser vista em “Mãtãnãg, A Encantada” de Shawara Maxakali e Charles Bicalho (2019, 14 min), que é um curta de animação que nasce a partir de oficinas realizadas em Aldeia Verde, na cidade de Ladainha. O povo Tikmũ’ũn, também conhecidos como Maxakali, habitam hoje a região conhecida como Vale do Mucuri, no norte de Minas Gerais (MAXAKALI & MAXAKALI, 2020). A animação foi produzida com ilustrações feitas por indígenas tikmũ’ũn, baseados em relatos do Pajé Totó Maxakali, e os desenhos ganham vida junto com os cânticos desse povo. O filme conta a história de Mãtãnãg, uma mulher que perde o marido devido a uma picada de cobra, e decide ir atrás dele, o acompanhado até a aldeia dos mortos.

Mãtãnãg, A Encantada

O povo Tikmũ’ũn já produziu um grande número de filmes, com destaque para o trabalho de Sueli Maxakali e Isael Maxakali, dois dos mais conhecidos realizadores indígenas do mundo. Alguns de seus trabalhos que também abordam a relação entre humanos e espíritos são o curta “Xupapoynãg” (2012, 15 min), dirigido pelo último, e o longa “Yãmĩyhex: As Mulheres-Espírito” (2019, 77 min), co-dirigido por ambos, que fala sobre despedida das yãmiyhex (mulheres-espírito) da aldeia. O filme mostra os preparativos e a grande festa para a despedida. Durante os dias de festa, uma multidão de espíritos atravessa a aldeia até que as yãmiyhex vão embora.

Essas interações entre humanos e espíritos através e pelas imagens, também pode ser visto em “Urihi Haromatipë: Curadores da terra-floresta” (2013, 60 min) de Morzaniel Ɨramari Yanomami. O filme acompanha os encontros organizados por Davi Kopenawa, que reúne xamãs de diversas regiões, em uma espécie de parlamento cosmopolítico, para curar a terra, que está adoecida. A câmera acompanha os xamãs por meio de planos muito longos, desde e a preparação do pó que será inalado pelos xamãs para permitir a descida dos espíritos, a pintura e colocação dos ornamentos corporais, até o momento em que os xamãs interagem com esses espíritos, que ocorre no pátio da aldeia, com todas/os a sua volta. Os xamãs “veem” o invisível e os espíritos agem sobre o corpo do xamã. É pelas lentes de Morzaniel Ɨramari Yanomami que não-indígenas podem ver uma articulação dos planos do visível e do invisível, tornando esse espaço permeável (BELISÁRIO & BRASIL, 2016, p. 606; BRASIL, 2016, p. 44).

Nestes filmes, podemos observar a imagem técnica sendo usada como forma de visualizar o que é “visto”. A imagem agenciadora ameríndia é transportada para o filme pela lente da câmera, ou pela ilustração, mostrando essas interações realizadas em comunidades de humanos e não-humanos para o mundo visível.

Urihi Haromatipë — Curadores da terra-floresta

FILMES SOBRE INDÍGENAS E NÃO-INDÍGENAS

Ainda sobre o filme de Morzaniel Ɨramari Yanomami, Urihi Haromatipë: Curadores da terra-floresta, ouvimos em certos momentos, uma voz intervindo por cima das imagens dos rituais. A voz é de Davi Kopenawa, que fala aos não-indígenas que estão assistindo ao filme. O filme de Morzaniel Yanomami é destinado aos napë (não-indígenas), é um registro dessa assembleia xamânica convocando esses a aprender sobre o pensamento e os ensinamentos do xamanismo. A escolha pelos longos planos, é feito um plano sequência para cada xamã que vai ao centro do semicírculo e sua ação é mostrada em totalidade, é estética e política: as imagens articulam as visibilidades do ritual e gravam aquele momento para serem revelados aos napë, chamando para ação.

Silvia Rivera Cusicanqui nos diz que os meios audiovisuais tocam melhor as sensibilidades populares do que a palavra escrita (2010, p. 20). Nessa chave, as imagens vêm sendo usadas como ferramenta da luta indígena já há muitos anos, e diversas iniciativas fazem o fomento deste uso, como o projeto Vídeo nas Aldeias, fundado em 1986, que realiza oficinas em aldeias por todo o país, distribuindo câmeras e equipamentos de exibição e formando indígenas em produção audiovisual. A maioria dos filmes comentados neste texto foram realizados no contexto do Vídeo nas Aldeias ou por realizadores que passaram pelo projeto.

Zawxiperkwer Ka’a — Guardiões da Floresta

Outra realização indígena que opera como denúncia do genocídio racista contra povos indígenas é “Zawxiperkwer Ka’a: Guardiões da Floresta” (2019, 52 min) de Jocy e Milson Guajajara. O filme se passa na Terra Indígena Caru, no Maranhão, habitada pelos povos Guajajara, Awá-Guajá e Ka’apor. Os habitantes desse território construíram uma organização, a que dá nome ao filme, a fim de proteger suas terras da invasão de latifundiários e madeireiras. O filme possui um tom de vigilância, assim como o trabalho dos Guardiões, e apresenta uma série de encontros entre o grupo e os peões, e suas abordagem frente às invasões. A obra também aciona um certo elemento de suspense, tanto pela posição da câmera, às vezes adotando uma postura quase que de “câmera escondida”, vigilante, entre as árvores, quanto pela montagem, que cria uma narrativa marcada por uma tensão. Neste longa, as imagens tomam forma a fim de escancarar a realidade das invasões de terra e ameaças dos poderosos contra os indígenas, e suas ações de reação. Há outro filme que aborda o mesmo grupo, o curta “Ka’a zar ukyze wà: Os donos da floresta em perigo” (2019, 13 min) dirigido por Flay Guajajara, Edivan dos Santos Guajajara e Erisvan Bone Guajajara.

Teko Haxy — Ser Imperfeita

Retratando de forma mais íntima a relação entre uma mulher indígena e uma não-indígena, “Teko Haxy: Ser Imperfeita” (2018, 40 min) nos leva para São José das Missões (RS), na Aldeia Ko’ënjú, do povo Mbya-Guarani. O filme é realizado por e conta a história de Patrícia Ferreira Pará Yxapy, cineasta indígena, e Sophia Pinheiro, antropóloga e artista visual não-indígena. O filme é feito de um “pessoal que é político”, nas palavras das próprias, é um “experimento visual feito por duas mulheres de diferentes mundos que criaram um mundo dentro dessas diferenças” (2019). Em certo momento, as duas conversam à beira do Rio Uruguai, quando Patrícia desabafa seu descontentamento ao falar em português coisas que seriam muito mais profundas se faladas em Guarani. Naquela cena, as palavras de Patrícia sobre as perdas causadas pela chegada dos brancos, nos levam para o íntimo de uma conversa profunda entre essas duas mulheres que “se metamorfoseiam a partir das imagens que produzem de si, fabulando suas existências e compartilhando seus caminho” (ROCHA, 2020). Vemos esses dois mundos colidindo através daquelas mulheres, construindo um espaço de intersecção e interação cultural criado a partir das imperfeições de Patrícia e Sophia.

A TRANSFORMAÇÃO EM IMAGEM

Outro importante caráter que o cinema indígena exprime é o registro e publicização de debates e tradições para outras gerações de indígenas, ou a parentes de aldeias distantes. Muitas vezes, podendo influenciar a formação de outros realizadores. Um filme que aborda essa questão é o já citado Ma Ê Dami Xina: Já me transformei em imagem, que já foi assunto do Grupo de Formação Antirracista do RE, dirigido por Zezinho Yube. O filme conta a história do povo Huni Kuin, também conhecido como Kaxinawás, desde o primeiro contato com os brancos até o presente com as escolas indígenas e a realização de filmes. A peça ainda aborda a relação com os seringueiros e a luta pela demarcação de suas terras. Dessa vez, o filme se direciona a outros indígenas, para que se inspirem pelas histórias ali contadas e também possam se transformar em imagens. O curta intercala entre imagens feitas na Aldeia Mibayã, no Acre, com filmagens de arquivo, recuperando filmagens históricas sobre o povo Huni Kuin.

Ma Ê Dami Xina — Já me transformei em imagem

Outro filme que opera na mesma chave é “Ma’e Mimiu Haw: A História Dos Cantos” de Jamilson Guajajara, Pollyana Guajajara, Jacilda Guajajara e Lemilda Guajajara (2019, 27 min) que nos leva a uma caminhada com Tachico Guajajara, pelos arredores da Aldeia Maçaranduba, no Terra Indígena Caru (MA). Caminhamos pela floresta, ouvindo os cantos da mata, até que ouvimos Tachico também cantar. Tachico nos conta como os Guajajaras aprenderam seus cantos. Ele conversa com as pessoas atrás da câmera durante todo o filme, e fala que elas devem aprender as histórias, os cantos, pois quando ele estiver velho e não puder mais cantar, elas deverão cantar, para que se lembrem dele, assim como o farão, ao assistirem ao filme. O homem diz que não há mais interesse nas músicas sagradas como antigamente, o que faz da vida do cantor uma vida triste.

Tachico também se transformou em imagem. Porém, ele é um homem triste, esperando que aqueles cantos, aprendidos com os bichos, ainda sejam cantados. Ma’e Mimiu Haw colide imagem e som para que possamos conhecer um pouco dos cantos Guajajara, e de Tachico, um de seus cantores. O filme, que foi produzido no contexto de uma oficina do projeto Vídeo nas Aldeias, nos leva a uma conversa com um sábio sobre as histórias de seu povo, e seu desejo de que essas não se percam.

Ma’e Mimiu Haw — A História Dos Cantos

ONDE ASSISTIR A FILMES INDÍGENAS

Muitos filmes de cineastas indígenas podem ser encontrado gratuitamente no Youtube e Vimeo dos próprios realizadores ou de produtoras como o Vídeo nas Aldeias e a Pajé Filmes; assim como de instituições como a FUNAI — Fundação Nacional do Índio, o Instituto Socioambiental (ISA) e o Itaú Cultural. Existe também a plataforma IsumaTV, um streaming exclusivo para produções indígenas de todo o mundo, com obras disponíveis em várias línguas e sem custo algum. O projeto Vídeo nas Aldeias oferece todo o seu catálogo online, algumas obras gratuitas, como já mencionado, outras na plataforma Vimeo On Demand, com valores a partir de US$2,00.

Muitos festivais e mostras ao redor do Brasil trazem filmes indígenas em sua programação, com destaque especial para os mineiros forumdoc.bh — Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte, FestCurtas — Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte e a Mostra de Cinema de Tiradentes e o baiano Cine Kurumin — Festival de Cinema Indígena. O Instituto Moreira Salles, em São Paulo, e o Festival de Cinema de Brasília também já organizaram mostras sobre o tema. Devido a pandemia, essas programações vêm acontecendo online, acessível de qualquer lugar do mundo.

Retorno a fala presente na epígrafe que abre este texto: “Eu já me transformei em imagem” diz Agostinho Muro. A transformação em imagem através do cinema indígena age como meio de escrever e inscrever corpos indígenas nas artes audiovisuais e no espaço público na luta por direitos humanos, das populações tradicionais e pelo meio ambiente. Os filmes feitos por cineastas indígenas se diferem pois apresentam uma sensibilidade própria daquele povo. É um cinema que descola o conhecimento da margem para ao centro. Como nas palavras de Sueli e Isael Maxakali: “Temos que respeitar, saber como filmar à distância. Não devemos chegar pertinho e filmar, filmar o rosto. Somos tihik, fizemos treinamento e respeitamos o pajé. Nós sabemos filmar com os pajés, aprendendo o que pode e o que não pode mostrar. Nós temos leis diferentes dos ãyuhuk (não-indígenas). Por isso, somos cineastas indígenas” (2019). Atravessando imagens, sejam elas técnicas, xamânicas, visíveis ou invisíveis, as produções de realizadores e realizadoras indígenas se constituem como únicas no campo cinematográfico, marcando esteticamente e politicamente agências e agentes que reivindicam formas de pensar e criar.

BÔNUS: FILMES DE NÃO-INDÍGENAS SOBRE A QUESTÃO INDÍGENA QUE VALEM A PENA ASSISTIR

Filmes de não-indígenas sobre questões indígenas podem ser extremamente problemáticos, em geral o são. São filmes que muitas vezes trazem visões estereotipadas, exotizantes, etnocêntricas e desrespeitosas com essas populações, e que muitas vezes foram feitos sem as devidas autorizações e contrapartidas. Isso inclui muitas das produções feitas em contextos etnográficos por antropólogos e outros acadêmicos. Mas, algumas obras merecem uma menção nessa lista, pois ao meu ver, mais somam do que prejudicam o debate. As indicações são o longa “Martírio” (2016, 160 min), de Vincent Carelli, um dos fundadores do Vídeo nas Aldeias, que retrata a violência sofrida pelos Guarani Kaiowá do Centro-Oeste, que estão em constante conflito com latifundiários, pecuaristas e madeireiras que invadem suas terras derramando sangue indígena pelo caminho. A outra é o filme experimental “Xapiri” (2012, 55 min) realizado por Leandro Lima, Gisela Mota, Laymert Garcia dos Santos, Stella Senra e Bruce Albert, que retrata os mesmos encontros organizados por Davi Kopenawa mostrados em Urihi Haromatipë: Curadores da terra-floresta, mas através uma abordagem experimental que visa homenagear visualmente o xamanismo Yanomami.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, André. Ver Por Meio do Invisível: O cinema como tradução xamânica. Novos estud. CEBRAP, São Paulo , v. 35, n. 3, p. 125–146, Nov. 2016.

_____________; BELISÁRIO, Bernard. Desmanchar o Cinema: Variações do Fora-de-campo em Filmes Indígenas. Sociol. Antropol., Rio de Janeiro , v. 6, n. 3, p. 601–634, Dec. 2016.

_____________; MAXAKALI, Isael; MAXAKALI, Sueli; DE TUGNY, Rosângela. Fragmentos de um cinema-jiboia tikmũ’ũn. In: Catálogo do forumdoc.bh 2019. Belo Horizonte: Filmes de Quintal, 2019.

CUSICANQUI, Silvia Rivera, 2010. Ch’ixinakax utxiwa — una reflexión sobre prácticas y discursos descolonizadores. Buenos Aires: Tinta Limón.

FERREIRA PARÁ YXAPY, Patrícia & PINHEIRO, Sophia. TEKO HAXY — SER IMPERFEITA. Verberenas Ed. 04. Brasília: 2019. Disponível em: <https://www.verberenas.com/article/teko-haxy/>. Acesso em: 03 de nov. de 2020.

FIXICO, Donald L., 2003. The American Indian mind in a linear world. London: Routledge.

KANAYKÕ, Edgar N. C.. Etnovisão: O olhar indígena que atravessa a lente. 2019. Dissertação (Mestrado em Antropologia) — Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

MAXAKALI, Isael & MAXAKALI, Sueli. Desta terra, para esta terra. Caderno de Leituras, 107. Chão de Feira. 2020.

ROMERO, Roberto. Numa terra estranha: sobre Mãtãnãg, a encantada, uma animação de Shawara Maxakali e Charles Bicalho. In: Catálogo do forumdoc.bh 2019. Belo Horizonte: Filmes de Quintal, 2019.

ROCHA, Lorenna. Como podemos olhar (e nos relacionar com) a diferença? — New York, just another city (2019) e Teko Haxy — ser imperfeita (2018). Sessão Aberta, 2020. Disponível em: <https://sessaoaberta.com/2020/07/28/como-podemos-olhar -e-nos-relacionar-com-a-diferenca-new-york-just-another-city-2019-e-teko-haxy-ser-imperfeita-2018/>. Acesso em: 03 de nov. de 2020.

FILMES COMENTADOS

Ma Ê Dami Xina — Já me transformei em imagem. Direção de Zezinho Yube. Aldeia Huni Kuĩ de Mibayã (AC): Vídeo nas Aldeias, 2008. (32 min)

Mãtãnãg, A Encantada. Direção de Shawara Maxakali e Charles Bicalho. Aldeia Verde (MG): Pagé Filmes, 2019. (14 min)

Yãmĩyhex — As Mulheres-Espírito. Direção de Sueli Maxakali e Isael Maxakali. Aldeia Verde (MG): Filmes de Quintal, 2019. (77 min)

Xupapoynãg. Direção de Isael Maxakali. Aldeia Verde (MG): Pagé Filmes, 2012. (15 min)

Urihi Haromatipë — Curadores da terra-floresta. Direção de Morzaniel Ɨramari Yanomami. Aldeia Watoriki (RR): Hutuka/ISA/UFMG, 2013. (60 min)

Zawxiperkwer Ka’a — Guardiões da Floresta. Direção de Jocy Guajajara e Milson Guajajara. Terra Indígena Caru (MA): Vídeo nas Aldeias, 2019. (52 min)

Ka’a Zar Ukyze Wà — Os donos da floresta em perigo. Direção de Flay Guajajara, Edivan dos Santos Guajajara e Erisvan Bone Guajajara. Terra Indígena Araribóia (MA): Mídia Índia, Instituto Socioambiental e Instituto Catitu, 2019. (13 min)

Teko Haxy — Ser Imperfeita. Direção de Patrícia Ferreira Pará Yxapy e Sophia Pinheiro. Aldeia Ko’ënjú (RS): Piragüi, 2018. (40 min)

Ma’e Mimiu Haw — A História dos Cantos. Dirigido por Jamilson Guajajara, Pollyana Guajajara, Jacilda Guajajara e Lemilda Guajajara. Aldeia Maçaranduba (MA): Vídeo nas Aldeias, 2019. (27 min)

Esse texto foi produzido a partir de uma série de escritos feitos por mim em outros contextos, como em trabalhos das disciplinas “Leituras de Autores Indígenas”, ministrada pela professora Karenina Andrade e “Novas Estéticas da Imagem”, ministrada pelo professor André Brasil, ambas na UFMG; e em um texto confeccionado na oficina de crítica “Corpo Crítico” do FestCurtasBH 2020, ministrada pela crítica, curadora e pesquisadora Kênia Freitas. Agradecimentos especiais as/o envolvidas/o pelos comentários e provocações.

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