Sensível ao olhar
Jaqueta jeans, tênis preto, calça escura e camisa solta, discreta, Stephanie procura não chamar atenção. Como uma boa artista, tem muitas referências, inclusive musicais, mas é fã mesmo de Engenheiros do Hawaii. Meio séria e um tanto observadora, seus olhos verdes — que o namorado Douglas define como “maravilhosos” — passam por todos os detalhes. Esses olhos guardam o poder de enxergar os sentimentos e expressões de cada pessoa que ela retrata.
Ainda pequena, enquanto gastava todos os filmes da câmera de seus pais tirando fotos deles e até dos próprios pés, tinha seu primeiro contato com a fotografia. Aos 12 anos, quando os pais se separaram, ela se mudou pra Itapoá, Santa Catarina. Aos 14, conheceu a Victória, menina dona de uma câmera Canon T3i, com a qual Stephanie fez alguns cliques, se apaixonou definitivamente pela fotografia e nunca mais parou.
Sonhadora, durona, sentimental e sensível, tudo ao mesmo tempo. Assim as pessoas próximas a definem. Sonha em morar no exterior e conhecer o mundo. Quase foi pra Dublin, na Irlanda, mas desistiu e começou a estudar Publicidade e Propaganda. Agora, trabalha em uma agência de publicidade e sonha em se formar, mas sem esquecer os sonhos antigos.
Ama a família, Orange Is The New Black, Grey’s Anatomy e Sherlock. Também ama os animais e, não por acaso, é vegetariana. Stephanie sente tudo com intensidade, e deixa que isso transpasse em suas fotografias. Para ela “(…) retratar alguém não é simplesmente uma questão de fazer ou não uma pose, é história, é ser, é como a pessoa realmente é.” Assim como muitos outros fotógrafos, agradece a Sebastião Salgado pela inspiração, e ao Douglas pelo incentivo e por mostrar que algo sempre pode ser melhorado.
“(…) retratar alguém não é simplesmente uma questão de fazer ou não uma pose, é história, é ser, é como a pessoa realmente é.”
A fotografia a faz querer mudar todos os dias. Ela diz que é impossível não se emocionar ao falar de retratos e histórias e que sente imensa gratidão por tudo que vive. Por seu olhar e sua empatia, a menina de personalidade forte e as vezes durona, transmite sua sensibilidade e toca as emoções de quem admira sua arte. Ela, assim como a música de sua banda preferida, vibra em outra frequência.
