Crítica | O Conto da Aia: 4º temporada marca virada importante

Série estrelada por Elisabeth Moss parece se encaminhar para desfecho da história

Victor Malveira
Reviews on Time
2 min readMay 19, 2022

--

O Conto da Aia — The Handmaid’s Tale — Elisabeth Moss e Yvonne Strahovski reviews on time
Elisabeth Moss e Yvonne Strahovski, em cena da série O Conto da Aia (Divulgação) Reviews on Time

A temporada 4 de O Conto da Aia chegou com mudanças importantes para o futuro da série estrelada por Elisabeth Moss. As temporadas anteriores eram muito intensas e chocantes, características que ficam menos presentes agora.

O último episódio da terceira temporada havia proporciona uma grande reviravolta para o regime ultraconservador e reacionário de Gilead. A retirada do avião cheia de crianças rumo ao Canadá é o ponto de virada inicial para que June começasse a agir com mais força contra seus abusadores.

June mudou completamente de personalidade durante seu tempo sendo torturada. Ela virou um símbolo de resistência para as outras aias, além de se fortalecer para sobreviver e se vingar. Vingança é para onde O Conto da Aia caminha nesses 10 novos episódios.

A vingança só tem início nos momentos finais da temporada após June perceber que o comandante Watford (Joseph Fiennes) não seria condenado pelos crimes que ele cometeu, além do fato de que Serena (Yvonne Strahovski) estar grávida.

A transformação de June reflete nas outras mulheres, aias e ex aias, e promovem um dos momentos mais fortes da temporada: Fred Watford cercado e espancado pelas ex aias no Canadá. Tal mudança de personalidade de June ecoa na relação com Luke (O. T. Fagbenle).

Dos novos episódios, o que mais se destaca é o terceiro, dirigido pela própria Moss. Cheio de cenas pesadas, o episódio segue as várias torturas que June sofre após ser capturada. Vemos as várias tentativas de destruir a casca que a protagonista havia criado.

Essa nova temporada consolida a transformação de June e marca um ponto de virada importante: agora é a vez de elas caçarem seus opressores. A série trabalha bem tal elemento e não deixa com que as atitudes do grupo liderado por June se equiparem moralmente a dos seus algozes, e nem abre espaço para compaixão para com eles.

O drama se concentra justamente nesse aspecto, uma vez que ela está fora do regime opressor de Gilead, June pode contar ao mundo o que sofreu. Só que Watford e o sistema que oprime as mulheres do qual ele faz parte ainda escapa da justiça.

O Conto da Aia indica que está caminhando para o final da série. O triângulo amoroso de June, Luke e Nick (Max Minghella) parece que vai tomar uma boa parte da trama nos próximos episódios. Da mesma forma, a resistência comandada por June estará em posição de ataque contra o regime de Gilead.

Nota: 4/5 (Muito Bom)

Roteiro: Kyra Snyder e Bruce Miller (II)
Elenco: Elisabeth Moss, Yvonne Strahovski, Joseph Fiennes, Max Minghella, O. T. Fagbenle

--

--

Victor Malveira
Reviews on Time

Um quase jornalista que tenta ser cinéfilo. O objetivo aqui é escrever resenhas de filmes, séries e de outras coisas aleatórias. Amante de futebol.