El Tanguito
Pinta-me ao céu de isopor
Construa-me entre pregos e cordas
Emaranhado ao costume do teu deus de palha
Qualquer pecado, condenação na fogueira
Pinta as paredes desta casa com sangue
As esconda por baixo de folhas secas
Junte-se ao martírio promovendo dúvida
E seja visto, para toda a intimidação há um álibi
Objeção? O deus tempestade inventiva
E meu braço armado estão ao teu encalço
Enquanto vagueia-se em coxias da tua reputação
Se desmembrando em três novos pecados
Com todo amor, toma-me os bolsos
Com toda a força, beba de minha fome
Com toda a insistência, dita-me estéticas
Com toda a imprudência, me concede vitórias
Nas densas águas desta superficialidade
Encontra-se catedrais e traumas
Saudemos aos escombros do casamento
Aos olhos da dupla conservação-procriação
As fases obscuras da lua
Ainda não são capazes de alimentar crianças famintas
A paz perseguida a prestação indigna de existir
Faz com que o futuro seja exilado e nebuloso
Pouco se precisa para assassinar a paz
Apenas símbolos pródigos de colonizadores
As façanhas imorais pregando moralidade
Em colos retalhados e superioridade étnica
E não tem volta, deus como prisão
Na américa celibata e monoteísta
Não há liberdade nos mergulhos
E uivos de crenças antigas…