Primeiro ministério de Dilma era composto por nove mulheres. Ao todo, 18 ministras estiveram no governo ao longo do mandato. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

#AlgoaTemer: As mulheres que estavam aqui

Quem são as ministras de antes da chegada de Michel Temer ao poder

Revista Apuro
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13 min readMay 30, 2016

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Reportagem: Diane Dias, Victor Soriano e Vitória Régia

Nos últimos dias, dois casos de grande repercussão tomaram conta da internet. Uma menina de 16 anos foi violentada por 33 homens no Rio de Janeiro e uma jovem de 17 foi drogada e estuprada por cinco homens no município de Bom Jesus, no Piauí. Nesse triste contexto, mulheres de todo o país estão unidas na luta contra a cultura do estupro e fazendo muita gente usar as redes sociais para discutir o machismo, que segue sendo um infeliz padrão da nossa sociedade. A subalternização das mulheres, refletida nesses casos extremos, tem reflexos também na política, vide a repercussão da ausência de mulheres em cargos ministeriais no governo interino de Michel Temer. Ao lado de Brunei, Paquistão, Hungria, Eslováquia e Arábia Saudita, o Brasil tornou-se uma exceção no contexto de cargos ministeriais ocupados pelo gênero feminino.

A lamentável inclusão neste seleto grupo destrói uma realidade que, mesmo ainda desigual, vinha mudando nos últimos anos. Entre 1990 e 2015, o Brasil teve 27 ministras. Dessas, 12 estiveram à frente de pastas durante o período em que Dilma Rousseff foi presidente (2011–2016). Ainda que o gênero representante da maior parcela da população já tenha o direito à voto desde a década de 30, somente 50 anos depois chegaram a assumir uma pasta do Executivo brasileiro. A Apuro foi atrás para saber quem foram as mulheres que já passaram pela Esplanada. E, em matéria de currículo, elas não devem nada aos atuais homens de Temer.

Foto: Itsa

Esther de Figueiredo Ferraz — Ministério da Educação e Cultura

Paulista, foi a primeira mulher da história do Brasil a ser nomeada ministra. Bacharel em Direito, Esther foi também a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Licenciada em Filosofia, lecionou Língua Portuguesa, Francês, Latim e Matemática. Em sua carreira docente, foi a primeira mulher a dar aulas na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e, logo em seguida, foi eleita reitora da Universidade Mackenzie, sendo a primeira mulher a ocupar este cargo em toda a América Latina.

O destaque como educadora foi primordial para que Esther adentrasse na política nacional. Comandou a Secretária de Educação do Estado de São Paulo e, em 1982, foi nomeada pelo então presidente João Baptista Figueiredo para o cargo de ministra da Educação, que manteve até o fim do regime militar. Um de seus legados no ministério foi a aprovação da Emenda Calmon, que determinava percentuais mínimos de gastos da União, Estados e Municípios em educação. Ao fim de sua administração o Ministério da Educação tinha o segundo maior orçamento entre todas as pastas. Além disso, a professora promoveu reforma universitária aperfeiçoando o plano de carreira dos professores. Esther de Figueiredo Ferraz faleceu em 2008, aos 93 anos de idade.

Dorothéa Werneck — Ministério do Trabalho e Ministério da Indústria e Comércio

A economista mineira comandou duas pastas distintas no Executivo Federal. Entre 1989 e 1990 esteve à frente do Ministério do Trabalho durante o governo de José Sarney. No ano de 1995, voltou ao Executivo como ministra da Indústria e Comércio, onde permaneceu até 1996. Doutora em economia pela Universidade de Boston, nos Estados Unidos, foi a segunda mulher a assumir um ministério no país.

Zélia Cardoso de Mello — Ministério da Fazenda

Zélia foi responsável pelo Plano Collor, que confiscou dinheiro dos brasileiros. Foto: Agência Estado

Também economista, Zélia foi a primeira e única mulher a ocupar a cadeira do Ministério da Fazenda, aos 36 anos. Doutora pela Universidade de São Paulo, lecionou no Departamento de Economia da universidade por alguns anos. Antes de assumir o ministério, participou da Secretaria do Tesouro Nacional. E em 1990 foi nomeada ministra da Economia, Fazenda e Planejamento no primeiro ministério do governo Fernando Collor.

Na época em que assumiu a pasta, o país passava por uma grave crise econômica e, junto com sua equipe, apresentou o Plano Collor na tentativa de conter a inflação e estabilizar a economia. Uma das medidas previstas na ação foi o confisco por 18 meses de investimentos com valores acima de 50 mil cruzados novos. A inflação foi contida a custo de grande insatisfação popular, recessão e altos índices de desemprego. O Plano Collor foi a quarta tentativa de se salvar a economia brasileira entre as décadas de 1980 e 1990, e, assim como as anteriores, não deu certo. Zélia foi afastada do cargo no ano seguinte e não fazia mais parte do governo no momento da renúncia do presidente.

Margarida Coimbra do Nascimento — Ministério dos Transportes

Engenheira de Niterói, assumiu a pasta dos Transportes em 1993 a convite do então presidente Itamar Franco. Em seu ministério, defendeu a continuidade da parceria com a iniciativa privada para a exploração de rodovias e ferrovias sob o sistema de concessões. Permaneceu no cargo até meados de 1994, quando pediu demissão após denúncias de tráfico de influência envolvendo seu marido, Carlos Henrique Siqueira, diretor da Noronha Engenharia e o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER).

Yeda Crusius — Ministério do Planejamento

A gaúcha chefiou a pasta do Planejamento no governo Itamar Franco entre janeiro e maio de 1993. Economista de formação e filiada ao PSDB desde 1990, foi eleita deputada federal três vezes consecutivas entre 1994 e 2002. Na Câmara, foi a primeira mulher a presidir a Comissão de Finanças e Tributação. Em 2006, foi eleita a primeira governadora do estado do Rio Grande do Sul, mas não conseguiu se reeleger em 2010, quando terminou o pleito na terceira colocação. Em 2014, concorreu novamente ao cargo de deputada federal e ficou na primeira suplência de sua coligação.

Claudia Costin — Ministério da Administração e Reforma do Estado

Especialista em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, Claudia foi ministra da Administração e Reforma do Estado entre 1998 e 1999 durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Na função, na qual sucedeu o economista Luiz Carlos Bresser Pereira, Costin comandava o processo de enxugamento da máquina pública que previa, entre outras ações, a privatização de empresas estatais.

Após o fim do mandato FHC, assumiu a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo na primeira gestão do tucano Geraldo Alckmin. Em 2009, tornou-se Secretária de Educação do Município do Rio de Janeiro. Três anos depois, teve seu nome cogitado para a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação, mas foi fortemente rejeitada por educadores e sindicatos de professores e sua nomeação não ocorreu. Desde 2014 ocupa o cargo de diretora de Educação do Banco Mundial (Bird), nos Estados Unidos.

Benedita da Silva — Secretaria Especial da Assistência e Promoção Social

Quadro histórico do Partido dos Trabalhadores, a carioca Benedita da Silva foi, em 1994, a primeira mulher negra eleita senadora. Vice de Anthony Garotinho, ela assumiu o cargo de governadora do Rio de Janeiro em 2002, com a renúncia do titular para concorrer à Presidência da República. Tentou se eleger, mas foi derrotada por Rosinha, esposa do antigo parceiro de chapa. Assumiu a secretaria especial em 2003, no primeiro mandato do presidente Lula. Atualmente, é deputada federal.

Dilma Rousseff — Ministério de Minas e Energia e Casa Civil

Dilma em 2002. Foto: Revista Veja

A presidenta afastada foi a primeira mulher a ocupar o mais alto cargo político do Brasil. Antes disso, foi ministra de duas pastas durante o governo Lula. De 2003 a 2005 comandou o Ministério de Minas e Energia, tendo sido transferida, no mesmo ano, para a chefia da Casa Civil. Na primeira pasta, foi responsável pelo desenvolvimento do programa Luz para Todos e conseguiu conter um possível apagão no país. Já na Casa Civil foi uma das principais idealizadoras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que investiu bilhões de reais em obras de infraestrutura em todo o território nacional. Durante a campanha eleitoral de 2010, chegou a ser apresentada por Lula como a ‘mãe do PAC’.

Emília Fernandes — Secretaria Especial de Políticas para Mulheres

Pedagoga do Rio Grande do Sul, Emília Fernandes foi a primeira senadora eleita pelo seu estado antes de assumir a pasta, em 2003, no governo Lula. Em seguida, foi eleita suplente como deputada federal e assumiu o cargo em 2009.

Marina Silva — Ministério do Meio Ambiente

Formada em História, Marina Silva foi eleita, em 1994, a senadora mais jovem da história da República pelo estado do Acre. Em 2002 foi reeleita e no ano seguinte assumiu a pasta do Meio Ambiente, no primeiro ministério formado por Lula. Pediu demissão do cargou em 2008 alegando dificuldades para seguir com a agenda ambiental federal e no ano seguinte deixou o PT, do qual era filiada desde 1986, para entrar no Partido Verde. Hoje na Rede, disputou as eleições presidenciais em 2010 e 2014 e terminou ambas na terceira colocação.

Matilde Ribeiro — Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial

Militante dos movimentos negro e feminista, Matilde Ribeiro formou-se em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Assumiu a pasta da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial em 2003, permanecendo no cargo até 2008.

Nilcéia Freire — Secretaria Especial de Políticas para Mulheres

Médica e ex-reitora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, assumiu a pasta em 2004 após a saída de Emília Fernandes e permaneceu até 2011. Nomeada pelo presidente Lula, Nilcéia defendeu a descriminalização do aborto e implementou a Lei Maria da Penha para coibir a violência contra a mulher.

Izabella Teixeira — Ministério do Meio Ambiente

Assumiu o ministério do Meio Ambiente em 2010, ainda durante o mandato de Lula e permaneceu no cargo ao longo de todo o governo Dilma Rousseff. Izabella é biológa formada pela Universidade de Brasília e doutora em Planejamento Ambiental pela UFRJ. Foi durante seu período à frente da pasta que o Brasil registrou as menores taxas de desmatamento da Amazônia.

Erenice Guerra — Casa Civil

Após a saída de Dilma Rousseff da pasta para concorrer à presidência nas eleições de 2010, a advogada Erenice Guerra foi incumbida do ministério, onde ficou por apenas cinco meses. O pouco tempo se justifica pelos escândalos de corrupção envolvendo o nome de seu filho, Israel Guerra.

Marta Suplicy — Ministério do Turismo e Ministério da Cultura

Ex-prefeita de São Paulo e uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores, a psicóloga Marta Suplicy foi convidada por Lula para a pasta do Turismo em seu segundo mandato, ficando no cargo entre 2007 e 2008. Saiu para concorrer novamente à prefeitura paulistana. Perdeu a disputa em segundo turno para o hoje ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD). Em 2012, já no governo Dilma, foi responsável pelo Ministério da Cultura de onde se demitiu em 2014, ante a reforma ministerial do segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff. No ano seguinte, a senadora filiou-se ao PMDB e votou a favor do impeachment no Senado Federal.

Marcia Lopes — Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Marcia é assistente social e mestre em Políticas Sociais pela PUC-SP. Durante o governo Lula foi ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome entre 2010 e 2011. Paranaense, lecionou por mais de 25 anos na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Além disso, presidiu a Rede de Pobreza e Proteção Social dos Países da América Latina e Caribe, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Sandra Starling — Ministério do Trabalho

A mineira Sandra Starling assumiu interinamente a pasta em 2003, durante o governo Lula.

Ideli Salvatti — Secretaria dos Direitos Humanos

Licenciada em física pela Universidade Federal do Paraná, Ideli Salvatti foi a primeira mulher eleita senadora por Santa Catarina, em 2002. Em 2011, assumiu o recém-criado ministério da Pesca e Aquicultura, saindo meses depois para ocupar a hoje extinta Secretaria de Relações Institucionais, entre 2011 e 2014. Também foi ministra da Secretaria de Direitos Humanos em 2014 e 2015. Foi eleita deputada estadual em 1994 e 1998.

Luiza Helena de Bairros — Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial

Formada em administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, possui mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia e doutorado em sociologia pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Luiza Bairros foi ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial entre 2011 e 2014, após ocupar por três anos a secretaria de Promoção da Igualdade Racial da Bahia.

Nilma Lino Gomes — Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos

Foto: Presidência da República

Nilma é pedagoga e se tornou a primeira mulher negra a comandar uma universidade federal do país ao assumir o comando da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), em 2013. Em outubro do ano passado, foi nomeada para o novo Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, que uniu as secretarias de Políticas para Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos na reforma ministerial de 2015. Permaneceu no cargo até o dia do afastamento de Dilma pelo Senado Federal.

Miriam Belchior — Ministério do Planejamento

Foi secretária de Administração e Modernização Administrativa e de Inclusão Social e Habitação da Prefeitura de Santo André durante o segundo mandato do seu marido Celso Daniel, assassinado em 2002. Miriam foi assessora especial da Presidência da República de janeiro de 2003 a junho de 2004 durante o governo Lula, após ter sido subchefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil da Presidência da República. Assumiu o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff, de 2011 a 2014. Em fevereiro de 2015, foi nomeada presidente da Caixa Econômica Federal, sendo exonerada pelo presidente em exercício Michel Temer.

Eleonora Menicucci — Secretaria Especial de Políticas para Mulheres

Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais, é professora titular de saúde coletiva da Universidade Federal de São Paulo. Eleonora Menicucci comandou a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres de fevereiro de 2012 a outubro de 2015.

Maria do Rosário — Secretaria de Direitos Humanos

Foto: Jornal Zero Hora

Filiada ao Partido dos Trabalhadores desde 1993, foi eleita duas vezes vereadora de Porto Alegre. Em 1998 tornou-se deputada estadual e em 2002 conquistou vaga na Câmara dos Deputados pelo Rio Grande do Sul, sendo reeleita em 2006. Maria do Rosário foi ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff entre 2011 e 2014. No mesmo ano, já de volta ao Congresso, em discussão com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), ouviu do parlamentar que ele só não a estuprava “porque ela não merecia”. Em 2015, Bolsonaro foi condenado ao pagamento de R$ 10 mil por danos morais.

Ana de Hollanda — Ministério da Cultura

De 2003 a 2007 foi responsável pela direção do Centro de Música da Funarte. Foi também coordenadora da Câmara Setorial de Cultura. Em 2011, foi nomeada pela presidenta Dilma Rousseff para o Ministério da Cultura. Logo no início de sua gestão, a licença Creative Commons foi retirada da página do ministério. Foi a primeira de muitas críticas que recebeu da classe artística por conta de uma possível mudança na orientação política da pasta no que tange à proteção dos direitos autorais. Em setembro de 2012 deixou o cargo, sendo substituída por Marta Suplicy.

Kátia Abreu — Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Foto: Elza Fiuza / Agência Brasil

A empresária e pecuarista se elegeu em 1998 primeira suplente por Tocantins na Câmara dos Deputados e assumiu a vaga em duas oportunidades entre abril de 2000 e abril de 2002. Foi escolhida para presidir a bancada ruralista no Congresso Nacional. Em 2002, foi eleita deputada federal e em 2006 para o Senado. Em dezembro de 2014, foi indicada por Dilma Rousseff para ocupar o cargo de ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Filiada ao PMDB, foi a única integrante do partido que não deixou o governo depois da abertura do processo de impeachment na Câmara.

Tereza Campello — Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

É economista formada pela Universidade Federal de Uberlândia e comandou o Ministério do Desenvolvimento Social desde o primeiro dia do governo Dilma. Sua carreira política começou com a participação no governo dos ex-prefeitos de Porto Alegre Raul Pont e Tarso Genro e na prefeitura e no governo do estado, com Olívio Dutra. Foi da equipe de transição de Lula, em 2002. Foi subchefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, coordenou o Programa Nacional do Biodiesel e participou da criação do Bolsa-Família, principal programa comandado por sua pasta. Foi exonerada do cargo com o afastamento de Dilma.

Gleisi Hoffmann — Casa Civil

Advogada filiada ao Partido dos Trabalhadores desde 1989 atualmente senadora pelo estado do Paraná, Gleisi foi Ministra da Casa Civil de 2011 até 2014. Em 2002 fez parte da equipe de transição do governo Lula e foi nomeada diretora financeira da Itaipu Binacional. Especializou-se em Gestão de Organizações Públicas e Administração Financeira na Associação Brasileira de Orçamento Público e na Escola Superior de Assuntos Fazendários do Ministério da Fazenda. É autora do projeto de lei, aprovado pelo Congresso em 2013, que extingue os 14º e 15º salários de parlamentares. No início do mês, foi denunciada pelo Ministério Público Federal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato, ao lado do marido e ex-ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Até o momento, poucas mulheres estão presentes nos altos cargos do governo interino, com destaque para a executiva Maria Silvia Bastos, ex-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional e agora comandante do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Chefe do Gabinete Presidencial, Nara de Deus, e a Secretária de Direitos Humanos, Flávia Piovesan.

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