“Chico Bento certinho não funcionaria”
Na série de entrevistas com grandes quadrinistas brasileiros, Mauricio de Sousa fala com Rafael Spaca sobre um dos seus principais personagens
Por Rafael Spaca
Chico Bento não nasceu, como quase todos os seus personagens principais, de uma pessoa da família ou muito próxima a ti. O fato de tê-lo criado sem uma referência foi a sua grande dificuldade em conceber o desenho em todos os seus aspectos (conceito, traço, etc.)?
Chico Bento tem muito de um tio-avô meu e de mim mesmo que cresci no interior paulista. Em Mogi das Cruzes, então uma pequena cidade. Mas não tive dificuldade em chegar ao Chico definitivo. Tive oportunidade de treinar e amadurecer o personagem graças a um contrato com uma revista chamada Coopercotia, editada pela então Cooperativa de Cotia. Eram histórias, originalmente, de dois personagens chamados Hiroshi e Zezinho que lá pelas tantas receberam em suas historinhas um menino caipira totalmente fora da realidade. Mas ingênuo e bondoso. Com o tempo, esse menino, cada vez mais parecido com o atual Chico, foi “engolindo” a presença dos dois titulares das historinhas até que tomou conta do pedaço. Mais ou menos como aconteceu quando a Mônica surgiu nas tirinhas do Cebolinha. Chegou e ganhou o lugar.
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