Fascículos #9

Revista Bula

www.revistabula.com

Chapéu
revista Capitu

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pelo editor Carlos Willian Leite

Quem, Como, Quando, Onde e Por Que?

A linha editorial é o jornalismo cultural, não factual. O conteúdo publicado é amplo: ensaios, resenhas, web stuff com foco em cultura, listas literárias, comportamentais e de entretenimento, crônicas, críticas de filmes e de música. Não publicamos textos literários, exceto no caso de listas (literárias) e crônicas.

Temos aproximadamente trinta colaboradores e alguns funcionários. O trabalho é todo em home office, com reuniões presenciais toda semana. Nas reuniões são definidas as pautas e mensurada a audiência da semana anterior.

A publicação é custeada por publicidade que, normalmente, é vendida para o ano todo.

O trabalho de edição é feito sempre por três pessoas: o autor, o editor de conteúdo e o editor web. O editor web tem uma das funções mais importantes: definir, a partir da sugestão do editor de conteúdo, que estratégia será utilizada para que uma determinada publicação tenha um maior impacto e alcance. É ele quem define, por exemplo, qual título será utilizado e em que horário será publicado um determinado conteúdo.

A Bula está presente nas principais redes sociais, com ênfase no Twitter (43 mil seguidores) e Facebook (1,9 milhão de seguidores). Ela é inclusive uma das poucas páginas do segmento cultural verificadas pelo Facebook. O contato com o público é feito 24 horas por dia, por meio de um editor de redes sociais.

A resposta é bastante significativa: basta observar que a Bula tem, em média, 10 milhões de page views e mais 4 milhões de usuários únicos mensais.

A revista completará 15 anos em 2018. Quando iniciamos o projeto, em 2003, pensávamos que deveríamos publicar apenas aquilo que tivesse qualidade acima da média. Com o tempo fomos percebendo que só seria possível ter retorno financeiro e, consequentemente, manter o projeto, se fizéssemos concessões editoriais. Fizemos e descobrimos que era possível publicar textos mais, digamos, medianos, sem ter que vulgarizar nosso conteúdo.

Esse talvez seja o dilema do jornalismo cultural. Não adianta publicar para ninguém ler. Os anunciantes, que sustentam o jornalismo, querem mais do que bom conteúdo: querem um Google Analytics com audiência significativa. Não adianta você ter o melhor conteúdo do mundo se ninguém souber que ele existe.

Em resumo: é preciso fazer concessões editorias em nome da audiência. Às vezes o texto mediano é que sustenta a audiência do bom.

5 Textos da Bula

Virginia Woolf tentou ‘curar’ sua loucura pelo suicídio — um dos melhores perfis biográficos já publicados no Brasil.

Pecados, demônios e tentações em Chaves — o texto mais famoso da Revista Bula. Virou curta, teses, foi o tema mais comentado da internet e por fim caiu em domínio público. Tem mais de 15 milhões de acessos.

A você, hipócrita leitor, meu igual, meu irmão (por supuesto!) — uma declaração de amor ao livro.

22 livros que são diamantes para o cérebro — o texto mais lido da história da Revista Bula. Tem mais de 20 milhões de acessos e quase 300 mil compartilhamentos no Facebook.

Publicações Favoritas

Piauí
Scream & Yell
The Paris Review
The Observer

Por que fazer um site de cultura?

Encaramos isso como uma atividade profissional. Somos uma empresa. Sites culturais sem suporte financeiro não sobrevivem por muito tempo. E quando sobrevivem, se tornam mortos-vivos — porque não são uma prioridade para seus donos e editores, que precisam sobreviver de outra forma. Para se ter sucesso na internet com sites de cultura, é preciso disciplina, disciplina, disciplina, um pouco de resignação e, sobretudo, financiamento.

Fascículos é uma série da Capitu que propõe um diálogo com outros sites e publicações de cultura. Os editores recebem um questionário padrão sobre o seu processo, escopo e resultados — e indicam seus preferidos na área.

Carlos Willian Leite é formado em comunicação social e teosofia. Publicou o livro As Intempéries do vento, Prêmio Cora Coralina de 1999. Leia poesias suas.

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