Agile Trends 2019 — Trilha Teams

Carlos Henrique
Revista Co:lab
Published in
6 min readJun 12, 2019

Participamos do evento Agile Trends 2019, um evento voltado para a agilidade nas empresas brasileiras.

Palco principal do Agile Trends 2019

Atualmente ser ágil para as empresas é uma questão sobrevivência. A cada dia elas precisam se reinventar e se adaptar às novas necessidades do mercado de forma concreta e veloz.

O que é o agil?

O método surgiu com o Manifesto Ágil, no qual um conjunto de programadores definiram princípios como propostas de gestão para o desenvolvimento de software.

Neste documento, quatro princípios foram definidos:

  1. Indivíduos e interações mais que processos e ferramentas;
  2. Software em funcionamento mais que documentação abrangente;
  3. Colaboração com o cliente mais que negociação de contratos;
  4. Responder a mudanças mais que seguir um plano.
Foto do site do manifesto ágil original. Retirado de: http://agilemanifesto.org/. Acessado em junho de 2019.

Esses princípios serviram de referência para muitos outros modelos de trabalho — como o Kanban e o Scrum — tornando-se muito popular e adaptados por diversas outras áreas que compõem uma companhia.

Mas afinal, o que é ser ágil?

Existem duas mentalidades quando as pessoas lidam com a metodologia ágil:

  • Aqueles que acreditam nos valores e princípios do manifesto;
  • E aqueles que o fazem porque é visto como a melhor prática — ou seja, aqueles que aplicam porque o mercado está falando sobre.

Dentre estas duas formas de pensar, a mais eficiente é a primeira, onde os valores e princípios se tornem também princípios das pessoas. Nem todos os contextos podem ser supridos pelo método. Com isso, é importante entender como são os processos de uma empresa, seus problemas reais, levantar hipóteses de soluções e testá-las.

Todo esse processo deve ter um feedback no qual seja possível analisar e tomar decisões rapidamente. Por isso um evento como o Agile Trends é tão importante hoje e atrai tantos olhares. Nós do co:lab participamos nos dias 15 e 16 de abril, assistindo às palestras e conhecendo a vivência do método aplicado às empresas. Confira!

Ágile Trends 2019

O evento vem como um facilitador para que conceitos e vivências no mundo do ágil possam ser compartilhadas com a comunidade. Segundo os dados do próprio evento, "Só em 2018, tivemos mais 500 empresas e 3.000 profissionais participando dos eventos que realizamos.".

O evento é estruturado sob o esquema de trilhas. Neste ano de 2019, foram três trilhas: Business, Teams e Management.

  • A trilha Business possui foco para o público de negócios, tais como marketing, comercial, RH e demais áreas operacionais;
  • A trilha Teams possui possui foco nos membros de equipes ágeis que precisam usar agilidade no seu dia a dia;
  • A trilha Management possui foco em gestores de forma geral que precisam apoiar suas equipes na adoção e evolução de agilidade.

Nós do co:lab fomos na trilha Teams.

A trilha Teams

Foto da trilha Teams — Dias 15 e 16 de abril de 2019

A trilha Teams se caracteriza por temas sobre temas de team building, coaching, facilitação, melhoria contínua, UX, Lean UX e práticas para o dia a dia. Os inúmeros palestrantes apresentaram vários conceitos e cases. Nós do co:lab destacamos alguns a seguir:

Onboarding — dicas e aprendizados para começar com o pé direito em um novo time — Por Thiago Soares (Easynvest)

Nesta palestra, o Thiago nos provoca quanto a problemática: "Mudar de time, é só isso?". Quando mudamos de uma empresa ou time, muitas vezes acabamos não prestando ao novo contexto no qual iremos atuar. Sendo assim, ele nos convida a exercitar os tópicos a seguir sempre que estivermos nessa situação:

  • Estude: preocupe-se com o seu próprio onboarding, dedique tempo para conhecer a empresa, sua cultura, propósito, valores, objetivos, estratégia e outras áreas próximas da sua;
  • Colabore: Faça "shadowing" com seus pares, conheça a forma como eles trabalham e crie oportunidades de colaboração e troca de conhecimento;
  • Observe: Dedique um tempo para entender o contexto e o momento do time. Ouça ativa e atentamente, tome notas, faça perguntas e observe as interações entre as pessoas.
  • Compartilhe: Permita que as pessoas conheçam sobre as suas experiências e tenha interesse em conhecer as delas, construa vínculos que gerem respeito e confiança;
  • Respeite: Entenda as características de personalidade das pessoas no time, bem como aquilo que as motiva e leve isso com consideração nas atividades do dia a dia e na sua estratégia de trabalho;
  • Contribua: Aproveite o seu "olhar de fora" e contribua com as suas impressões sobre a empresa, o time, os processos e a forma como as pessoas interagem com o trabalho.

Veja apresentação na íntegra.

Contrato Ágil do time: Como usar esta dinâmica para desenvolver valores e habilidades interpessoais almejadas em uma equipe — Por Guilherme Carvalho (Conta Azul)

Problemas e disfunções em uma equipe é algo comum. Mas como podemos usar um contrato ágil que ajude a equipe a incrementar habilidades interpessoais em uma equipe? O Guilherme nos apresenta como através do Contrato Ágil do time. O contrato é uma metodologia na qual o time em uma dinâmica, levanta os pontos de dor, elencam os valores que a equipe deve ter e elencam hipóteses de solução, deixando-as em evidência até o momento em que são solucionadas. Guilherme nos mostra o Modelo de Tuckman, no qual podemos avaliar em qual estágio de desenvolvimento o time se encontra:

Modelo de Tuckman — Os estágios de desenvolvimento

Veja apresentação na íntegra.

Workshop — Técnicas de Team Building para ir do Forming ao Performing — Por Marcus Flavius (PagSeguro)

Neste workshop que busca mostrar como desenvolver equipes através do team building, Marcus nos mostra novamente o conceito do Modelo de Tuckman e nos mostra mais dois: As cinco disfunções de uma equipe — por Patrick Lencioni, e Hábitos Atômicos — por James Clear.

Segundo Marcus, podemos associar o estágio de desenvolvimento de uma equipe com os distúrbios naturais de equipes e tentar solucionar problemas através da mudança de hábitos de forma atômica, ou seja, com esforços pequenos que irão ganhar força e grandiosidade ao longo do tempo.

As 5 disfunções de Patrick Lencioni sob o modelo de Tuckman.

Veja apresentação na íntegra.

Pare de estimar e comece a "previsibilizar" — Por Ricardo Shikota (Matera)

"Estimativa não é algo tão preciso. Como podemos então ser mais assertivos?", é com essa problemática que o Ricardo nos provoca e nos traz um novo modo de atuar. É com isso que ele nos apresenta o Método de Monte Carlo.

Designa-se por método de Monte Carlo (MMC) qualquer método de uma classe de métodos estatísticos que se baseiam em amostragens aleatórias massivas para obter resultados numéricos, isto é, repetindo sucessivas simulações um elevado número de vezes, para calcular probabilidades heurísticamente, tal como se, de fato, se registrassem os resultados reais em jogos de cassino (daí o nome).

Para se realizar, pega-se o total de tarefas a serem executadas. Define-se então a quantidade de rodadas de simulação que se quer rodar (quanto maior o número, mais assertivo) e definindo o Throughput do time, ou seja, o número médio de histórias realizadas em um determinado tempo.

Dados de entrada para se realizar as simulações sobre o método de Monte Carlo.

Após uma sucessão de rodadas, o método pode trazer informações do tipo:

Saída das simulações sobre o método de Monte Carlo.

Com isso, é possível passar uma determinada data para seu gestor ;)

Veja apresentação na íntegra.

A maioria das palestras possuem suas apresentações dispostas na página de programação do evento.

Se gostou do que leu, tem alguma dúvida ou está trabalhando em algo parecido, fique à vontade para deixar seu comentário. ;)

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Carlos Henrique
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30; Software Engineer na GoDaddy; Apaixonado por web, música e café; @carlohcs São Paulo — SP — Brasil