Quando se levantam as tendas
Por Carlos Castelo
Adorei ser um dos escritores “oficiais” da ano I e II: ensaio.
Talvez tenha sido a primeira vez que me fixei em algo.
Ok, teve a figura materna, mas consegui resolver com 12 anos de psicanálise.
Sempre me vi como um Castelo erradio. No plano literário, comecei fazendo letras de música. Depois passei para a crônica. Não satisfeito dei para escrever aforismos, micronarrativas e até haicais. Ao ser chamado pela ano I: ensaio propus a categoria miniensaios de humor, curtiram, e fui ficando. Um dia, cansei e falei que queria publicar versos. Não só toparam, como criaram notáveis direções de arte para os poemas.
Agora, no auge do meu sedentarismo, são eles que levantam as tendas e vão se embora. Bom pra eu aprender que não sou tão cigano assim.
Carlos Castelo é ficcionista, compositor e epigramático. Escreve crônicas no Estadão e resenhas literárias na revista Bravo! Atualmente publica microcontos em Minusculidades.
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