A extensão do nosso nó(s)

refletindo sobre obviedades esquecidas

Carol Rosa
Revista in-Cômoda
2 min readOct 11, 2019

--

Photo by Matt Briney on Unsplash

Somos muito maiores do que simplesmente a soma das partes dos nossos corpos, o que fizemos ontem ou o que faremos amanhã. Cada “eu”, cada “um”, cada “ser” guarda um “nós” dentro de si. Um (s) que nos une e nos prova que a autossuficiência é uma ilusão.

Enquanto mergulhados em nossos egos, nossas questões, deixamos de perceber que estamos todos interligados por infinitas conexões e acontecimentos. Não há como fugir. E isso não engloba apenas “o nosso mundo de hoje” e as pessoas que conhecemos agora, mas todos aqueles que viveram antes de nós e, só o fato de terem existido, foi o suficiente para que tudo o que aconteceu desde então fosse da maneira que foi.

Nós vivemos no mundo que outras pessoas criaram. E, da mesma forma, quem vier depois de nós será diretamente atingido por tudo o que estamos fazendo (ou deixando de fazer) agora.

Somos resultado de milhares e milhares de tentativas e erros de incontáveis seres humanos que, ao longo da história, muitas vezes em péssimas condições, descobriram algo que hoje não nos imaginamos sem.

Seríamos diferentes, com experiências diferentes se aqueles que viveram antes de nós não tivessem sido quem foram e feito o que fizeram.

Parece óbvio e é.

Então, é um pouco rude da nossa parte estarmos nos fechando tanto e nos limitando a ver apenas o que está a nossa frente, sem olhar para o lado ou para trás.

Temos que destruir as bolhas em que estamos presos, cortar as correntes do individualismo. Precisamos abrir nossos olhos e nos permitir ver que nosso nó(s) une muito mais pessoas do que podemos imaginar ou ousamos parar para perceber.

--

--

Carol Rosa
Revista in-Cômoda

Amante da escrita e viciada em buscar novos olhares para o que já foi visto.