A vida se fez poente
Imagem minha é o que tu és
habitamos o mesmo espaço
e a nossas fibras se assemelham,
porém sempre assinalamos
as espantosas diferenças,
a distância imensa,
e nosso orgulho
de querer permanecer
em um universo que não existe.
No torvelinho do nosso estar aqui
Forças distantes,
individuais
se fazem inúteis.
Choramos perdas,
perdemos elos,
resta a pertença à mesma era
de dor e medo.
Entre o que sou e o que tu és
está a ameaça que não tem cor
e iguala a todos,
exige parada brusca,
posição estática,
resposta rápida
em sintonia.
Porém não correspondemos.
Então só resta
viver o dia
que ainda temos
por que o amanhã
se fez ponto de interrogação.
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