(Dark) Para nem sempre, nem nunca

(sem spoiler)

Nalini Vasconcelos
Revista in-Cômoda
2 min readJul 28, 2020

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Jonas Kahnwald preparado para a nossa pandemia…

Escrevo tardiamente esse texto. Em ritmo de maratona, finalizei a terceira temporada de Dark, assim que foi lançada, portanto há meses atrás. Nos anos anteriores, depois que me envolvi no mistério do episódio piloto, tive que ir no google algumas vezes para lembrar o sobrenome alemão de quem é quem.

Também dormi morrendo de medo algumas noites com a trilha sonora braba de suspense na cabeça. Enfim cheguei à Season Finale cheia de passado, presente, futuro e possibilidades. Afinal, tirando um pouco a melosidade dessa temporada, a maioria das (insanas) relevações aparecem nessa etapa. E não posso deixar de dizer o quanto fiquei impressionada com a semelhança do elenco com eles mesmos. (rs)

Aqui não há spoiler. Trago uma lista com algumas metáforas extraídas da série. Mesmo lendo nomes ou fatos, é quase impossível ter palpites com o que pode acontecer. Por exemplo, ainda estou surpresa com Urlich batendo na criança Helge.

E quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? Vamos lá:

  • Com todos os caminhos que se abrem, sempre supomos o que somos e o que poderíamos ser. Ou ter sido…
  • A fixação pela origem é inerente a todos.
  • Quem nunca teve a sensação de pertencer a outro tempo? Ou sentiu-se inadequado no mundo onde vive?
  • Sempre que tentamos fazer alguma reparação no passado, dá merda em outro canto. Efeito borboleta.
  • Algumas marcas ficam para sempre.
  • Às vezes temos a chance de fazer o mesmo ser diferente.
  • A gente só acredita quando nosso “eu maduro” diz, porque já passou por tudo.
  • Quando fazemos as pazes com nossa criança do passado, nossa velhice ferida e dilacerada entra em redenção.
  • Tanta gente vive presa (porque quer) ou capturada (porque não sabe sair) no passado!
  • Quantos sacrifícios somos capazes de fazer para remover uma dor?
  • Nunca existimos de verdade?
  • O que sabemos é uma gota, o que ignoramos é o oceano.

E Adão e Eva viveram felizes para… nem sempre, nem nunca.

Adeus.

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