Desvio
Não te lembras de mim no teu mundo tão preciso.
Não te faz falta a minha voz e o meu sorriso.
Os murmúrios do amor igualam-se ao zunido
do vento, da rua, do mar em calmaria.
Não mais os ouves.
Desencanta-se teu corpo em minha ausência
e se fazem nulas as memórias da magia.
Então resolvo apagar as marcas do teu cheiro
esqueço as dores e prazeres.
Faço de ti mais que um lamento,
mais que uma saudade ou um tormento
te faço sonho,
fantasia.
Não ouses retornar!
Cada sonho é único,
não se repete por igual,
nem traz novamente
a sensação onipotente,
de que pode ser real.
Acendo velas,
te coloco no altar do esquecimento.
Desisto de lembrar.
Já te esqueci.
Mas se voltares, fantasia,
te afastarei com um gesto contundente,
serás pesadelo marginal.
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