Durmo sem nada
“Eu ainda te amo, aliás com toda certeza, pra sempre vou te amar! Mas hoje, precisamos desse tempo. Fica bem!”
Aprendi a dormir sem nada desde que você se foi semana passada.
Fazem sete dias que não sinto vontade de me vestir, estou deitado, olhando para o teto desde que te vi partir.
Nem estou falando de roupa, isso eu até uso, já fui trabalhar, estou tentando manter meus estudos. Escrevo de vez em quando, tô criando um nova rotina, mas é difícil, quase impossível não pensar na vida que tinha. Sinto minha pele exposta toda vez que abro a porta do quarto e sei que você não está lá. Minha poesia está triste, parece que toda a dor que existe no mundo veio me visitar e não tenho certeza se sou capaz de aguentar, não tenho a certeza se consigo me confortar sozinho, mas não quero encontrar em outro colo, outro tipo de carinho, não estou nada afim de ter outra companhia, o tal tempo que passa lento, feito poesia, vai curar isso, deixe que faça o que for preciso e abrir portas que parecem trancadas. Mas enquanto isso, eu chego em casa, me deito, olho pra cima e me sinto uma concha vazia, durmo, sem nada.