Escribas tecem linhas translúcidas

Sara Costa
Revista in-Cômoda
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1 min readJan 29, 2021
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Estamos unidas por alma e coração
Sinto o mundo pela minha intuição
Creio na dualidade dos trajetos
Recito os caminhos entreabertos dos multiversos
Encontro na escrita abertura para uma nova vida
Vejo nos versos as alquimias de rimas
Entre cores e amores, desvendo o meu ser
Moldo o pensar, exercito o dever,
tento finalizar o turbilhão inconstante
das sensações que em mim habitam,
embora, já pareçam distantes

Onde o vazio é sagrado e a clareza intangível,
a plenitude é grão de areia, quase invisível,
é senhora e invade sem piedade, faz morada
na verde relva sagrada de nossas almas,
seu enlaço é alicerce, sua lacuna anuncia
que o frágil ego emaranhado estaria

Tecendo um poema, ou remendando uma crônica satírica,
as escribas transfiguram o suor em água fria,
a lágrima em orvalho sobre a ponta de uma orquídea,
ou uma picada de abelha em doce mel e calmaria

Sopro de uma ode e suspiro de um soneto,
a poesia sempre está ao alcance de um terceto.

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Sara Costa
Revista in-Cômoda

Curiosa, engraçada, dramática e simbolista. Não necessariamente nessa ordem. Aprecio as palavras com a sagacidade de uma escritora aprendiz