Eu sou

Pris Rocha
Revista in-Cômoda
1 min readJul 6, 2018

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Eu sou poesia de Caeiro

Sensitiva e viva até os ossos

Sou o baile de Bethânia

Intensa e mística

Sou o teatro de Boal

Crítico e inconformado

Sou as plantas, as árvores e as flores

Sou terra.

Amanheço carta capital, Café

Sou um livro de filosofia

Cheia de por quês

Por que?

Sou corpo, sou fala, sou política que exala

Sou a complexidade absurda

Sou Tarkovsky, Stalker

Sou estranha

Sou Clarice Lispector,

um mistério de bruxa no olhar.

Sou a palavra bem usada, o diálogo

A calmaria, ainda que por dentro haja tanta inquietação

Sou o sol, sou luz

O que quase ninguém enxerga mas sente, sabe que esta alí.

Sou fruta gogóia, tropicália

cores e arco íris

Sou Judith Butler,

a novidade, a desconstrução

Não sou menino nem menina

Eu sou frequência, consciência

Constante evolução

Não sou clichê, mas sei a “dor e a delícia de ser o que sou”.

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Pris Rocha
Revista in-Cômoda

Cursou Geografia-UFSCAR e hoje é Graduanda em Letras/italiano -UNESP. Tem paixão por cinema, arte, filosofia e política.